O Duque e Eu — Julia Quinn


O Duque e Eu (The Duke and I) — ISBN: 9788580411461

1º livro da série Bridgertons

Personagens: Daphne Bridgerton & Simon Arthur Henry Fitzranulph Basset

Simon Basset, o irresistível duque de Hastings, acaba de retornar a Londres depois de seis anos viajando pelo mundo. Rico, bonito e solteiro, ele é um prato cheio para as mães da alta sociedade, que só pensam em arrumar um bom partido para suas filhas.

Simon, porém, tem o firme propósito de nunca se casar. Assim, para se livrar das garras dessas mulheres, precisa de um plano infalível.

É quando entra em cena Daphne Bridgerton, a irmã mais nova de seu melhor amigo. Apesar de espirituosa e dona de uma personalidade marcante, todos os homens que se interessam por ela são velhos demais, pouco inteligentes ou destituídos de qualquer tipo de charme. E os que têm potencial para ser bons maridos só a veem como uma boa amiga.

A ideia de Simon é fingir que a corteja. Dessa forma, de uma tacada só, ele conseguirá afastar as jovens obcecadas por um marido e atrairá vários pretendentes para Daphne. Afinal, se um duque está interessado nela, a jovem deve ter mais atrativos do que aparenta.

Mas, à medida que a farsa dos dois se desenrola, o sorriso malicioso e os olhos cheios de desejo de Simon tornam cada vez mais difícil para Daphne lembrar que tudo não passa de fingimento. Agora ela precisa fazer o impossível para não se apaixonar por esse conquistador inveterado que tem aversão a tudo o que ela mais quer na vida.


Simon Basset foi um bebê milagre rejeitado pelo pai. Após anos tentando conquistar o afeto do velho, ele eventualmente se cansa e decide atacar onde mais doeria: se tudo o que duque de Hastings levava a sério era o título e sua linhagem, Simon acharia um jeito de impedir que o título continuasse na família quando morresse. A morte do pai lança a maldição de mamães casamenteiras e jovens debutantes sobre ele... Mas Simon está decidido a não ceder.

Daphne Bridgerton está cansada de ser a melhor amiga, a garota da casa ao lado. A mais velha das meninas Bridgerton, ela quer mais da vida do que a vida está aparentemente disposta a oferecer. A amizade de Simon significa muito — pelo menos a chance de ser considerada interessante o suficiente para ser cortejada por um duque, por quem ela está lentamente se apaixonando. Mas quando eles são flagrados numa situação comprometedora e Simon deve decidir se casa com ela ou não, Daphne percebe que aquele casamento estava longe de ser a resposta para suas preces.

Minha opinião:

Quando eu ouvi falar desse livro, ele nem sonhava em ser publicado aqui. E só depois que vi em uma promoção que decidi comprar e ver do que se tratava. Já vou adiantando que ele não tão metade da carga emocional que espero de um histórico; a leitura é muito mais leve — Flora é, apesar da mocinha sofredora, um dos meus históricos preferidos, então eu posso afirmar que falta alguma coisa (não sofrimento, mas emoção de modo geral) em O Duque e Eu.

Daphne e Simon são legais. Formam um casalzinho fofo, bonitinho, que não se conhece da maneira mais comum: Simon estava para resgatá-la dos avanços de um pretendente recusado quando Daphne se livrou do problema... Esmurrando o moço.

Como eu disse, falta alguma coisa no livro — isso é óbvio quando as melhores cenas são da família da mocinha; e Colin, o terceiro Bridgerton, e Gregory, o Bridgerton capeta, são adoráveis... Mal posso esperar para saber mais sobre eles. Ainda bem que a série já foi toda lançada lá fora.

A questão é que eu passei o livro todo querendo me apaixonar pelo Simon e estar no lugar da Daphne. Mas, por mais fofinhos que eles fossem, não consegui. Não acho que seja o estilo da autora — afinal, estou agora mesmo terminando o segundo livro, e já no primeiro capítulo decidi que era melhor que O Duque e Eu —, mas não me conectei com os personagens. Entendo a insatisfação de Daphne e a revolta de Simon... Apesar de que se recusar uma chance de ser feliz para pirraçar outra pessoa, morta ainda por cima, me pareceu incrivelmente idiota, porém, como eu disse, não houve conexão entre nós.

Minhas partes preferidas foram aquelas com a família Bridgerton como um todo: Violet controlando sua prole com um punho de ferro:
Simon não estava preparado para o jantar com os Bridgertons. Tinha sido um evento barulhento e movimentado, com muita risada e, felizmente, apenas um incidente, envolvendo uma ervilha voadora.

(A ervilha em questão havia partido de onde Hyacinth estava, mas a caçula da família parecia tão inocente e angelical que Simon não conseguia acreditar que ela realmente mirara o irmão com a bolinha.)
Ainda bem que Violet não notara o acontecido, apesar de a semente ter sobrevoado sua cabeça num arco perfeito.
(...)
— Sabem que acho que esta pode ser uma das noites mais agradáveis do ano? — anunciou Violet de repente. — Mesmo que minha filha mais nova não pare de atirar ervilhas para baixo da mesa — continuou, olhando para Hyacinth.
Simon ergueu o olhar no momento exato em que a caçula gritou:
— Como a senhora sabe?
Violet balançou a cabeça enquanto revirava os olhos.
— Meus queridos filhos — disse ela —, quando vão aprender que eu sei de tudo?
Devo dizer que Violet Bridgerton é uma deusa. Como ela está numa cruzada sagrada para casar todos os oito filhos, o placar sempre vai ser Violet 1 × 0 Qualquer pessoa na face da Terra, mesmo que ela perca. Porque Violet pode.

Outro ponto ótimo foi a coluna de Lady Whistledown. Quem for bom de dedução e/ou ler o último capítulo com a atenção vai adivinhar rapidinho quem está por trás da maior fofoqueira de Londres — que também pode ser um fofoqueiro, por que não? A mulher é sagaz e tem um senso de humor incrível. Ela ficou tão famosa que até “ganhou” duas antologias: The Further Observations of Lady Whistledown e Lady Whistledown Strikes Back. Outra deusa.

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