O Romance da Rosa (Romance of the Rose) — Clássico Histórico nº07
1º livro da série Rose
Personagens: Alexandria “Alexa” de Fontaine & Armand D’Avigny
O cavaleiro Armand D’Avigny iria lembrar-se de Alexandria de Fontaine sempre que aspirasse o perfume de rosas.. E levaria para as cruzadas a lembrança da bela jovem que lhe salvou a vida. Agora, ao contemplar novamente o rosto encantado jurou que nunca se afastaria do lado de sua doce amada.
O coração de Alexa bateu mais forte ao reconhecer os olhos verdes de seu salvador. Mas, durante a fuga para a liberdade, soube que jamais poderia se entregar ao amor de Armand D’Avigny, porque o transformaria em vítima do inimigo que a estava perseguindo. Enquanto Pierre de Villiers, seu impiedoso raptor, vivesse, Alexa de Fontaine nunca seria uma mulher livre para amar!
O escudeiro de Armand D’Avigny o leva ao castelo de Pontesse para tratar os ferimentos de uma batalha. Lá, Armand é colocado aos cuidados de lady Alexandria, a sobrinha dos castelões, cujo aroma de rosas deixa Armand fascinado. Acreditando que não é bom para ela por ser o segundo filho e que Alexandria tinha um noivo, Armand parte após roubar um beijo.
Alexandria fica fascinada com o cavaleiro de olhos verdes e não entende porque ele se foi. Conformada com a ideia de não vê-lo mais, ela se disfarça de homem e tenta seguir o irmão até Jerusalém, apenas para ser descoberta e forçada a ficar com os tios em Veneza. Mas quando a tia insiste em peregrinar à Terra Santa, os caminhos de Alexa e Armand se cruzam, exceto que, desta vez, ele é um Templário.
Ao voltar para Veneza, Alexa descobre que o tio viciado em jogo tinha apostado sua mão e perdido. Mesmo contra sua vontade, o noivo canalha não desistiria dela tão facilmente, e o destino novamente a coloca junto de Armand. Mas talvez a aparição de Armand significasse mais perigo, pois ele podia causar mais danos a Alexa que as maldades de Pierre de Villiers.
Minha opinião:
Eu via as pessoas comentando dos livros da Claire Delacroix e falando o quanto eles eram bons. Por serem medievais (meu período histórico preferido) e tão aclamados, pensei em lê-los... Só que no fim das contas, fiz uma leitura vagabunda e decidi dar uma chance a outro, e outro, e outro, pensando que era só um livro que não me agradou, mas que os outros certamente agradariam. Bem, não foi o que aconteceu e passei anos sem pegar num livro dela, mas querendo ler O Romance da Rosa. Ele foi comentado na AR no tópico de trechos chocantes; eu sabia que tinha que ler esse livro, mas minhas experiências anteriores com a Claire Delacroix não foram boas.
Por isso, quando eu descobri que tinha uma semana de provas na faculdade e nada para me distrair, fui atrás desse livro, pensando que, ou eu gostaria dele, ou passaria raiva e faria um post pra meter o pau sem dó nem piedade. :) O resultado foi que, apesar de não ser o melhor livro que eu já li, O Romance da Rosa é bom.
Alexa é uma das mocinhas que eu conheço que mais sofre, coitada. Pelo menos ela não entrega os pontos tão fácil como outras, mas achei irreal que ela tivesse deixado o Armand se aproximar tão rápido depois do que o noivo traste fez com ela. Além disso, ela podia ter contado para o Armand o que houve e não contou — e o resultado: os dois sofrendo, ele por achar que ela era uma vagabunda, e ela por se recusar a contar a verdade.
Armand começou muito bem: como um cavaleiro honrado que se apaixona à primeira vista — amo isso! Só que depois de ele e Alexa dormirem juntos pela primeira vez, ele se recusa a acreditar que ela tivesse violentada — talvez “recusar” não seja a palavra porque não havia nada para ele acreditar... Mas eu tenho certeza que ele teria sido compreensivo se Alexa tivesse contado antes... Mas ela não contou.
Fiquei curiosa para saber se Hughes e Sophie — os tios que criaram Alexa e o irmão dela — tinham um livro. Não sei por que, mas realmente gostei dos dois. E quando fui pesquisar... Descobri que o livro é parte de uma trilogia chamada Rose: o primeiro é este, o segundo o de Sophie e Hughes (que deviam ter um caso bem sério de crise de identidade, pois mudaram os nomes deles na tradução brasileira) e o terceiro, do escudeiro metido a besta de Armand, Roarke (outro que mudou de nome). Vale dizer que o pai de Armand, Baudoin, também é uma delícia de personagem e adora se meter na vida do filho mais novo.
A narrativa começa muito bem, mas do meio para o final fica cansativa, como uma novela que é estendida vezes sem conta por causa da audiência. Além disso, não gostei de não saber qual foi o destino de Giulio, o tio que vendeu Alexa para o noivo traste. Fiquei com a sensação de que faltou alguma coisa, e essa coisa seria um castigo bem dado!
Por fim, O Romance da Rosa é o melhor livro que já li da Claire Delacroix, mas não é um dos melhores que li. Tem descrições ótimas da vida em Jerusalém — mas acho que a parte pagã foi um exagero, e parece que só vou entender depois de ler o livro A Feiticeira, que conta a história dos tios — e dos hábitos da Idade Média. É fofinho, mas não chega nem perto de ser cativante.
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2 Comentários
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Cunhada!
Tenho que confessar: pegar esse livro me fez precisar de coragem... affff! O resultado, se tivesse, seria 5,5-6/10... não é bom, mas também não é ruim. Só é esquecível, sabe?
Mas confiança realmente é fundamental... apesar de que o Armand no final faz uma coisa que me fez esquecer que ele pensou mal da Alexa. rs
Bjos
Amei a resenha, mas decididamente não gostei do livro, se existe que acho imprescindivel é confiança... um amor tem que ter base na verdade, honestidade e sinceridade, esse negocio de presumir não presta e me deixa bem irritada.
Enfim, da Claire só li a trilogia dos Sayern... e só gostei de um dos livros.
Bjos
Mara