Flores das Trevas — Margaret Rome

 

Flores das Trevas (Chateau of Flowers) — Sabrina 183

Personagens: Fleur Maynard & Alain Treville

Fleur tinha quase tudo para ser feliz: era jovem, apaixonada por Alain, seu marido, e morava num castelo na França, rodeado por campos cobertos de flores. Faltava-lhe, no entanto, o mais importante: o amor de Alain. Cego há alguns anos, vítima de uma série de operações que nunca davam em nada, Alain voltava seus olhos sem vida para Fleur, com desprezo. Amargurado, ele a acusava de ser uma mulher sem escrúpulos, uma aventureira interessada apenas em sua riqueza. Fleur não suportava mais aquela humilhação. Mas não tinha coragem de abandonar o homem que ainda amava, apesar de tudo.

O pai de Fleur Maynard pediu a ela que ajudasse um pobre rapaz cego a recuperar a autoestima e a fé. Sendo uma filha obediente, Fleur concorda, mesmo com medo da reação do tal homem. Assim, logo no dia seguinte, ela aproveita que faria trabalho voluntário no hospital e conversaria com o jovem francês, acusado de ser o terror das enfermeiras.

Alain Treville passou os últimos dois anos cego após um acidente com ácido e nenhuma das cirurgias a que foi submetido ajudou. Quando Fleur diz, com todas as letras, o quanto ele era insuportável e mórbido, Alain descobre que não poderia ficar sem ela, e mesmo achando que ela não o aceitaria, a pede em casamento. Para sua surpresa, Fleur aceita, mas por quê? Pena ou ganância?

Minha opinião:

Li esse livrinho faz uns anos e nunca esqueci. Aliás, esse foi um dos últimos Florzinhas que li e um dos poucos em que eu não quis matar o mocinho. Alain, apesar de ser sisudo, mórbido e até um pouco grosso, é um dos poucos personagens que não faz a linha vingador. Quero dizer, quando o motivo do acidente dele foi revelado, eu percebi que ele podia ter feito cabeças rolarem, mas não foi o que aconteceu. Eu confesso que fiquei irritada, pois o responsável tinha que pagar. *sanguinária*

Fleur é a clássica mocinha de romances Florzinha: reprimida, discreta, boa filha, blábláblá... Ela nunca teve um namorado, era, como os pais, o pilar da sociedade, e fica com um pé meio atrás com a proposta de Alain. E como as mocinhas de 99% dos romances, prefere deixá-lo pensar mal a respeito dela do que contar a verdade. E adora conclusões precipitadas. Eu teria preferido se ela tivesse sido menos perfeita, mas nem essa personalidade maravilhosa me deixou irada.

A coisa toda é previsível, mas há uma coisa que nunca esqueci: o mocinho que faz um perfume para a mocinha, que resgatou a personalidade dela e a colocou em cheiros. :)

E como cerejinha no topo do bolo, há a clássica “outra” — neste caso, Celestine, a ex-noiva francesa, sofisticada, linda, experiente e morena contra a delicadeza virginal da mocinha loira de olhos azuis — e Louis, o primo apaixonado. Confesso que eu adoraria ter visto Louis como mocinho, mas não achei um livro dele. *chora*

Seja como for, eu adorei o livro, e é um dos Florzinhas que mais releio. Adoro a forma como Alain tem de se relacionar com a Fleur, mesmo que de vez em quando eu queira bater nele.

2 Comentários
  • Oi, cunhada!

    Você bem sabe que o meu ponto fraco é mocinhos defeituosos.

    E esse, parece ser um daqueles que a gente lê e nunca mais esquece.

    bjos
    Mara

  • Cunhada!

    É por essas e outras que amo você! kkkkkkkkkkkkk Imagine, achar uma cunhada que goste de escoceses, famílias grandes, mocinhos defeituosos... não tem preço!

    Bjos

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