Alma Guerreira — Margaret Moore


Alma Guerreira (A Warrior’s Heart) — Margaret Moore — CLR 120

1º livro da série Warriors

Personagens: Emryss DeLanyea & Roanna Westercott

Gales, 1201

Roanna Westercott viu-se arrastada em louca disparada, afastando-se rapidamente das terras onde deveria começar uma nova vida. O jovem guerreiro solitário, que a arrebatara da proteção do noivo e da comitiva que os acompanhava, parecia possuído de força sobrenatural, da obstinação cega dos que passam por intensa dor para se tornarem mais fortes.

Com medo e fascínio, observou o rosto de seu raptor. As marcas de guerra eram mais suaves que as cicatrizes da alma ali espelhadas. Roanna não tinha ilusões. Ela seria usada como arma contra seu noivo por algum motivo que desconhecia. E não ousava imaginar o final de uma luta entre dois homens de orgulho feroz e vontade implacável!

Emryss DeLanyea voltou da Terra Santa buscando vingança contra o tio e primo gananciosos que causaram a morte de sua mãe. E a melhor maneira que encontrou foi sequestrar a noiva do primo, de quem era inimigo desde a infância, mas não esperava que ela fosse boa demais para Cynric.

Após ser devolvida ao noivo e quase forçada a honrar o acordo feito pelo tio com o pai de Cynric, Roanna conta com a ajuda de um amigo para e buscar refúgio em outro lugar, porém, ela e Jacques são atacados na estrada por assaltantes que dizimavam as terras de Emryss e não tinham as melhores das intenções para com Roanna. Felizmente para ela, Emryss a salva e proporciona ajuda para Jacques, permitindo que ambos ficassem em Craig Fawr pelo tempo que fosse necessário.

Claro que em um curto período de tempo ambos se apaixonam, mas não conseguem lutar contra os próprios medos e inseguranças, sem contar com a teimosia e diferenças de um e outro — Roanna ficava revoltada por Emryss não permitir a presença de um padre em Craig Fawr. Então, quando Cynric ameaça Emryss — e, por tabela, Roanna —, Emryss sabe que a única solução viável para resolver aquele problema seria casamento.

Mas mal sabia ele que os problemas na verdade estavam apenas começando...

Minha opinião:

Como sou apaixonada por mocinhos imperfeitos — na personalidade, no lado emocional e, principalmente, no físico —, morri de amores por Emryss antes mesmo que o livro começasse. Foi arriscado, mas conforme o livro ia em frente, percebi que meu caso de amor à primeira vista era justificado e irreversível: Emryss é honrado, justo, honesto, sensível, atencioso e carinhoso. Ele também é teimoso e tem umas ideias estranhas sobre o que é ser homem — não, não é ser um bruto idiota —, então em alguns momentos é frustrante vê-lo tomar algumas atitudes. Apesar disso, ele faz o mundo por Roanna.

Roanna também é ótima! O par perfeito para o Emryss. Ambos têm muito em comum, especialmente a teimosia e a obstinação quando colocam uma ideia na cabeça e sequer sonham em abrir mão daquilo em que pensam ser o correto. Por isso, quando confrontada com a escolha de agir “com honra” e cumprir sua parte no acordo feito pelo tio, morrendo durante o encargo e fugir para salvar a própria vida, ela prefere fugir, pois sabe que é idiota manter a honra se estiver morta. Nas palavras de Emryss,

— Todas as outras ladies que encontrei jamais me impressionaram e sempre as vi como uma combinação de falsa fragilidade com forte ambição e puro interesse. Você não choraminga, não sorri estupidamente, nem derrama falsas lágrimas. Neste momento, está enfrentando uma discussão séria, que envolve sua vida, com uma determinação férrea, sem se deixar abater e determinada a resolver a situação de algum jeito.

Para tornar as coisas mais divertidas, o cupido de Emryss e Roanna, a ama de leite Mamaeth, é terrível. Já idosa, ela não perde a chance de fazer e falar o que quer e colocar Emryss nos eixos sempre que acha necessário, fazendo loucuras para aproximar os dois.

Cynric é um vilão mau-caráter que realmente não faz muita coisa — pelo menos nada extremo como Roderick MacIye, de O Anjo das Terras Altas, da Hannah Howell —, mas que consegue ser um cretino odioso apenas quando respira. Porém, o criminoso que realmente inspirava medo era Urien Fitzroy, que é protagonista do próximo livro, Paixão de Guerreiro. Então, ver como Margaret Moore vai redimi-lo será interessante demais, ainda mais se Emryss e Roanna aparecerem na história.

Agora que encontrar um exemplar de Alma Guerreira é impossível — mais difícil que achar um Lobo Domado versão Nova Cultural por aí —, a Harlequin podia ser legal e relançar a série toda, mas fazendo o favor de não cortar partes e nem publicar os livros dois em um.

2 Comentários
  • Oi Cunhada!

    Resenha perfeita!

    Estou apaixonada por esse cicatrizado traumatizado, e posso garantir que vai amar Urien na sua própria história.

    Concordo com você e seu pedido para lançarem a série toda e claro sem cortes.

    Sinceramente depois que a NC "fechou as portas", estou me sentindo orfã de livros históricos.

    Bjos
    Mara

  • Cunhada, pois pode procurar um Emryss para você, porque ele é mara! Acho que se a Harlequin relançasse alguns livros e completasse séries (Suzanne Barclay, please!), os leitores ficariam muito mais felizes. Sei lá, eu ficaria feliz, porque também sinto falta dos históricos. Pensar que Liam Cameron nunca chegará ao Brasil... *chora*

    E já estou apaixonada pelo Urien. Quero muito ler o livro dele, tô ansiosa para por minhas mãos... no livro, claro. hehehehehe

    Bjos

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