Corações em Fogo — DeLoras Scott


Corações em Fogo (Bittersweet) — Clássicos da Literatura Romântica

Personagens: Bruce Falkner & Danielle Louise Jameson

“Desçam todos! É um assalto!”

Apavorados, os integrantes da diligência obedeceram a voz comando. Depararam com um garoto de arma em punho e a frieza de quem não deixa dúvidas quanto à habilidade de cometer um crime.

“Esse delinqüente vai me pagar!” jurou Bruce Falkner. Nunca na vida imaginaria que um homem de seu porte e poder pudesse ser subjugado por um menino. Menos ainda que as vestes rudes, masculinas, ocultassem uma jovem e impetuosa mulher. Danielle Jameson crescera entre hábeis pistoleiros sob o sol implacável do Oeste. Era tentadora, selvagem, perigosa!

Os pais de Danielle Jameson foram mortos por índios e um desconhecido, Jed Turner, passou a criá-la. Anos depois, ela tem a brilhante ideia de se tornar assaltante de diligências e consegue convencer o pai adotivo a ajudá-la. Numa dessas, os dois acabam assaltando um homem o qual Danny força a tirar a roupa e prosseguir a viagem nu, sob o sol.

Felizmente para Bruce Falkner, um velho o encontra e oferece abrigo. Com o sangue fervendo de raiva, ele jura se vingar do moleque pela recepção ao Oeste depois longos anos de ausência. Eis que, ao prosseguir viagem, Bruce encontra o meliante, só para descobrir que “ele” era uma garota. Sem saber ao certo o que fazer, ele a leva para casa, esperando colocá-la sob os cuidados da irmã. Mas a viagem se mostrou um tormento quando Bruce percebeu que Danny já era mulher, e não apenas uma garota...

Minha opinião:

Então, mais um da época Nova Cultural-Harlequin, que também foi relançado como uma das Melhores Histórias de Clássicos Históricos, e me marcou muito. A trama, apesar de não ser um dos meus temas preferidos, velho oeste (eu não consigo imaginar as pessoas naquele monte de poeira), é excelente. Danny e Bruce são personagens cativantes, muito semelhantes: teimosos, cabeças-duras e determinados; a diferença é que ela é desbocada e um tanto simples, mas nunca simplória; a menina conhece fatos da vida que muitas mocinhas no lugar dela simplesmente ignorariam — por exemplo, como “os bebês são feitos”.

Bruce é um personagem ótimo! Ele acabou de voltar da Inglaterra, para onde foi mandado anos antes pelo pai, que queria que ele aprendesse os modos ingleses e não vivesse como bicho — por causa da herança cheyenne. Por isso, o moço se ressente muito, e precisa fazer as pazes com o velho, mas descobre que ele morreu. No começo, suas intenções com Danny são vingança, depois são honradas, aí ele a vê nua e... ;) Apesar de ter gostado dele, achei um absurdo ele planejar jogar Danny no colo da irmã e sumir, como se não tivesse nada a ver com aquilo, a não ser para repreendê-la.

Gostei muito da Andrea. Ela é apenas meia-irmã de Bruce, não tem sangue indígena, por isso se comporta mais... Civilizadamente — não que ele seja selvagem —, mas nem por isso é menos inteligente: ela sabe que Margaret, a amante de Bruce e aspirante a cunhada, não presta e que Danny é perfeita para Bruce, então se propõe a ajudá-la a se tornar a mulher que Bruce espera que ela seja, mas sem sacrificar sua personalidade alegre.

De mais, a única coisa que não gostei no livro foi que a situação entre Andrea e Jed não foi resolvida. A maioria das coisas que Danny fez e deixaria outros mocinhos de cabelo em pé — competir numa corrida de cavalos e tiro ao alvo —, só deixou Bruce orgulhoso, e esse definitivamente é um ponto a favor.

2 Comentários
  • Oh vontade grande de ler, parece envolvente e devorador esse livro.

    Gostei da sinopse, da resenha então nem se fala, e agora só me resta anotar pra procurar e ler.

    Ótima dica cunhada... vou correr atrás.

    bjos

  • Cunhada!

    Muito, muito envolvente! E a mocinha é das nossas, doida de pedra! kkkkkkkkkkkkkkkk

    Bjos

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