Perdição (Homeplace) — CH 39
Personagens: Justine “Justi” Marlowe & Richard Marlowe
Ela guardava um segredo inconfessável!
Para garantir seu futuro, Justine inventara uma enorme mentira. Agora, com a chegada de Richard, a verdade começava a queimar-lhe no peito exigindo ser revelada. Ele era o homem que poderá fazer seu mundo ruir: e ela, por amor estava disposta a qualquer sacrifício, inclusive a desvendar sua intimidade.
Richard lutava com todas as forças contra a insana atração que sentia por essa criatura diabolicamente sedutora. Ele não podia se entregar as estranhas e turbulentas emoções sob pena de perder a razão!
O único filho de um velho conde morreu e a jovem esposa dele criou a filha recém-nascida como um menino, a fim de evitar ser expulsa de casa. Por anos, ninguém nunca desconfiou que Justin fosse, na verdade, Justine, pois ela sempre se ocupou com atividades normalmente masculinas, desde cuidar de cavalos a brigas de rua. Tudo isso muda com a morte do avô: Justi ainda era menor de idade, portanto precisaria de um tutor e o único aceitável era o primo Richard.
Richard não queria ser tutor de mais ninguém; já bastavam os problemas causados pelos meios-irmãos para deixá-lo louco. Contudo, não havia como escapar do triste destino e cuidar do primo até que ele chegasse à maioridade. O problema era que Justi era uma fonte ambulante de confusões, desobediente e ainda o fazia sentir coisas nada naturais.
Aos poucos, Justi se apaixona pelo sisudo primo. Sem coragem de contar a verdade sobre sua identidade, ela planeja fugir, até um escândalo ainda maior ser provocado e ela ter que escolher entre deixar Richard arcar com ele ou confessar-lhe tudo.
Minha opinião:
Esse é outro que li há muito tempo — quando eu tinha 12 anos, para ser mais exata. Na época, eu adorei, mas dez anos depois, quando reli para postar no blog, percebi algumas falhas.
Apesar do tal “segredo inconfessável” do resumo, o livro não chega a ter uma atmosfera muito sombria. Pelo contrário, Justi se coloca em situações que, enquanto não necessariamente perigosas — até um preceptor tarado ser contratado — a faziam descer ainda mais na estima de Richard. Aliás, ele é muito autoritário, está sempre preocupado em evitar escândalos, é controlador. Se não fosse tão aborrecido, seria o macho-alfa perfeito.
Justi é responsável, de bom coração, um pouco desastrada e se preocupa em cuidar de todos ao seu redor. Seria bom, se ela pudesse demonstrar isso. Por ser “homem” ela devia ter um comportamento diferente, passar por uma crise existencial — ser uma mulher presa num corpo de homem ou o contrário — ou se rebelar em algum momento. Em vez disso, ela se apaixona por Richard, mas eu não consegui sentir o amor. Até agora não entendi porque eles ficam juntos; na minha opinião, Harry e Justi seriam um casal muito mais interessante.
Também não há cenas sensuais – na verdade, eu nem me lembro de um beijo —, que, mesmo sem fazer desse um livro terrível, ainda me fez pensar que Perdição não é necessariamente um romance.
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4 Comentários
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Cunhada!
Tadinha da Roseli! Eu li esse livro e na época tinha gostado, mas eu queria mais romance. Ainda quero! Affff
Bjos -
Anônima, realmente. Quando o "pobre" Richard percebe que estava se apaixonando "pelo primo"... rsrs
Oi Lidy!
Minha amiga Roseli Theodoro leu esse livro, e ficou tão revoltada, que nem me passou... trocou no sebo direto.
Dai, toda vez que o vejo no sebo corro 3 dias sem parar... e agora mediante sua resenha... correrei kms.
bjos
Mara