Inferno — Linda Howard


Inferno (Inferno) — Rainhas do Romance 58

1º livro da série Raintree

Duzentos anos após terem sido derrotados pelos Raintree, os magos de Ansara estão de volta e querem vingança.
Dante Raintree é o mais poderoso de seu clã, mas seu coração e sua lealdade são postos à prova com a presença de Lorna Clay, uma mulher que neutraliza sua capacidade de controle sobre o fogo. Porém, algo mais forte do que ele o impede de se afastar dela.
Agora, Dante terá de enfrentar a maior batalha de sua vida, sem a certeza de que seus poderes serão suficientes para aniquilar os Ansara.

Lorna Clay era uma mulher que tinha sorte no jogo. Ou melhor, ela tinha sorte com números, e a usava para se dar relativamente bem nos cassinos de Las Vegas, onde morava atualmente. Apesar disso, ela era cuidadosa para não chamar a atenção, sempre evitando ganhar muito dinheiro — ela sempre ia por quantias mais baixas, como cinco mil dólares por semana. Mas, quando o segurança do cassino Inferno a leva à sala do chefe, ela percebe que alguma estava muito errada — com Dante Raintree.

Dante não demora a perceber que havia uma coisa diferente com a mulher humana a quem realmente não poderia acusar de trapacear. Logo, porém, uma dúvida: frente às habilidades de Lorna em descontrolá-lo e impedi-lo de exercer poder sobre o incêndio no cassino, ele deveria acusá-la de ser uma Ansara disfarçada ou ela era uma Raintree desgarrada? Isso era o que ele queria descobrir de um jeito ou de outro, e pretendia mantê-la por perto.

Minha opinião:

Eu amo, amo, amo a Linda Howard. Mas Inferno não é pra mim. Primeiro porque eu já cansei em ver todos os Dantes da vida tendo um bar/cassino/boate chamado Inferno. Sim, é legal, uma semi-piada interna que apenas os que conhecem A Divina Comédia vão entender, mas é uma piadinha batida.

Segundo, porque eu não senti a menor ligação entre Dante e Lorna. Deve ter a ver com o fato de ele tê-la arrastado para o meio de um incêndio — sabendo que ela tinha terror do fogo —, roubado a energia dela e impedi-la ou forçá-la a fazer coisas que ela não queria fazer por meio de controle mental. Aliás, Lorna faz um breve resumo do livro perto do final:


— Não tivemos muito tempo juntos, mas o que tivemos foi de qualidade.

— Qualidade! — Ela ô fitou boquiaberta a indignação secando-lhe as lágrimas. — Você me apalpou toda, me arrastou para dentro de um incêndio, abriu a minha cabeça e espremeu o meu cérebro, rasgou minhas roupas e me fez prisioneira!

Dante é uma espécie de rei para os Raintree — aliás, que diabos são os Raintree? São humanos, são outra espécie, são o quê? Eu não me lembro de ter tido uma resposta satisfatória a respeito disso, então espero que algum dos dois próximos livros esclareça. Então, como rei, ele fará qualquer coisa para impedir que os Ansara os destruam, mesmo que ele morra. Por vezes, o tratamento dele à Lorna é cruel, o que me deixou na dúvida se ele era mocinho ou se era vilão.

Lorna é inteligente, tem tiradas ótimas, mas eu não entendi ainda porque ela sempre perguntava quem era “Ana Sara” — um alívio cômico que a fez soar idiota — e passava a vida fugindo. Sim, ela foi vítima de abuso, mas como o agente abusivo — a mãe — se mandou quando ela tinha dezesseis anos, o fato de ela andar para lá e para cá é realmente injustificado. Além disso, não sei por que ela não gastava o dinheiro que ganhava — certo, eu sei, mas não me convenci.

Além disso, o modo como os dois se apaixonaram só me fez pensar em Síndrome de Estocolmo. Sem contar que, a proposta de Dante em transformar Lorna em Raintree é, no mínimo, estúpida — não a proposta em si, mas o como.

Os dois são lançados no meio de uma guerra interna dos Ansara — o rei, um banqueiro chamado Judah Ansara, estava sendo vítima de um golpe do meio-irmão, que não se conformava por não ser rei. Não precisa ser vidente para saber que isso não vai dar certo.

Por fim, com os protagonistas dos próximos livros aparecendo em conversas telefônicas ou flashbacks, o final em aberto que, em outros livros teria me deixado louca de curiosidade, só me deixou frustrada. De qualquer forma, terminarei a série, mas continuo achando que Inferno não é um cartão de visitas apropriado para quem ainda não conhece Linda Howard.

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2 Comentários
  • Oi Cunhada!

    Eu realmente estava bem resistente em ler esse livro, no entanto... eu gostei... lembro inclusive que dei nota 10.

    Amei alguns acontecimentos e odiei outros.

    Em suma, O fato do livro não "acabar" me frustou e muito, principalmente porque a continuação não será por Linda Howard.

    Amei a vingança do sal e do açucar, e claro, a compulsão irritante que o Dante insiste em manter a Lorna, me rendeu ótimas risadas...rs.


    Enfim, opinião é sempre bem divergente... e o bom mesmo é a gente poder trocar figurinhas.
    bjos
    Mara

  • Cunhada, se fosse para eu dar nota, eu daria 7 - ele não parece os trabalhos anteriores de Linda Howard (cadê os homens índios, do exército, SEALs, agentes secretos...) e também, como a Harlequin ainda não lançou os outros dois, fica difícil ver a consistência da luta Raintree e Ansara.

    Ah, a vingança do sal e do açúcar é o máximo, mas aquela compulsão me irritou. Argh! Tenho verdadeiro horror a ser forçada a fazer alguma coisa - parece trabalho escravo!

    Mas obrigada pela indicação e pelo presente!

    Bjos

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