Dance with the Devil — Sherrilyn Kenyon


Dance with the Devil (não publicado no Brasil)

6º livro da série Dark-Hunter

Personagens: Zarek da Moesia & Astrid

Ponto de Vista de Zarek:

Dark-Hunter: um guardião desalmado que fica entre a humanidade e os que a veriam destruída. Tá, certo. A única parte desse Código de Honra que recebi foi eternidade e solidão.

Insanidade: uma condição de que muitos dizem que sofro depois ficar tanto tempo sozinho. Mas eu não sofro com minha loucura — eu aproveito cada minuto dela.

Confiança: não posso confiar em ninguém... Nem em mim mesmo. A única coisa em que confio é na minha habilidade de fazer a coisa errada em qualquer situação e machucar qualquer um que fique no meu caminho.

Verdade: suportei uma vida inteira como um escravo romano e 900 anos como um Dark-Hunter exilado. Agora estou cansado de suportar. Quero a verdade sobre o que aconteceu na noite em que fui exilado — não tenho nada a perder e tudo a ganhar.

Astrid (grego, significa estrela): uma mulher extraordinária que pode ver diretamente a verdade. Corajosa e forte, ela é um ponto de luz na escuridão. Ela me toca e eu tremo. Ela sorri e meu coração frio se parte.

Zarek: dizem que mesmo o homem mais maldito pode ser perdoado. Nunca acreditei nisso até a noite em que Astrid abriu a porta para mim e fez este animal feroz querer ser humano de novo. Me fez querer amar e ser amado. Mas como um ex-escravo cuja alma é possuída por uma deusa grega pode sonhar em tocar, mais ainda segurar, uma estrela flamejante?

Sem que Zarek soubesse, Acheron conseguiu fazer um acordo com Ártemis: eles o trariam do Alasca para Nova Orleans para ajudar nas patrulhas de Mardi Gras (Night Embrace). Essa era uma das formas de livrar o ex-escravo romano da execução, mas quando Zarek ataca dois policiais para se defender, ele é imediatamente mandado de volta, com a cabeça a prêmio.

Entra em cena Astrid, uma ninfa da justiça e irmã mais nova das Moiras. Já cansada das maldades nos corações humanos, Astrid nunca achou um inocente, e Zarek parecia mais um candidato a ser eliminado. Porém, quando o assassino de estimação de Ártemis é solto e indícios da inocência de Zarek vem à tona, eles precisam se unir para descobrir a verdade e evitar uma destruição ainda maior.

Minha opinião:

No final de Night Embrace há uma série de miniepílogos a respeito de alguns personagens — Valerius, Zarek, Styxx e Acheron e Ártemis — e é daí que Dance with the Devil começa, quando Zarek está sendo levado de volta ao Alasca.

Zarek tem fama de ser louco, e há uma porção de lendas — nenhuma delas boa — a seu respeito. Com a história de vida dele — ele é fruto de um estupro, a mãe o deixou para morrer, e os outros escravos descontavam nele o que não podiam fazer com o pai e a própria morte —, não é de se admirar que o homem seja meio amargo, só que ele ficar constantemente falando que não precisa de ninguém me tirou do sério, principalmente porque é claro que é mentira; sem contar que ele não olha em quem ele desconta o rancor e por vezes parece se julgar merecedor de todo o abuso que sofreu. Gostei dele, mas com ressalvas.

Mesmo Acheron e Nick tinham-no deixado à própria sorte depois de ele ter sido ferido em Nova Orleans. O melhor que eles tinham oferecido foi uma carona para que ele se reestabelecesse em solidão. Claro, eles poderiam ter oferecido mais se ele fosse um pouco menos hostil com eles, mas hostilidade era o que ele fazia de melhor.

Astrid, para mim, apesar de legal, não fede nem cheira. Não a achei particularmente forte, instigante ou irritante. Gostei de ela ser uma ninfa da justiça, mas tirando disso, eu nem percebia se ela estava em cena ou não. Não há nada que a recomende, pelo menos nada além das ilustres irmãs, as Moiras. A ideia de ela ficar cega para passar julgamento é interessante, pois vai de acordo com a máxima de que quem vê cara não vê coração. No fim das contas, não é que ela seja uma mocinha ruim, só que depois de toda a vibração e animação de Sunshine, ela deixou a desejar.

O vilão também não anima. É só um Apollite transformado em assassino pessoal de Ártemis; certo que ele fez algumas maldades, mas quando descobri porque ele odiava Zarek, só consegui ficar com dó.

De novo, Acheron marca presença... Trazendo Simi, um demônio de 18.000 anos com mentalidade de adolescente. Novos Dark-Hunter são apresentados — poxa, eu gostei daquela Syra! — e os famosos Escudeiros tem mais um pouco mais de espaço. Sundown, o amigo de Zarek, tem um livro no futuro. Valerius, que é o bode expiatório de meio mundo, nem aparece, o que por si já é o cúmulo — considerando-se todas as maneiras como ele e Zarek são relacionados.

Quando o livro acaba há um pequeno conto chamado A Dark-Hunter Christmas. É possível lê-lo inteiro no site da Sherrilyn, e honestamente, vale muito a pena. Gallagher é o tipo de personagem que me dá vontade de colocar no colo e abraçar — muito diferente de Zarek. Minha parte preferida é essa aqui:

Temos três tipos de família. Aquela em que nascemos, aquela que nasce para nós e aquela que deixamos entrar em nossos corações.

Sinceramente, Simi devia ter dito isso para nosso amigo Zarek e não para o Gallagher. Agora é esperar para ver o que se torna dessa louca linhagem que é a família Magnus.

2 Comentários
  • "Temos três tipos de família. Aquela em que nascemos, aquela que nasce para nós e aquela que deixamos entrar em nossos corações."

    Gostei da frase, no entanto não me empolguei com o livro... afinal uma mocinha que nem fede e nem cheira... aff ninguém merece, e o Zarek tá pela sua descrição um daqueles personagens, acho eu que da Hannah Barbera, tipo oh vida oh céus...rsrs

    Enfim, amei a resenha... mas nada de colocar o livro na fila de leitura.

    bjos
    saudades
    Mara

  • Cunhada, achei o conto — do qual a frase saiu — melhor que o livro.

    A Astrid é a mocinha preferida de muita gente, mas acho que ela entre a Sunshine e a Cassandra (a mocinha do próximo livro) ficou meio apagada. E o Zarek, apesar de torturado, vestiu mesmo a camisa de mártir, e não suporto isso.

    Bjos
    Também estou com saudades

  • Comente!