Lover Reborn — J. R. Ward


Lover Reborn (não publicado no Brasil)

Personagens: Tohrment “Tohr” & No’One

Desde a morte de sua shellan, Tohrment é uma inconsolável sombra do líder vampiro que já foi. Levado de volta a Irmandade por um anjo caído interesseiro, ele luta novamente com implacável sede de vingança — e está despreparado para uma nova tragédia.

Vendo sua amada em sonhos — presa em um submundo frio e isolado — ele se volta para o anjo com a esperança de salvar sua antiga parceira, apenas para se desesperar pelo caminho que deve tomar para libertá-la.

Com a furiosa guerra contra os lessers, e um novo clã de vampiros disputando o trono do Rei Cego, Tohr luta entre o passado enterrado e um futuro com o qual ele não sabe se pode viver... Mas de que não consegue se afastar.

Depois de sair do Santuário das Escolhidas sob a desculpa de cuidar de Payne, No’One se revela para a filha que teve trezentos anos antes e para uma de suas duas únicas ligações com o passado — o guerreiro Tohrment que, assim como ela, foi mudado de maneiras incomparáveis pelo destino.

Atualmente no purgatório emocional, Tohr tem devotado sua vida para o extermínio dos lessers, numa tentativa de vingar a morte de Wellsie. Quando ele recebe a notícia de que nem ela nem o filho fora para o Fade e descobre que eles estavam desvanecendo, ele pede ajuda a Lassiter para salvá-los, apesar de nenhum dos dois ter ideia do que precisam fazer.

Nem ele nem No’One estavam interessados em romance — ele ainda amava Wellsie e ela ainda não havia esquecido o que passara nas mãos do sympath que a raptara e violentara. No entanto, a proximidade com No’One faz Tohr sentir coisas que um macho vinculado não deveria sentir. Ou será que sim?

Minha opinião (é bem longa, eu aviso):

Quando tia J. R. Ward anunciou que lançaria o livro do Tohr, eu fiquei muito animada. Não só Tohr era meu Irmão preferido, competindo pau a pau com o Darius, eu achava que ele e No’One — a até-então-provável-heroína — já tinham sofrido bastante. Que se danasse que Wellsie tinha morrido há pouco tempo — sofrimento é contato por intensidade e não por tempo. E acho que todos podem concordar em que Tohr sofreu mais do que merecia.

Então, quando eu comecei a ler LReb, fiquei surpresa com o que eu encontrei. Este não é um livro ruim, mas também não é o melhor que J. R. Ward já escreveu. Aliás, já me acostumei com a ideia de que nenhum livro que ela escreva no futuro tem a chance de se equiparar aos três primeiros Adagas — com muito pesar, é verdade, porque quem lê sabe que ela tem capacidade para se superar a cada livro.

Por que eu estou dizendo isso? Porque há tanta coisa acontecendo — os lessers, os Bastardos, John e Xhex com problemas, Tohr tendo que resgatar a alma de Wellsie, que o romance entre ele e No’One ficou em segundo plano. Quer dizer, a primeira vista, é mais que primeiro plano porque é a chave que a Wellsie tem de ir para o Fade com o filho, mas no mais... Diremos que o romance, apesar de doce, se desenvolve por um enredo fraco, que não convence.

Desde que No’One apareceu pela primeira vez em Lover Mine, eu pensei que ela e Tohr sempre foram interessados um no outro e que ele só ficou com Wellsie porque No’One morreu — bem, essa foi a impressão que tive no flashback no fim do livro. Mas eu estava errada. Não que haja algum problema nisso, mas para mim, teria sido muito mais convincente — e satisfatório — se Tohr e No’One tivessem superado seus próprios problemas antes de se apaixonarem — pelo menos os problemas relativos ao tempo que ela passou com eles depois de ser resgatada, quando usou a adaga dele para se matar, essas coisas. Em vez disso, a gente precisa vê-lo se apaixonar por outra e deixar Wellsie. Tudo bem, certo, Tohr é um cara maravilhoso que pode — e deve — amar mais de uma, mesmo porque a necessidade dele por uma é diferente da que ele tinha pela outra, mas eu ficava meio frustrada a cada vez que ele desejava No’One e se sentia traindo Wellsie.

O bom é que apesar disso, Tohr e No’One funcionam juntos. Eles sabem que ambos mudaram — ela para melhor e ele para pior —, mas mesmo assim continuam amigos, se aceitando e discutindo fatos e pessoas porque eles mesmos são as únicas que sobraram daquela época. Sim, há alguns percalços, mas isso funciona para o desenvolvimento dos dois, para que cada um abandone seu purgatório emocional e possa aproveitar a vida. Isso, claro, inclui deixar o passado no passado e tentar construir um presente — e tanto no caso de um quanto do outro, significa abrir o coração, se perdoar e tentar se acertar com as pessoas que realmente importam... Xhex e John.

Aliás, falando neles, os dois estão com problemas. Não por causa de Murhder (onde o H fica mesmo?), mas porque no começo do livro John vem todo macho vinculado no traseiro dela e ela não gosta, terminando por se mudar da mansão e reassumir o cargo de chefe de segurança do Iron Mask. Yes! Gostei muito mais disso que de vê-la lutando. Prefiro os clubes. E como um assunto puxa outro, diremos que o novo personagem da série, Assail, é introduzido justamente por ter assumido o posto que Rehv e Lash deixaram vago — ele é o novo senhor das drogas de Caldwell e logo nas primeiras cenas mostrou que não precisa das habilidades symphath de Rehv para tocar o terror.

Lassiter é engraçado, mas também é cretino e nos apresenta um novo lado da personalidade que ainda não conhecíamos — tudo, desde a razão pela qual ele realmente foi ajudar o Tohr até os meios que usa para fazê-lo indicam que há muito mais nele do que o alívio cômico e o atormentador do V.

Quanto aos Bastardos, eu ainda não gosto deles. Quer dizer, desde Amante Consagrado os lessers não têm sido um grande exemplo de vilões — porque o vilão-mor, Sr. X, morreu. Visto que o propósito dos Bastardos é destronar Wrath *mostra o dedo do meio para eles* era de se esperar que eles assumissem o posto. Em vez disso, quero mais que eles se danem. Tirando o Throe, acho que os outros podem muito bem abraçar um encontro definitivo com as habilidades symphath de Xhex e Rehv + a mão assassina do V. XCor parece um moleque carente de atenção com complexo de inferioridade que é incompetente até para me fazer ficar com raiva — imagine fazer uma raça amá-lo e ser leal. Os outros são tipo aqueles coadjuvantes de filme de terror que a gente vê e não interessa se vivem ou morrem, porque são na verdade parte do cenário. Mas o bom é que depois do XCor fez com Throe, ainda há esperança — apesar de que se J. R. Ward não der um jeito nisso logo, tipo no próximo livro, ela pode muito bem dar a descarga para a série e abraçar a queda.

Por fim, a ladainha que tem me irritado desde Amante Consagrado: Blay e Qhuinn estão enchendo o saco. Eu não me importo com os dois — ok, adoro os dois —, mas depois de toda esse chove-não-molha dos dois, estou mais que preparada para ler o conto sobre eles e acabar com essa frescura — mas ainda acho que Blay está muito bem com Saxton e devia ficar com ele. Aliás, para os Qhuay: quando JR disse que aconteceria uma coisa que os fãs deles não iriam gostar, ela estava certíssima. Confesso que não gostei — não porque morro de amores por Qhuay, mas porque achei desnecessário.

E também, J. R. Ward quebrou tantas regras quanto podia durante o desenvolvimento de Lover Reborn. Afinal, desde quando uma vampira entrando no cio leva outras a entrarem no cio também? O_O

Então, Tohr é uma gracinha, maravilhoso — apesar de ter havido momentos em que eu quis estapeá-lo (de leve, para não machucar...) — e No’One está tão perdida que eu queria mesmo colocá-la no colo e dizer que estava tudo bem. Lover Reborn tem momentos de emoção, mesmo que não se compare a Amante Sombrio, Eterno e Desperto, mas ainda sendo melhor que Amante Revelado e não me deixando na mão como Amante Consagrado e Lover Unleashed.

PS: cadê a Virgem Escriba? E o Darius? Eu quero flashbacks com o Darius!
PS²: a cerimônia no final me fez chorar. Sinceramente, nunca vi nada tão comovente em nenhum dos outros livros. Foi o tipo de coisa que me fez pensar que ilustra muito bem porque os Irmãos são menos irmãos por sangue ou participação na Irmandade, mas por afinidade, amor e respeito.

6 Comentários
  • Lidyyyyyyyyyyyyyyy!!!!!!!!!

    Resenha perfeita amiga, sem spoilers deu pra eu ler sem medo de ser feliz e saber nada que eu não queria saber antes do tempo! Amei! *-*

    Na sua escala de melhores livros da IAN, ele fica em qual lugar?

    Eu acho que o lance do "cio" que vc falou tem a ver com a Layla, aquela empata rs. Eu gostava da Layla quando ela apareceu, mas a personalidade dela sofreu uma mudança muito drástica (para pior) com o decorrer dos livros, hoje em dia ela parece quase uma Marissa, cheia de "mimimis" e inseguranças, aff. ¬¬

    Lembra que eu te disse que a JR disse que o próximo livro ia ser o do Lassiter?
    Mas me dizzeram que LR da uma indicação diferente no final. Qual vc acha que vai ser? qual seu palpite?

    Tbm espero que a JR lançe de uma vez o livro do Q & B pra acabar logo com esse lenga-lenga. Não aguento mais esperar, esse casal é o que tá mais demorando pra ficar junto, tá se igualando a JM e Xhex. =/

    Super demais o post! *-*

    Bjs

  • Rafa, eu tinha visto a JRW falar que o Lassiter seria um dos próximos... Mas indicação de qual será o próximo eu comecei a ter depois que ela disse que ninguém ia acreditar em quem seria o próximo hardcover - mas que não podia revelar até a sessão de autógrafos para LR, que será nesse sábado. Depois, tem uma cena do Qhuinn no final do livro em que ele basicamente pensa que era hora de deixar de ser frouxo. Então eu acho que o livro dos dois é o próximo, aí talvez venha o Lassiter. Mas sei lá, duvido muito que ela tente lançar os dois como hardcover sabendo que muitos leitores dela não aprovam romance homo - pessoalmente, prefiro que ela lance logo e acabe com isso.

    Hum... acho que minha lista fica assim:
    1. Amante Eterno
    2. Amante Sombrio
    3. Meu Amante
    4. Amante Desperto
    5. Amante Vingado
    6. Lover Reborn
    7. Amante Consagrado
    8. Amante Libertada
    9. Amante Liberto (mocinha fantasma não dá, né?)
    10. Amante Revelado (morra, Marissa, morra!)

    Eu gosto da Layla. Mas acho que a coitadinha tá sobrando. Você tem que ver os momentos "Gilmore Girls" dela com JM e Qhuinn. Fiquei de queixo caído... Como assim, sai Blay e entra Layla?

  • Eba, blog novo!!!!!
    Que saudades de vc, menina!!!

    Não li sua resenha (ok, li um pouquinho, rs...) por causa dos spoiler, já que o último livro da Ward que li foi o do JM, hehe. Mas vc que amava tanto o Tohr colocá-lo como 6º em sua lista... me deixou preocupada.... Ai, Jesus, que será que está acontecendo com a Warden???

    Já tô seguindo o blog. Sucesso!!!!

    Bjnhs!!!

    =)

  • Suelen, eu não sei porque, mas o blog não me deixou responder seu comentário por alguns dias. Meu conselho é que você leia todos os livros logo, porque eu preciso saber se fiquei louca e tô delirando com a sensação de que tia Warden não sabe mais o que está fazendo.

    Valeu!

    Bjos

  • Vou começar a ler, amiga. Vou ler o Crave, depois o da Payne, depois Envy e aí sim o do Tohr.... hehe!!

  • Ufa! Achei que fosse deixar o Tohr largado, coitado... hehehehe

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