1º livro da série Knight Miscellany
Personagens: Robert “Hawk” Knight & Belinda “Bel” Hamilton
Ele arriscaria tudo para conseguir vingança... Mas nunca planejou perder o coração
Disposto a descobrir a verdade sobre a misteriosa morte de sua amada, o duque de Hawkscliffe fará qualquer coisa para desmascarar um assassino. Mesmo que isso signifique colocar em perigo sua reputação ao se envolver num escandaloso affair com a cortesã mais provocante de Londres — a desejável, mas indiferente Belinda Hamilton.
Bel usa sua inteligência e sagacidade para conquistar os cavalheiros nobres da cidade enquanto luta para reunir novamente as partes de sua vida. Ela precisa de um protetor, então aceita o convite de Hawk para se tornar sua amante apenas em nome. Ele não exige nada de seu corpo, mas busca sua ajuda para capturar o mesmo homem que destruiu sua virtude. Juntos, eles tentam a implacável ira da sociedade — até que uma arriscada charada se transforma em uma atração perigosa e Bel precise tomar uma devastadora decisão que pode arruinar sua última chance de amar...
Entre aceitar o pedido de casamento de Dolph Breckinridge, o nobre que levou o pai de Belinda Hamilton à prisão, e se tornar cortesã, Belinda não tem dúvidas: o melhor era ser vender o corpo. Por isso, depois de ser violentada, ela vai à procura das Três Graças, três cortesãs que a treinariam e atuariam como suas cafetinas até Bel achar um protetor rico que pudesse bancar seus gastos. Surpreendentemente, quem mais lhe atrai é o duque de Hawkscliffe, um homem com reputação imaculada — se a mãe, a falecida Georgiana Knight, a “Prostituta de Hawkscliffe” fosse ignorada.
Além da beleza, Robert Knight se interessava por um inimigo em comum que tinha com Belinda — Dolph Breckinridge, além de destruir a vida dela, também era responsável pela morte de lady Lucy, amada de Robert, mas casada com o velho tio de Dolph. Nada interessado no corpo de Belinda, Hawk propõe um acordo: Belinda o ajudaria a arrancar a verdade de Dolph, conseguindo sua vingança quando Hawk o matasse. Mas, conforme os dois se conhecem e vencem os obstáculos causados pelas próprias hesitações, os padrões morais de Robert se mostram mais perigosos para aquele recém-encontrado amor que o próprio Dolph.
Minha opinião:
The Duke é um daqueles livros que fascinam por dosar cuidadosamente as cenas de erotismo, de violência, a descrição de fatos históricos e a motivação de cada personagem em doses homeopáticas que literalmente deixam o leitor energizado. É visível que há uma preocupação com os detalhes históricos, que, mesmo bem pesquisados, não desviam a atenção, sendo apenas um “a mais”, que não afasta, mas atrai.
A história de Belinda e Robert não é das mais comuns. Também não é das mais incomuns. Explico: livros de cortesãs se apaixonando por clientes há aos montes, mas não me lembro de nenhum personagem que tenha passado exatamente pelas mesmas situações que os dois; a mãe de Robert era uma renomada infiel que, além de trair o marido, teve pelo menos um filho de cada amante, todos reconhecidos, mas sabidos ser ilegítimos; Belinda preferiu se tornar prostituta a ficar com um homem que desprezava, e até usa a profissão para se vingar dele.
Os dois têm preconceitos — mais especificamente quando Belinda e Robert relembram as respectivas famas — que vão caindo à medida que eles se conhecem, os sentimentos se confundem, limites são ultrapassados... A cena que Belinda lê passagens do diário da mãe de Robert é emocionante; me fez sentir o que ele perdeu por dar ouvidos à amargura do pai e desperdiçar o tempo.
Então, apesar de Dolph ser considerado o vilão — afinal, ele destruiu a vida da Belinda —, não acho que ele seja pior que o velho lorde Coldfell: numa tacada só, o velho se livrou de dois estorvos e conseguiu usar o Robert com chantagem emocional, apelando para o cavalheirismo e senso de honra dele.
Aliás, há um momento em que o cavalheirismo abandona o bom Robert totalmente. Seria chocante uma coisa tão fora do comportamento dele, mas me senti tão bem... Quase de alma lavada.
Com dois personagens “diferentes”, começando pelo mocinho “certinho e careta”, essa é uma leitura mais que indicada. E que venham os gêmeos, Lucien e Damien!
Oh, my!!!
Outra série interessantissima e eu aqui mal dando conta do que está na fila de espera.
Cunhada suas dicas sempre são garantias de boa leitura, então lá vou eu anotar mais uma!
bjos
Mara