First Grave on the Right — Darynda Jones


First Grave on the Right (não publicado no Brasil)

1º livro da série Charley Davidson

Personagens: Charlotte Jean “Charley” Davidson & Reyes Alexander Farrow

Esse negócio de ceifadora deveria ter vindo com um manual.

Ou algum tipo de diagrama.

Um fluxograma teria sido legal.

Charley Davidson é uma detetive particular em meio-período e ceifeira em tempo integral. Isso quer dizer que ela vê gente morta. De verdade. E é trabalho dela convencê-las a “ir para a luz”. Mas quando estas mesmas pessoas mortas morreram em circunstâncias menos que ideais (como assassinato), às vezes elas querem que Charley leve os caras maus à justiça. Para complicar há os sonhos intensamente quentes que ela está tendo com uma entidade que a perseguira a vida toda... E acontece que depois tudo ele pode não estar morto. Na verdade, ele pode ser alguma outra coisa. Mas o que ele quer com Charley? E por que ela parece incapaz de resistir a ele? E o que ela tem a perder por ceder?

Charley Davidson está acostumada a usar o seu dom de falar com gente morta em nome da justiça. Quando era criança, o pai e o tio, ambos policiais da divisão de homicídios, faziam uso das habilidades dela para resolver crimes (e serem promovidos), por isso, nada mais natural que se tornar detetive e usar uma ajudinha do além para solucionar seus casos.

Quando três advogados aparecem mortos e um deles se mostra incapaz de aceitar a própria morte, Charley começa uma investigação que pode significar a salvação ou condenação de um homem. Ao mesmo tempo, ela é revisitada por um “espectro” do passado que pode ou não estar morto — e ela precisa achá-lo. O problema é que, se Charley é feita de luz, todos os que podem ver Reyes sabem que ele é feito de nada mais que a mais perigosa escuridão...

Minha opinião:

Eu queria muito agradecer à J. R. Ward por recomendar esse livro, mas como não faço ideia de como entrar em contato com ela, fica aqui. Quando ele foi lançado, ela fez um chat com a autora e recomendou em tudo que é lugar, aí fiquei curiosa... E anos depois... Quando o livro já tinha nada menos que sete companheiros, fui apresentada a novos fãs e tomei coragem.

Não me arrependi. Apesar de o livro ser em primeira pessoa — não gosto —, não posso dizer que haja algo que me desagradou. Charley é ótima: engraçada, irônica, meio doida... Mas é o tipo de pessoa que se torna uma amiga leal e feroz, capaz de tudo para defender e proteger as pessoas — não é à toa que ele se envolve em uma briga de bar com o esposo abusivo de uma cliente. Ela tem tiradas ótimas, e via de regra, é incapaz de julgar as pessoas antes de ter contato com elas.

É justamente a bondade dela que traz problemas: por exemplo, quando ela tinha dezesseis anos, viu um garoto sendo espancado e se dispôs a socorrê-lo. O que aconteceu? Reyes Farrow tinha mais alguém para proteger, e Charley nunca o esqueceu.

Por outro lado, Reyes também não esqueceu Charley. De novo, o livro é em primeira pessoa, mas narrado apenas por Charley. Então, como eu sei disso? Diremos que Reyes tem estado presente na vida dela desde sempre. A segurança dela é mais importante que a dele, e mesmo um tanto... Comatoso, é visível que há algo de especial entre eles, mas Reyes, sendo um macho alfa de carteirinha, não aceita que Charley se coloque em perigo.

Apesar de ser adulta, Charley ainda está descobrindo seus poderes. Ela é o portal para o céu, mas há muito mais nisso do que parece. Aparentemente Lúcifer quer usá-la para entrar no céu e destruir tudo. Charley não quer ser usada assim; Reyes também não. Reyes acha que a culpa; Charley discorda.

Para resolver os casos, Charley conta com a ajuda de Angel, um ex-aviãozinho de treze anos que vive lhe passando cantadas; Cookie e Amber, suas vizinhas e amigas; Garrett Swopes, um caçador de recompensas que não leva seu dom a sério e Bob, o tio que se recusa a se aposentar. Não é para dizer que a vida de Charley é perfeita; ela tem uma péssima relação com Denise, a madrasta, o pai passivo e a irmã perfeita, Gemma. Em parte pelo sarcasmo letal dela. Por baixo dele, ela esconde um coração de ouro: ela lida muito bem com gente morta, mas encarar as famílias é sempre difícil... E ela sempre chora junto. E, como eu sou um monstro, ri demais.

Diante disso, não é nenhuma surpresa que eu esteja tendo faniquitos para que Reyes apareça em seu glorioso corpitcho musculoso. Ele e Charley são perfeitos um para o outro — ainda bem que Charley concorda.

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