Nine Rules to Break when Romancing a Rake — Sarah MacLean


Nine Rules to Break when Romancing a Rake — (não publicado no Brasil)

1º livro da série Love by Numbers

Personagens: Calpurnia “Callie” Hartwell & Gabriel “Ralston” St. John

Uma dama não fuma charuto.

Ela não cavalga de pernas abertas.

Ela não pratica esgrima ou comparece a duelos.

Ela não atira com pistolas, e nunca aposta em um clube de cavalheiros.

Lady Calpurnia Hartwell sempre seguiu as regras, regras que a deixaram solteira — e mais que um pouco insatisfeita. E assim ela jura quebrar as regras e viver a vida de prazer que esteve perdendo.

Mas para dançar todas as músicas, para roubar um beijo de meia-noite — para fazer essas coisas, Callie vai precisar de um parceiro disposto. Alguém que sabe tudo sobre quebrar as regras. Alguém como Gabriel St. John, o marquês de Ralston — charmoso e devastadoramente bonito, sua reputação perversa combinava apenas com seu sorriso pecaminoso.

Se ela não for cuidadosa, vai quebrar a regra mais importante de todas — aquela que diz que caçadores de prazer nunca devem ficar irremediável e desesperadamente apaixonados...

Callie estava cansada de seguir regras; elas definiam o que fazer, com quem falar, como se vestir... A aprisionavam. Essas mesmas regras a impediram de arrumar um marido. Ela estava farta de seguir regras. Na avançada idade de vinte e oito anos, Callie decide fazer coisas que uma dama da alta sociedade, irmã de um conde, não poderia fazer. Para isso, ela firma um acordo com Lorde Ralston.

Gabriel foi abandonado pela mãe e deixado para viver sozinho com o pai e o irmão gêmeo. Nunca, em hipótese alguma, ele parou para pensar que talvez a infidelidade da mãe tivesse consequências: uma meia-irmã italiana, órfã de pai e abandonada pela mãe. Então em um momento de inspiração, ele decide que ajudaria Callie... Se ela o ajudasse. Mas talvez, quando ela soubesse de uma aposta envolvendo o nome dela, Callie terminasse tudo entre eles...

Minha opinião:

Sarah MacLean é uma das minhas autoras preferidas — do tipo “Tem um livro novo? Peraí que eu vou comprar e volto logo...”. O engraçado é que no início eu não dava muito por esse livro; quer dizer, mocinhas em romances históricos querendo quebrar regras e fazendo algo escandaloso? Isso é tão comum!

Mas eis que a autora pegou uma história de enredo comum e a recheou com dois protagonistas incomuns. À primeira vista, não parece tão incomum assim — uma espécie de A Bela e a Fera em que a Bela é feia e a Fera é só um leãozinho com um espinho na pata. Pelo fato de Callie ser madura, ela tem boas razões para romper com as tradições. Ela já passou da idade de querer causar: ela quer mesmo é se sentir livre, por isso não é necessário que ninguém saiba mais do que o necessário. Ela toma cuidado na hora de romper as regras e faz o que pode para não ser pega. A verdade é que, mesmo beirando os trinta, ela ainda quer encontrar seu lugar no mundo — e vencer algumas restrições sociais é fator decisivo para a verdadeira Callie aparecer.

Gabriel tem uma mistura de vulnerabilidade e cinismo que é muito charmosa. Ele sabe que a mãe não presta — na cabeça dele, nenhuma mulher que parte com o amante e deixa os filhos destruídos vale muita coisa —, mas nem por um minuto desconta a raiva em Juliana, o fruto do abandono. Ele até duvida que ela seja irmã dele, mas a aceita do mesmo jeito e faz o possível para dar uma boa vida a ela... Mesmo com toda a sociedade sabendo que ela é ilegítima; apesar de a mãe ter se casado com o pai dela na Itália, na Inglaterra ela ainda era casada com o pai de Gabriel e Nick e, portanto, cometeu bigamia. O juízo que ele faz da mãe não é direcionado a toda a raça feminina: ao contrário de, diremos, nosso amigo Lorde Belzebu, Gabriel reconhece valor em qualquer pessoa, independente do gênero. Ele julga pelas ações — e é por isso que a mãe não presta e Callie é fascinante.

Os dois dão escorregadas — Gabriel por não contar sobre a aposta e Callie por ser dura demais —, mas eu não quis entrar no livro e esganá-los (mereço um prêmio por isso); pelo contrário, eu tentei praticar um pouco de empatia (empatia plena não é comigo...) e analisar a situação do ponto de vista deles. Nem o fato de Gabriel ser chamado pelo título o livro todo me irritou muito: na minha cabeça, ele é Gabriel e pronto.

O resultado é que saí indicando esse livro para todo mundo. Ele ainda não foi publicado aqui, mas dizem que a Arqueiro adquiriu os direitos de publicação da série toda. Então, quem não quiser ler inglês, pode esperar o lançamento e comprar sem medo de ser feliz.

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