Toda Sua — Sylvia Day


Toda Sua (Bared to You) — Sylvia Day

1º livro da série Crossfire

Personagens: Eva Lauren Tramell & Gideon Cross

Eva Tramell tem 24 anos e acaba de conseguir um emprego em uma das maiores agências de publicidade dos Estados Unidos. Tudo parece correr de acordo com o plano, até que ela conhece o jovem bilionário Gideon Cross, o homem mais sexy que ela — e provavelmente qualquer outra pessoa — já viu.

Gideon imediatamente se interessa por Eva, que faz tudo o que pode para resistir à tentação. Mas ele é lindo, forte, rico, bem-sucedido, poderoso e sempre consegue o que quer — e é claro que Eva acaba se entregando.

Uma relação intensa começa. O sexo é incrível. Capaz de levar os dois a extremos a que jamais tinham chegado. E, então, eles se apaixonam — o que pode ser tanto a chave para um futuro feliz quanto a faísca que trará de volta os traumas do passado.

Eva Tramell tinha seus próprios traumas, mas um único encontro acidental com Gideon Cross, o jovem magnata mais disputado de Nova York, bastou para tirar o mundo dela dos eixos. Consumida entre a necessidade visceral que sente por Gideon e o instinto de autopreservação, Eva decide se arriscar e faz uma escolha que mudaria a vida dela para sempre.

O problema era que Gideon era um enigma. O sexo era quente, mas o homem controlador e misterioso não poderia oferecer nada além de um relacionamento disfuncional baseado apenas em atração sexual... Ou será que podia?

Minha opinião:

Eu não faço ideia do por que eu demorei tanto para resenhar esse livro — que li em inglês e depois assim que foi lançado aqui. Estou morrendo de vergonha pela falha — Gideon, me perdoe!

Sou uma grande fã de Sylvia Day e sempre achei os livros dela muito quentes. E o melhor é que eles são quentes com história, em vez de pornografia pura (e mesmo assim só há um resenhado aqui. Preciso tomar vergonha na cara e dar um jeito de corrigir isso...). Quando ouvi que ela estava autopublicando um livro erótico contemporâneo, eu fiquei feliz: não aguentava mais ouvir as pessoas falando do fenômeno “Cinquenta Tons”. A verdade é que o mercado erótico é antigo — Ellora’s Cave e os selos Aphrodisia da Kensington e Berkley/Jove da Penguin estão aí para comprovar isso —, então a ideia de uma trilogia sobre bondage, submissão e sadomasoquismo (ou BDSM) não me excitava — e eu nem tinha lido o livro, só um excerto e não gostei.

Mas então, além de ser uma escritora experiente, Sylvia Day conseguiu criar dois personagens cativantes — e é por isso que eu tô puta até agora. Custava o livro ter sido escrito em terceira pessoa para eu entrar um pouco na mente do Gideon? Mas Eva não me deixou na mão: apesar de ela passar a maior parte do tempo no luta-ou-fuga, se-comer-o-bicho-pega-se-ficar-o-bicho-come, eu adorei ela. Ao contrário de 90% das mocinhas — e aqui incluo as de romances de banca —, ela não abandona a vida pessoal dela para satisfazer Gideon e tenta construir uma relação em seus termos. Surpreendentemente, ele aceita.

Viver com uma pessoa com uma autoestima tão destruída pode ser emocionalmente desgastante. Tanto Eva quanto Gideon sofrem disso, reconhecem isso no outro, mas apenas a história de Eva é totalmente revelada — Sylvia Day diz que

os dois primeiros livros e meio foram a história de Eva (...) os últimos dois e meio são a história de Gideon (aqui)

Eu sei parte da história dele — e isso é assunto para a resenha de Para Sempre Sua, o terceiro livro da série —, mas é muito pouca, o suficiente para me deixar angustiada. Há uma cena no livro que me deixou louca de agonia, pois eu consegui ver o quanto o passado de Gideon era um fardo para ele e para Eva, pois trazia lembranças do dela. Inconscientemente, Gideon quase fez uma coisa que podia ter colocado tudo a perder. E “tudo” é o relacionamento deles e os anos de terapia que Eva fez depois de sofrer anos de abuso — e que de certa forma continuam, devido às intervenções da mãe neurótica e egocêntrica dela.

E é interessante, porque não há uma cura mágica — Gideon é gostoso, sensual, ótimo de cama, mas o pênis dele não é um diamante com poderes Jedi, nem uma única estocada cura tudo. Os dois ainda estão pisando em ovos, mas decididos a aprender juntos. Da maneira “normal” como se constrói um relacionamento. Eles se tornaram em portos-seguros mútuos, são dependentes e obcecados um pelo outro, mas acredito que esse é o diferencial: eles se entregam sem barreiras a pessoas que podem ser podem trazer complicações e dão as boas-vindas a essas complicações e tudo mais, seja bom ou ruim, porque são deles.

Eles conseguem construir uma relação amorosa baseada em sexo — apesar de tudo, Eva é uma personagem confortável com sua sexualidade, que sabe o que gosta/não gosta na cama, que se depila e tem um vibrador. Isso é um grande avanço — não sei de nenhuma outra heroína que faça isso, sem ser uma reprimida sexual que mal, mal conhece uma lâmina ou que acha bonitinho retirar todos os pelos e dar um ar infantil à genitália. Eca.

Retomando o que eu falei lá em cima, o foco do livro não é BDSM; muita água rola antes de Gideon dizer a Eva que ele era dominador na cama e ela era submissa — e mesmo, assim, essas não são as partes dominantes das personalidades deles, e menos ainda, do livro. Nem um nem outro se define por suas preferências sexuais. Por isso, o BDSM é bem light, pois Gideon jamais colocaria em prática qualquer estilo sexual que pudesse machucá-la.

Há aqueles que vão achar o livro banal ou sem noção. Alguns podem até chamar de vulgar. Mas é erótico — pode ser sujo. Gideon e Eva falam palavrões — os termos mais “pesados” foram mantidos, ainda bem. Mas então, se eles não podem se soltar um com o outro, qual é o ponto de compartilhar fluidos corporais e fazerem sexo? Mais fácil se Eva ficasse com aquele vibrador.

4 Comentários
  • Oi, cunhada!

    Eu realmente tenho muita curiosidade com essa série, e não eu não li 50 tons e nem tenho vontade... já li livros da Sylvya e além deles serem ótimos a autora é super simpática... então, assim que eu baixar minha pilha de livros a serem lidos... correrei atrás dessa série com certeza!!!

    bjs
    Mara

  • Ah, cunhada... essa série vale a pena. rsrs E olha que eu estou fazendo um senhor esforço pra não surtar e dar uma de fã louca... Mas AMO essa série kkkkkkkkkk

    E a culpa é toda sua, por ter apresentado a Sylvia pra mim. hehehehe

    Bjos

  • ^_^ own se a culpa é minha... então realmente eu vou ter que correr atrás e ler...rs

  • É bom mesmo, cunhada. A gente precisa trocar figurinhas sobre o Gideon. rs

    Bjos

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