Elijah — Jacquelyn Frank


Elijah (Elijah) — Bianca 873

4º livro da série Nightwalkers

Personagens: Elijah & Siena

Desde o início dos tempos existem os Nightwalkers — seres noturnos que vivem nas sombras da lua. Um deles é Elijah, guerreiro poderoso e implacável, que venceu todas as batalhas em que lutou... Até agora!

Dado como morto, Elijah é descoberto pela mulher que poderia muito bem aplicar-lhe o golpe final: Siena, a rainha Licantropo.

Depois de séculos de lutas, uma frágil trégua instalou-se entre os Licantropos e os Nightwalkers.

Agora, o guerreiro Elijah se defronta com outro tipo de batalha: conquistar o coração de Siena. E enquanto dois inimigos seculares se tornam amantes inseparáveis, uma nova ameaça se aproxima, um perigo que tem o poder de destruir a todos.

No território licantropo, Elijah é torturado e deixado para morrer; mas ele é salvo por Siena, a própria Rainha licantropo, que reconhece a ameaça iminente de guerra: Ruth e Mary armaram uma cilada para destruir de uma só vez os demônios e os licantropos, mas Siena decide cuidar pessoalmente de Elijah.

Com Samhain se aproximando, Elijah e Siena não conseguem resistir um ao outro. Porém, os demônios não aceitariam a quebra de um tabu tão grande, não mais do que os licantropos aceitaram seu maior inimigo como rei.

Minha opinião:

Quem leu Gideon soube imediatamente quem era o casal do livro seguinte, afinal, onde há fumaça, há fogo.

Elijah é um dos personagens que, desde que apareceu, chamou a atenção. E a espera valeu a pena. Nos outros livros, ele era um pouco calmo demais, brincalhão demais, mas aqui, Siena apronta todas, levando o coitadinho à beira do desespero.

Siena sabe que tem muito a perder se aceitar Elijah — ela viu o que o relacionamento dos pais fez aos pais e, em longo prazo, com os licantropos. Afinal, o pai dela era um alpinista social que não sossegou até conseguir a sonhada guerra com os demônios, e o povo de Siena não guarda boas lembranças. Por outro lado, ela tem muito a perder — o único parceiro que poderia ter alguma vez — se não aceitar Elijah. Mas há o problema com a lealdade dele: e se os licantropos e os demônios guerreassem, como ele poderia escolher um lado e não o outro?

A apreensão de Siena beira a irracionalidade, mas não posso culpá-la: de modo geral, ela é uma das personagens mais lógicas da série. Se o problema dela fosse apenas com a perda automática de soberania — felizmente para ela, a sociedade licantropo tinha uma tradição matriarcal —, seria fácil ficar mais do que aborrecida com ela, mas no fundo, ela teme ser dominada e ter a personalidade apagada, como aconteceu com a mãe.

Achei a falta de notícias de Elijah um tanto preocupante — não custava nada achar um bicho qualquer na floresta e enviar uma notícia. O fato de apenas Ruth e Mary serem traidoras também é um pouco incoerente: se Ruth estava nisso para se vingar de Jacob pela morte do parceiro druida de Mary, é de se considerar que haveria outros demônios igualmente furiosos e desejosos de vingança. Eu não acho que eles fossem particularmente apegados a Noah, considerando que o rei demônio, seja ele quem for, era o responsável por dar apoio ao Executor. De qualquer forma, isso não diminui a qualidade, mas é algo que claramente não foi considerado.

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