Temas que Não Gosto

Vez ou outra, eu reclamo aqui de algumas coisas relacionadas aos livros que leio. Engulo alguns sapos de vez em quando, mas na maioria das vezes, leio tudo que pego e acho que vou gostar — e se eu não gostar, não tenho problema nenhum em dizer por quê.

Acho que todos tem aquele tema que não suportam — infidelidade, traições, chantagens —, e correm dele como o diabo da cruz, mas às vezes, encontram um tesouro com esse mesmo tema. Sou bem eclética em relação aos livros que leio, mas há alguns temas que não suporto:

1. Estupro não é sexo selvagem
Mocinhos não estupram as mocinhas em hipótese alguma. A menos que elas deem razão para isso — isto é, que os provoquem até que eles percam o controle e não queiram saber de nada, que começam as preliminares e tirem o corpo fora no final para fazer o mocinho sofrer... Enfim, esse tipo de coisa. Não considero estupro o comportamento de um mocinho que vai em frente numa relação sexual só porque a mocinha está dizendo não porque acha que precisa dizer isso. O mínimo que elas podem fazer é ser firmes nessa hora; se ele for um cara decente, ele para.
Estou falando com: Clayton Westmoreland, de Whitney, meu Amor; Blaze, de Ardiloso Sedutor.


2. Traição não é legal
Não interessa que o outro tenha traído, ou que tenha bebido muito e dormido com a mulher/pessoa errada. Acho que o mínimo que uma pessoa pode fazer é ser sincera — colocar as cartas na mesa e dizer que está a fim de outra pessoa e terminar tudo. Também não considero traição quando a parte “traída” está ciente e aceita.
Estou falando com: Caspar Lomax, de Flora e Max Crighton, de O Pecador Perfeito.


3. Mocinhas idiotas merecem uma morte lenta e dolorosa
Mocinhas que fazem coisas idiotas como contar para todos os segredos do mocinho, revelar para o vilão as descobertas da investigação, se colocar em situações perigosas ou achar que são adultas quando na verdade são crianças mimadas e/ou tapadas.
Estou falando com: Bella Swan, de Crepúsculo; Maddie, de O Pecador Perfeito; Tellie Maddox de Avassalador; Becky Cullen, de Febre de Paixão; Meg Peterson, de Cavalheiro Apaixonado; Whitney Stone, de Whitney, meu Amor.


4. Melodramas
“Eu amo você, mas tenho medo de sofrer por esse amor” ou “eu amo você, mas não sou bom o bastante para você” ou “amo você, mas não posso ficar com você porque tenho medo de que daqui vinte anos você acorde e descubra que não me ama mais, e tenho medo de sofrer daqui vinte anos” ou “amo você, mas não quero ser feliz, então fico aqui me lamuriando e levando as lembranças de nós dois juntos para a minha velhice”. Ou personagens igualmente teatrais.
Estou falando com: Cy Parks, de Uma Mulher para Amar; Leo Hart, de Nas Mãos do Destino; Edward Cullen, de Crepúsculo; Cormac Armstrong, de Juramento de Amor; Zarek, de Dance with the Devil; Rome Matthews, de Coração Eterno; Max Conroy, de Quase Eterno; Saxon Malone, de Caminho ao Lar; Chance Mackenzie, de Jogo do Acaso; Wolf Mackenzie, de A Montanha Mackenzie.


5. Manter tudo em família é ridículo e complicado
Evito livros em que os mocinhos se conhecem há anos porque um dos dois foi casado ou teve um caso com um parente do outro. Pior se o resultado foi um filho ou um monte. Gente, há sete bilhões de pessoas no mundo! Será que não dá para achar alguém que não seja parente?
Estou falando com: Faye e Lyon, de Cigana; Alex e Diana, de Teu Filho, Meu Coração; Morgan e Jodie, de Dinamite Pura; Ramon e Noreen, de Véu de Segredos: A Paciente; Jenny e Daniel, de Quase Pecado; Cord e Maggie, de Agonia e Êxtase; Justine e Richard, de Perdição; Callie e Micah, de O Último Mercenário.


6. O mocinho tem alguma característica “diferente” que o torna perfeito
Ou ele tem dois pênis, dois metros e meio de altura, é a mistura perfeita de George Clooney, Antonio Banderas, Josh Holloway, Nathan Kamp e Johnny Depp ou é o genro que minha mãe pediu a Deus. Perfeição é chata.
Estou falando com: Nicholas Satyr, de Nicholas, Edward Cullen, de Crepúsculo; Acheron, de Acheron.


7. Aceitar ser tratada como uma lombriga lobotomizada não vai me fazer gostar mais de você
Gosto das mocinhas guerreiras, realistas, que não esperam ser salvas — as personagens fortes que vão à luta mesmo que isso signifique arriscar a própria vida em prol de um sonho ou ideal. Ou seja, nada de personagens estúpidas que aceitam com um sorriso toda a humilhação a que são submetidas.
Estou falando com: Tellie Maddox, de Avassalador; Glory Barnes, de Coragem; Coreen, de Adeus ao Amor.


 
9 Comentários
  • Oi Cunhada!

    Tirando o citado mal logrado "Crepusculo"... que eu simplesmente ODEIO!

    Os outros, principalmente DP em sua maioria eu gostei...rsrs.

    E confesso que Cormac Armstrong com Eslpeth Murray são meus tios prediletos.

  • Cunhada, também gostei de alguns, mas há outros que não consigo suportar. Afff! Igual os tais bebês secretos. Faça-me o favor, ninguém merece.

    Elspeth é minha preferida, mas duvido que o Cormac vivesse muito sem ela - literalmente.

  • O problema Lidy, é que sempre me "acabo" com livros assim...

    O ultimo que li... foi "Impiedoso" da DP

  • Vixe, nem sei qual foi o último da DP que li. Acho que foi Adorável Texano. ACHO. rs

  • "Mocinhas idiotas merecem uma morte lenta e dolorosa"
    "O mocinho tem alguma característica “diferente” que o torna perfeito"
    Nem consegui terminar a saga crepúsculo, por causa desses dois temas citados.
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Lidy,
    me espoquei rindo aqui.

    Acho que você já sabe que eu não suporto o tema "Infidelidade", porém abro exceção quando o outro cônjuge aceita este "relacionamento aberto".

    Os de estupro. Aí depende, aturo mais quando o livro é histórico, porque tem toda a questão de costumes envolvida, li um uma vez da johanna lindsey que a negativa da mocinha foi contundente, mas como o mocinho a via como escrava, ou seja, mais um propriedade dele, ele não parou. Depois quando começou a se apaixonar e perceber que atitudes como essa a faziam sofrer, ele parou, achei que teve sentido.
    Agora realmente, quando elas dizem "não querendo dizer sim", a autora me irrita.

    "Aceitar ser tratada como uma lombriga lobotomizada não vai me fazer gostar mais de você"
    Já tentei gostar de Diana Palmer, tentei com todas as minhas forças, mas DP e eu não tivemos química. Principalmente, porque em 90% dos livros dela, o amor do mocinho não me convencia, eu sempre ficava com a impressão que a mocinha era uma substituta e que caso a outra (que sempre há) o quisesse, ele largaria a moinha na mesma hora. Outro problema, é que no final da leitura eu sempre terminava com fortes desejos assassinos... contra a mocinha!!! Vai ser capacho assim longe de mim rsrsrssr

    Vou indo, se eu for comentar sobre cada tópico, escrevo um texto maior que o seu. :D

    Bjosss

  • Aaaaahhhhh ia esquecendo de comentar o único item que gosto da sua lista de "temas que não gosta".
    Melodramas!!!!
    Adoro um dramalhão!!
    Não sei, acho que foi tudo culpa de todas as variáveis de Thalia com suas várias Marias (Maia do Bairro, Marimar etc) que eu via quando era criança. E embora hj em dia eu não tenha mais paciência pra assistir novelas, elas deixaram sua marca em mim. Fazê o quê???
    Então, a culpa não é exatamente minha, e sim das novelas mexicanas!!

    Bjossss

  • Ah, Renata!

    Eu terminei a série Crepúsculo. Na época - eu tinha 16 anos... kkkkkkkkkk - eu amava, hoje não suporto. Preciso fazer um resenha. :P

    "Já tentei gostar de Diana Palmer, tentei com todas as minhas forças, mas DP e eu não tivemos química. Principalmente, porque em 90% dos livros dela, o amor do mocinho não me convencia, eu sempre ficava com a impressão que a mocinha era uma substituta e que caso a outra (que sempre há) o quisesse, ele largaria a moinha na mesma hora. Outro problema, é que no final da leitura eu sempre terminava com fortes desejos assassinos... contra a mocinha!!! Vai ser capacho assim longe de mim rsrsrssr"
    Hahahahaha! É EXATAMENTE isso! kkkkkkkkkkkkkkk Acho que os mocinhos da DP nem são o problema, o problema são as mocinhas otárias. Enfim, eles também me dão raiva. kkkkkkkkkkk

    Eu também gosto dos dramalhões, mas quando eles são coisas do destino. Personagens que se fazem de coitados e sofrem por antecipação não me agradam de jeito nenhum.

    Bjos

  • Renata, esqueci: você já leu Flora? É um dos livros que mais gosto e a mocinha sofre horrores. kkkkkkkkkkkk

  • *Também não suporto livros que contenham infidelidade, eu sofro junto, chega a me dar mal estar, fico angustiada...
    *Bem se infidelidade já é ruim com uma pessoa estranha, imagina quando se trata de pessoas da própria família (irmãs, cunhadas, primas), aí não dá pra aceitar de jeito nenhum né. Li um livro chamado: "Amarga vingança" da Celia Laurence e fiquei com ele na minha cabeça por meses...
    *Gosto de de dramalhões quando são bem escritos e tem uma estória convincente...

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