My Lady Pirate — Danelle Harmon


My Lady Pirate (não publicado no Brasil)

3º livro da série Heroes of the Sea

Orgulhosa Rainha Pirata

Com seu agressivo grupo de mulheres guerreiras, Maeve Merrick, a notória Rainha Pirata do Caribe, comanda o mar em sua bela escuna Kestrel. Queimada pela deslealdade dos homens e cuidando de uma dolorosa traição em seu passado, Maeve não quer nada... Até que o mar leva um belo náufrago a sua remota ilha.

Altas apostas e traição

Nada é o que parece. O prisioneiro de Maeve tem um segredo perigoso — um que poderia muito bem mudar o destino de nações... Mas do momento em que a ardente pirata coloca os olhos em seu presente marítimo, ela encontra sua mais preciosa possessão — seu coração — em risco de se torna a pilhagem de um pirata.

Quando tinha dezesseis anos, Maeve Merrick fugiu de casa com um pretendente francês e roubou a famosa escuna do pai dela, o Capitão Brendan Merrick. Sete anos, um título de rainha pirata e um coração partido depois, Maeve ainda não perdoou o pai que a abandonou, o francês que a destruiu e não tem intenções de fazer o mesmo com Gray, um “desertor” da Marinha britânica que apareceu clamando ser seu príncipe encantado.

Exceto que Gray não era nada daquilo que parecia ser e precisava desesperadamente voltar para o navio do Almirante Falconer antes que os franceses conseguissem arrasar os ingleses em nome de Napoleão. Então, ele arma um plano de fazer Maeve se irritar com ele e entregá-lo ao líder da Marinha, Lorde Nelson, com a esperança de que Gray fosse enforcado. Só que os caminhos dos dois estavam longe de se separar e tanto Gray quanto Maeve ainda tinham um papel muito importante a desempenhar e evitar uma catástrofe.

Minha opinião:

Eu disse muitas vezes que qualquer coisa que Danelle Harmon é um automático “tenho que conseguir isso o mais rápido possível”. Não foi diferente com esse aqui.

Então, Gray chegou bem perto de roubar o lugar de Lucien de meu mocinho preferido da Danelle Harmon. Sim, depois de todas as qualidades — alguns discordariam disso — que me fizeram dar meu coração para o bom duque de Blackheath, alguém quase me roubou dele. Mas Lucien é único. E melhor para Gray, ele também é. Pense em Jack Sparrow: toda a astúcia, sensualidade e absoluta devoção a tudo sobre piratas. É assim que Gray é inicialmente visto, como um aspirante a pirata prestes a realizar um antigo sonho, mas acidentalmente cai do navio e é aprisionado pela tripulação da Rainha Pirata.

E isso é engraçado porque quando ele se apresenta, ele diz que é a alma-gêmea dela. :) Ele é um mocinho alfa — sem a estupidez de machão —, absolutamente sem-vergonha, paquerador e tem um segredo — mesmo do leitor, apesar de uma leitura atenciosa revelá-lo. É óbvio que Maeve não vai ficar muito feliz com ele. Aliás, Gray também é um amante de laranjas:

Ainda segurando seu olhar, ele colocou um pedaço da laranja na boca, comendo-o com movimentos lentos e sugestivos que diminuíram o ar nos pulmões de Maeve e a fizeram perceber que ele não era o único que estava quente. (...)

Ele riu, e sugestivamente lambeu os líquidos escorrendo do doce fruto, deixando a língua enrolar ao redor de cada pedaço e ter certeza de que ela o via fazendo isso. Seus olhos estavam escuros, risonhos, e meio escondidos por cílios pesados e grossos que nada faziam para esconder a expressão maliciosa que os acendia.

Os ruídos de sucção aumentaram.
 
Se Gray é perfeito — ou tanto quanto ele pode sem ser Lucien —, Maeve não é. (Mas então, ela é uma heroína, não pode ser perfeita! É uma obrigação moral, sabe.) Algumas vezes ela faz umas coisas estúpidas... Acho que não a entendo porque não passei pelas mesmas dificuldades que ela, ou talvez porque não foi uma aborrecente rebelde como ela foi, então não posso dizer que me liguei a ela — além disso, ela rejeitou Gray. Isso prova que ela é estúpida demais para viver. Imagine, rejeitar Gray!

Mas isso não quer dizer que ela não tem qualidades. Maeve é feminista — ok, às vezes o feminismo dela vai ser muito rigoroso, mas caramba — e salvou a tripulação de situações difíceis sem mesmo conhecê-las. Isso garantiu a absoluta lealdade das mulheres, e não me lembro de uma mocinha que possa se sair bem numa briga sem precisar ser salva pelo mocinho — e mocinhas de fantasia urbana não precisam entrar nessa, já que esse tipo de livros sempre tem mocinhas que chutam traseiros e foram treinadas para ser uma máquina de matar.

O que eu realmente não gostei nela foi o fato de ela ficar comparando Gray e Brendan — Papai Querido — com o francês que roubou e partiu seu coração. Eu teria me sentido melhor se ela tivesse estado disposta a tentar lhes dar o benefício da dúvida, mas como eu disse, ela era uma adolescente, com toda aquela coisa de “sou todo-poderosa e não tenho falhas”, então era mais fácil condenar os outros que ela mesma, porque ela teria que encarar os fatos: parte do que aconteceu com ela era culpa dela.

Então, Maeve e Gray provam que há mais que amor em um relacionamento duradouro. É claro que eles se amam, mas é inútil sem confiança, respeito, amizade. E o sexo quente também ajuda. :) Às vezes eu pensava que eles não teria um fim feliz, mas eu estava errada.

Quanto aos personagens... A tripulação de Maeve é fascinante. Eu quero que Danelle Harmon escreva os livros delas. *cof cof* Então, há Colin Lord, o primo de Maeve na Marinha — deixa eu dizer que o homem tem algumas cicatrizes e uma afinidade com animais —, a família de Maeve, a própria tripulação de Gray, que lhe devota tanta lealdade quanto a de Maeve, e um golfinho fofo. E finalmente, a estrela principal: Lorde Nelson, um homem que me encontrei admirando muito. Quase todo o enrede gira em torno dele e de sua amizade com Gray. Ele era um ótimo marinho, um excelente líder, e um amante devotado à sua amada Lady Hamilton, que também aparece. Se ele era na vida real tão maravilhoso quanto em My Lady Pirate, ser considerado um herói nacional é um status mais que merecido.

Tenho que conseguir cada livro da Danelle Harmon nas minhas ansiosas mãozinhas gulosas. Agora, é demais pedir o livro da Nerissa? Ou qualquer outro livro, por assim dizer?

4 Comentários
  • Oi Cunhada!

    Apesar de meu ciúmes, Danelle Harmon pelas suas descrições é uma encantadora de leitores, daquelas que a gente já não acha mais com tanta facilidade.

    Uma pena eu não ler inglês, pena maior ainda eles não serem publicados por aqui...


    Enquanto o povo de satura de Tons de cinza, perdendo tempo e dinheiro... livros ótimos sequer são lançados no Brasil... afff

    Bjos
    Mara

  • Cunhada!

    Ciúmes por quê? rs Bem, ela é sim, uma encantadora de leitores.

    Cunhadinha, faz um cursinho de inglês... Afff! Agora, não sei se fico aliviada ou irritada por eles não terem sido lançados aqui, porque seria pela NC. Imagine a porcaria que ia dar. afff Mas mesmo assim, é uma perda.

    E quanto a 50 Tons... Eca! Ainda não entendi a razão do frenesi.

    Bjos

  • Nhem, ai Lidy vc e sua paixão pelos livros da Danelle! Tá começando a me influênciar! kkkk

    AMO mocinha transgressoras e que "chutam traseiros"!
    E esse trecho das laranjas me fez derreter na cadeira, uiuiui, Grey!! *.*

    Quero ler tbm!

    Bjs

  • Rafa, amigas são pra isso! kkkkkkkkkkkkk

    E o Gray... ele fala e faz umas coisas bem sem-vergonhas com a Maeve. Tadinha, não tinha chances contra ele.

    Bjos

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