Lua de Mel (The Honeymoon) — Clássico da Literatura Romântica nº08
Personagens: Renzo Talmonte & Geórgia Norman
No luxuoso Rolls-Royce que a conduzia a lua de mel na paradisíaca praia de Sandbourne, Geórgia fitava disfarçadamente o perfil de seu marido. Como duas safiras, seus olhos faiscavam de ódio e ressentimento e não viam os belos traços que encantavam as mulheres, nem os cabelos negros e brilhantes ou a boca sensual de Renzo Talmonte. A seu lado estava um homem sem escrúpulos, um chantagista impiedoso que a forçara ao casamento para executar uma vingança. A vítima era ela, mas os culpados verdadeiros, sua impulsiva irmã e o irresponsável irmão dele, que haviam fugido juntos, deixando para trás um noivo apaixonado, ficariam impunes.
Furiosa, Geórgia se perguntava por que deveria pagar pelos pecados alheios, unindo-se a um homem que desejava destruir tudo à sua volta para aplacar a ira de ter sido traído. Foi nesse instante que ela decidiu frustrar aquele plano de vingança: jamais daria a Renzo seu corpo ainda virgem de carícias.
A irmã mais nova e inconsequente de Geórgia Norman abandonou o noivo, um conde italiano, para fugir com o irmão mais novo dele, que era casado e tinha filhos. Furioso, Renzo procura evidências do descaramento de Angélica e ameaça Geórgia: ou ela se casava com ele... Ou Renzo entregaria as “provas” — cartas, filmes pornográficos — ao pai das irmãs, que era sacerdote. Sem saída, Geórgia aceita se casar para preservar a família.
Renzo queria mostrar à ex-noiva que não precisava mais dela, e transformar Geórgia em uma periguete vagabunda como a irmã. Só que com o passar do tempo, ele percebe que o único laço que as unia era o de sangue, e Geórgia era uma mulher digna de ser amada.
Minha opinião:
Quando eu pegava um CLR da vida, logo pensava no quanto eles deviam ser diferentes dos Florzinhas/Corações da época: nada de chantagens, de mocinhos machistas e mocinhas idiotas, nada de chantagens ou alguma dessas porcarias que podiam ser encontrados nos Julias, Sabrinas. Então, quando eu li a sinopse de Lua de Mel, pensei “Bem, não parece diferente, mas uma mocinha que resiste ao mocinho é novidade”. Então, resiste o caramba! Geórgia é mais uma daquelas puritanas sem amor-próprio que cai na bobagem de se sacrificar existencialmente por uma dupla — o pai e a irmã mais nova — que só a espezinhavam. E a resistência dela à Renzo só dura até a lua de mel...
E Renzo... Ele é um daqueles italianos vingativos que dão um nome ruim aos mediterrâneos. Entendo a sede de vingança, mas querer se vingar de Angélica através de Geórgia só denotaria inteligência se as duas fossem próximas... E elas não são. Ah, e Renzo ainda exige que Geórgia não faça nada que deixe a sogrinha perceber que havia algo de errado no casamento dos dois — certo, a mulher tinha um coração fraco, mas como isso era problema de Geórgia? Portanto, não há nada que qualifique esse livro como um romance que não encontrou edição num Bianca da vida, deixando espaço na linha CLR para uma história com um diferencial.
Apesar da ideia — virgindade como sinal de caráter — antiquada, é inegável que Geórgia e Renzo foram feitos um para o outro: Renzo é um homem das cavernas que, numa mão tem um tacape, e na outra, os cabelos da esposa, Geórgia, a quem arrasta como um saco de batatas.
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Violet Winspear
6 Comentários
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Cunhada!
Olha, realmente dá raiva... da mocinha com sangue de barata! Afff!
Bjos -
Eu posso lidar com um mocinho ogro, mas com gente burra é pedir demais. kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Bjos
Cunhada!
Que horror, é tudo o que posso dizer.
Violet Winspear realmente era uma submissa por natureza e eu vou passar bem longe dos livros dela por um bom tempo.
Eu heim????!!!!