O Anel de Noivado — Deborah Simmons


O Anel de Noivado (The de Burgh Bride) — Clássico Histórico Especial nº20

2º livro da série de Burgh

Personagens: Geoffrey de Burgh & Elene Fitzhugh

Nobre de berço, embora selvagem de coração

Inglaterra

A última coisa que Elene Fitzhugh queria era se casar com Geoffrey de Burgh. Ela só esperava que os afiados punhais que possuía lhe dessem proteção contra os modos gentis e as açucaradas mentiras daquele homem!

Embora Elene Fitzhugh houvesse assassinado o primeiro marido no leito nupcial, Geoffrey de Burgh não tinha escolha além de se casar com ela. Mas como tomar por esposa uma mulher de alma tão selvagem e apaixonada?

Nenhum dos sete filhos do conde de Campion queria casar. Pelo menos até o mais velho, Dunstan, conhecer e se apaixonar por uma morena baixinha sem maiores atrativos e ser traído por seu braço direito, que se aliou a um inimigo dele e casou com a filha do homem, apenas para ser assassinado na noite de núpcias. Agora, por decreto real, um dos seis irmãos restantes teria que tomar Elene Fitzhugh como esposa e acabar com a contenda.

Já que nenhum deles queria passar o resto da vida com uma mulher chamada de bruxa, eles concordaram em escolher, democraticamente, quem seria o pobre coitado a desposá-la. E o infeliz a pegar o pepino foi Geoffrey, o de Burgh calmo e controlado. Ele sabia que estava prestes a ser condenado a passar uma vida miserável, mas não podia se negar a cumprir o dever, afinal, o pai e os irmãos seriam responsabilizados por sua decisão.

Então, sem querer, ele se dirige ao castelo dos Fitzhugh para o casamento e encontra Elene, que deixou bem claro que queria que ele partisse — o que o próprio também queria, pois Elene era rude, malcriada, vivia maltrapilha e se recusava a ver a razão, além de ver maldade em tudo e se recusar a confiar nele. Mas ninguém desobedecia o rei e, resignados, os dois acabam se casando.

Mas a convivência faz Elene e Geoffrey começarem a se ver de maneiras diferentes, ainda que nenhum admita. E quando eventos estranhos que apontam para a culpa começam a acontecer, ele vai acreditar nas línguas maldosas ou dar uma chance a ela — mesmo que ela não mereça?

Minha opinião:

O Anel de Noivado é mais um da leva época-da-parceira-Nova-Cultural-Harlequin-que-foi-republicado-anos-depois. Como aconteceu com O Lobo Domado, a tradução nova não tem a mesma mágica que a edição antiga. Aliás, poucas pessoas perceberam, mas os de Burgh tem uma ligação com os de Laci; apesar de não serem parentes, as histórias se passam na mesma época, tanto que o Geoffrey até pensa que

Geoffrey suspirou, tentando se convencer de que devia se conformar com o destino. Pelo menos não havia nenhuma outra mulher com quem ele quisesse se casar. Tinha levado para a cama várias delas, mas sem encontrar nenhuma que o inspirasse a tomá-la como esposa. Mesmo assim, muitas vezes vira-se tentando imaginar como poderia ser tal mulher. Conteve a respiração quando pensou na que era quase a personificação do ideal dele.

Aisley de Laci.

Tinha estado uma vez com a herdeira, uma mulher belíssima, brilhante como uma estrela, além de calma e inteligente. Elegante e de fala tranqüila. Inatingível.
 
E essa parte foi cortada da versão nova, segundo me contaram. Enfim, pelo sim pelo não, na versão antiga, este é inesquecível. Quase tanto quanto o Dunstan e sua Marion. Muitas pessoas se lembram do Geoffrey como o de Burgh, o de Burgh “frutinha” — é, eu já ouvi isso *suspiro* —, o de Burgh jeitosinho, mas sem pegada. Pessoalmente, prefiro um estudioso, como o Sebastian da série Immortals after Dark, como o Geoffrey, que um dos machos-alfas idiotas que já me acostumei a ver. Mesmo porque, acho que só um verdadeiro alfa se deixaria agir como beta pelo bem-estar da mocinha, para conseguir a confiança e, depois, o amor dela.

Quanto a Elene, ela é a mãe das mocinhas barraqueiras. Ela não é o tipo que surta com uma pobre coitada, chama a moça de vagabunda e tal, mas com certeza a bruxa Fitzhugh não é flor que se cheire. Kkkkkkkkk E quando ela se dispõe a discutir com os cunhados, é hilário. Nenhum dos de Burgh sabe como agir perto dela, e ela quer se vingar deles desejando que o maior pesadelo deles se torne realidade, isto é, que cada um dos moços se case!

Bem, os coadjuvantes, a ambientação, a participação da domadora de feras Marion... Tudo é ótimo. Agora só resta esperar pelo Simon — que também foi lançado nos anos 1990 e relançado há alguns anos. E Deborah Simmons está escrevendo o livro do Nicholas, que será a despedida aos de Burgh. Até então, se você encontrar uma cópia do Geoffrey — ou de qualquer um dos irmãozinhos vitaminados dele —, agarra com toda força e nunca, nunca solte!

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2 Comentários
  • É cunhada... de frutinha o Geoffrey não tem nada!

    Visto algumas cenas pra lá de calientes que ele protagoniza com a fera...rs.

    Na minha versão tem esse trecho dos de Laci, sim a minha é a primeira (completissima), visto que tem a comparação de doces do final do livro que tb me falaram não tem nas edições mais novas.

    Enfim, essa familia é uma daquelas que tá na coleção e não soltamos nunca.

    Excelente resenha!
    bjos
    Mara

  • Cunhada, chamar o Geoffrey de "frutinha" é sacanagem - e olha que suavizei a coisa, porque disseram que o moço era outra coisa (dá pra acreditar)?

    Os de Burgh são perfeitos! Aliás, nunca li um livro da Deborah Simmons que fosse ruim. Mas essa família é irresistível, até o papai dá um caldo. kkkkkkkkkkk

    Bjos

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