Night Pleasures (publicado no Brasil como Prazeres da Noite)
3º livro da série Dark-Hunter
Personagens: Kyrian da Trácia & Amanda Devereaux
Querido leitor,
Você já quis saber como é ser imortal? Vagar a noite seguindo o mal que se alimenta dos humanos? Ter riqueza e poder ilimitados? Essa é minha vida, e é sombria e perigosa. Eu brinco de herói para milhares, mas não sou conhecido por nenhum. E amo cada minuto disso.
Ou então eu pensava até que acordei uma noite algemado a meu pior pesadelo: uma mulher conservadora numa camisa de botões. Ou no caso de Amanda, uma abotoada até o queixo. Ela é esperta, sexy, espirituosa e não quer saber de nada a ver com o paranormal — em outras palavras, eu.
Minha atração por Amanda Devereaux vai contra tudo em que acredito. Sem dizer que a última vez que me apaixonei me custou não apenas minha vida humana, mas também minha alma. Mesmo assim, toda vez que olho para ela, me encontro querendo tentar de novo. Querendo acreditar que amor e lealdade existem.
Ainda mais perturbador, me encontro imaginando se há alguma maneira de uma mulher amar um homem cujas cicatrizes de batalha são tão profundas, e cujo coração foi danificado por uma traição tão selvagem que não está certo de que ele vá bater de novo.
Kyrian da Trácia
Kyrian era herdeiro do trono da Trácia e conquistou muitas terras com o amigo
Julian. Só que ao conhecer uma ex-prostituta e se apaixonar por ela, ele se casa mesmo com o pai ameaçando deserdá-lo, mas continua lutando até fazer um poderoso inimigo: um senador romano. Eis que um dia Kyrian volta para casa e ao acordar, descobre que a esposa era amante do senador e que o tinha entregado de bandeja. Como não podia deixar de ser, Kyrian é torturado e morto à romana: crucificado.
Dois mil anos depois e mais leve uma alma, Kyrian acorda algemado a uma contadora gêmea de uma caçadora de vampiros — que queria matar Kyrian — que foi confundida com a gêmea louca ao sair para passear com o cachorro. A proposta do inimigo era simples: Kyrian se deixaria matar por “Tabitha”, na verdade, Amanda, pois um Dark-Hunter não podia machucar humanos, e ela poderia ir.
Felizmente, Kyrian consegue ajuda e ele e Amanda saem da situação antes de precisarem apelar. Entre reclamações e comentários mordazes, com a ajuda de Amanda, Kyrian reencontra o antigo general que era seu melhor amigo. Talvez os dois devessem ter se separado, mas o líder dos Dark-Hunter achava que Amanda devia ficar um pouco mais com Kyrian. E talvez o perigo servisse para tornar aquela atração em algo mais.
Minha opinião:
É difícil falar desse livro. Ele é o começo oficial da série Dark-Hunter e apresenta uma série de informações que são jogadas em cima do leitor. Isso até que não é ruim, só que às vezes eu senti como se tivesse sido atingida por um murro numa briga de bar. E todas elas são repetidas no decorrer da série, de novo e de novo até eu ter decorado o que é cada coisinha.
Então, o livro é ótimo para quem gosta de mitologia grega. Só que eu não gostei de Kyrian e Amanda. Porque, apesar de ele ter sido o cara ao salvá-la dos comentários ferinos e mentirosos do ex-noivo, Cliff, ainda não consigo esquecer que ele agiu como um babaca ao divulgar a história da sua morte e culpar um homem inocente. Além disso, ele adora dizer que é mau, cruel, egoísta, como se esperasse todo o tempo que alguém dissesse que não era bem assim. E também o homem adora a ideia de caminhar para a própria morte, instinto de autopreservação zero. Há atenuantes? Sim, Kyrian resgatou Nick, na época um menino pobre, de uma vida pior que a miséria e praticamente o criou como um filho. Mas ele ainda falou mal do meu personagem preferido da série.
Já Amanda parece uma pirralha mimada ao ficar correndo para lá e para cá querendo ser “normal”. A mulher é chata, nojenta e a única coisa que eu coisa quis foi que ou ela morresse ou o livro acabasse logo. É difícil acreditar que ela seja irmã de Selena — a melhor amiga de Grace — e de Tabitha, a maluca oficial da série. As oito Devereaux mais velhas são bem mais legais!
Por fim, temos Acheron, o líder dos Dark-Hunter cujas aparições são para lá de bombásticas, e D’Alerian, um deus do sonho que parecia não ter sentimentos. De Dark-Hunter, tem Talon, um celta que fala com fantasmas e é o protagonista do próximo livro.
Se alguém gosta de heróis torturados e conseguir ignorar que todos parecem saber que essas criaturas míticas (vampiros, lobisomens, etc.) existem e que Grace resgatou Julian de um livro e dois mil anos de escravidão sexual — esse parece o tipo de coisa que a gente não sai por aí contando às pessoas —, talvez Night Pleasures seja uma boa leitura.
Oi Cunhada!
Realmente eu sei que vc não gostou desse livro, e apesar de amar torturados, ter aprovado o livro da Grace e do Julian... não vou me arriscar não...
Ao menos por enquanto!
bjos
Ótima resenha
Mara