Archangel’s Shadows — Nalini Singh


Archangel’s Shadows (não publicado no Brasil)

11º livro da série Guild Hunter

Personagens: Ashwini “Ash” Taj & Janvier

No começo de uma guerra brutal, o arcanjo Raphael e sua consorte caçadora, Elena, estão lidando com as marés traiçoeiras das políticas arcangélicas e o povo de uma cidade maltratada, mas não quebrada. A última coisa que a cidade deles precisa é de mais morte, sobretudo uma que carrega a misteriosa assinatura de um arcanjo inimigo e insano que não pode — não deve — estar caminhando nas ruas.

Esta caçada deve ser conduzida com zelo e sem alertar as pessoas. Deve ser feita por aqueles que podem se tornar sombras...

Ash é uma rastreadora dotada, uma mulher amaldiçoada com a habilidade de sentir os segredos de qualquer pessoa que tocar. Mas há um homem a quem ela conhece sem o menor instante de contato físico: Janvier, o vampiro Cajun perigosamente sexy que a fascina e enfurece há anos. Agora, enquanto eles rastreiam um matador cruel, seu jogo de gato-e-rato de flerte e provocação se tornou em um jogo profundo de coração. E desta vez, é o segredo de Ash, escuro e terrível, que ameaça destruir aos dois.

Três semanas se passaram desde a Batalha de Nova York, em que Raphael e Elena derrotaram Lijuan. Agora, o corpo mumificado de um cachorro é encontrado na rua, e o Guild é chamado para investigar o caso — a situação perfeita para Ashwini se manter trabalhando, mas sem a exigência física de uma caçada. Isto é, até o corpo de uma jovem ser encontrado no lixo, também mumificado. Tudo apontava para Lijuan, mas a população de Nova York ainda não estava pronta para lidar com a ameaça de uma nova guerra.

Entra em cena Janvier. Servindo de ligação entre a Torre e o Guild, Janvier era a única chance de os dons de Ashwini não sobrepujá-la durante a busca por informação. De uma forma ou de outra, aquele caso seria o momento decisivo na relação deles: ou Ashwini lhe dava uma chance ou ele renunciaria a imortalidade por ela...

Minha opinião:

De novo, eu sei que o blog ficou abandonado, mas eu tenho bons motivos: busca por trabalho (ê canseira!) e autoescola — na minha idade, primeira carteira... E não sou nenhuma velha caquética, mas tô chegando lá. rs Antes de mais nada, escrevi essa resenha em novembro — sim, o bebê demorou três meses para nascer —, mas como eu disse antes, minha vida ano passado foi uma loucura, e só agora eu achei que a resenha ficou lapidada o suficiente para ser publicada. Isso posto: Archangel’s Shadows é um dos livros que li como incentivo. A cada página que eu terminava da minha monografia, eu me permitia ler um... Às vezes, dois... Muito de vez em quando, três... Capítulos. Raramente quatro. E para alguém acostumada a ler os livros da Nalini como uma pessoa esfomeada num banquete, o arranjo foi uma agonia.

Janvier é tão sexy e apaixonante aqui como ele foi em Angels’ Pawn. A diferença é que agora ele tem um ponto de vista, o que torna mais fácil compreendê-lo. Amei o fato de que ele tenha tão boas lembranças de sua vida familiar quando ainda era humano, e que tudo, desde o primeiro emprego — infantil, devo dizer — até sua decisão de se tornar vampiro, foi motivada por um forte grau de lealdade, que ele possui até hoje: ainda é o “tio” que todos os descendentes das irmãs querem visitar. O interessante é que, durante a série, uma porrada de personagens zoa o chove-não-molha dele e Ash, me fazendo pensar que era um tipo de piada interna. A verdade é que a família dele inteira e todos os amigos sabem sobre ela e são loucos para conhecê-la... Não sei, isso me lembrou tanto dos Psy/Changeling que me peguei rindo sozinha.

Ash é igualmente leal. Ela tem um dom útil, porém debilitante, de prever o futuro, mas raramente os sonhos são bons. Adicionalmente, ela também pode saber os pensamentos de uma pessoa com um único toque, e há momentos, como quando Honor foi sequestrada e resgatada (Archangel’s Blade), que ela só quer sair correndo e se enfiar num buraco e fechá-lo atrás de si. Mas ela sempre fica. O dom dela implica em uma coisa muito mais sinistra relacionada à família dela — o motivo que fez o irmão dela interná-la em uma casa de repouso —, que é o maior impedimento para ela e Janvier ficarem juntos. Pessoalmente, a resolução desse problema veio como um grande “hein?” para mim, porque parecia uma solução tão óbvia que eu não pensei que fosse viável.

Eu estava preparada para detestar o irmão dela — pela dita internação. Mas desde o primeiro momento em que Arvi aparece, fica claro que a despeito de toda a tensão, havia muito amor entre eles. É muito mais fácil sentir pena, apesar de não ser bem isso, por ele, o médico brilhante que não conseguiu encontrar a cura para a situação das mulheres da família, do que por Jeffrey Devereaux após sua revelação em Archangel’s Legion.

A outra sombra do título é Naasir. A criatura-tigre como Elena gosta de chamá-lo é um rouba-cena de primeira. O passado e o presente dele são um mistério, e ele realmente se parece com um grande felino: em um momento, ele gosta de carinho e até ronrona; no outro, passa por cima de um inimigo com a mesma força de um rinoceronte.

— Eu sou uma pessoa, Dmitri? Você ficará triste se eu morrer?
Apesar de ter se tornado duro e cruel, a pergunta inocente o sacudira.
— Sim — ele dissera, tão honesto na resposta quanto Naasir fora na pergunta. — Você é uma pessoa. Você é Naasir. Perderei uma parte de mim se você morrer e é uma parte que nunca terei de volta.
Naasir o encarara por um longo tempo antes de se aproximar para abraçá-lo.
— Ok, Dmitri. Lamento. Eu não sabia antes que eu era uma pessoa.

A melhor parte é que o próximo livro da série é do Naasir, pois ele apertou o botãozinho “caça parceira” e a pobre anja que vai ser o par dele com certeza terá as mãos cheias. Prevejo uma história similar à do Jason, só que toda Naasir.

Então, apesar de ser menos focado no lado físico do romance — a conexão de Ash e Janvier é mais a nível de alma —, Shadows não desaponta. Espero que Janvier e Ash aparecem com frequência em Archangel’s Enigma (o livro do Naasir), pois a parceria deles foi uma coisa que deu gosto de ver e vale a pena ser repetida.

9 Comentários
  • As suas resenhas são demais. Adoro Nalini Singh, mas infelizmente não leio em inglês. Consigo ler em espanhol. Os livros Psi changeling tenho até o de Vasic. Os da Guilda só consegui até o do Jason. Sou velha e atual só posso ler. Estou em tratamento de CA mama. Por favor me diga como conseguir

  • Janinesg1, obrigada!

    Eu gostaria de te ajudar, mas espanhol pra mim é um grande mistério... não entendo nada. Eu acho que alguns foram traduzidos em português, mas não sei o nome do grupo.

    Boa sorte com seu tratamento!

    Abraços

  • Oi, cunhada!

    Eu realmente quero ler os livros da Nalini... me ajudaria muito se eles fossem lançados no Brasil...rs.

    " Pessoalmente, a resolução desse problema veio como um grande “hein?” para mim, porque parecia uma solução tão óbvia que eu não pensei que fosse viável."

    Fiquei intrigada com essa obviedade...rs.

    Fiquei curiosa em conhecer o Naasir... e claro... ótima resenha cunhada!

    bjos
    Mara

  • Cunhada!

    Você sabe que os livros estão disponíveis em português "por aí", né? rs Mas a Underworld comprou os direitos da série em... 2009? 2010?... e até hoje nada!!!! *queódio*

    A solução óbvia foi tão óbvia, mas tão óbvia que teria sido o mesmo que dizer para alguém que está com sede beber água...

    O Naasir... é ótimo. Todos os mocinhos da Nalini são, mas o Naasir tem um fator "tigre não tão enjaulado" que realmente atrai a atenção. ^^'

    Bjos

  • Oi, Lidy! Agora me falta este pra ler? Mas só consegui este em inglês. Vou tentar encarar. Bjs e parabéns pela resenha, como sempre me deixam com uma vontade ainda mais loca de ler. Ah, vc já adquiriu o novo da série Psy changelling. Nossa li os 2 primeiros capítulos no blog da Nalini e quase morri. Usei o Google tradutor neste processo Rs...

  • Oi, Lidy! Agora me falta este pra ler? Mas só consegui este em inglês. Vou tentar encarar. Bjs e parabéns pela resenha, como sempre me deixam com uma vontade ainda mais loca de ler. Ah, vc já adquiriu o novo da série Psy changelling. Nossa li os 2 primeiros capítulos no blog da Nalini e quase morri. Usei o Google tradutor neste processo Rs...

  • Amei este ivro...
    Ótima resenha, esta série é demais

  • Camilla...

    Já faz um "tempinho" do seu comentário, mas vamos lá: já terminou a leitura? O que achou? Eu estava muito ansiosa pelo livro da Ash com o Janvier, e apesar de eles não terem nada a ver com Elena e Raphael (ninguém tem), eu gostei muito. Perdi a conta de quantas vezes Ash fez ou pensou alguma coisa que a deixou triste e eu morri de fofura quando Janvier se dispôs a fazê-la feliz de novo. *-*

    Estou paradona na série Psy/Changeling. Ainda nem terminei o livro do Kaleb - o que significa que eu tenho que recomeçar a leitura (eita!) e ler os outros (eu fiz uma leitura vagabunda para saber mais dos meus personagens preferidos, mas não foi muita coisa) antes de Allegiance of Honor ser lançado. Cá entre nós, eu tenho quase 100% de certeza de que esse livro é do Anthony com a Nikita, e como sou fã deles, faço questão de ler no dia de lançamento. rs

    Bjos

  • Michele!

    Olá, que bom que você gostou. Volte sempre - vou começar a atualizar o blog com mais frequência. rs Quer dizer, sempre que eu ler um livro que valha a pena ser resenhado.

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