Lembranças de uma Paixão — Carole Mortimer


Lembranças de uma Paixão (A Past Revenge) — Sabrina 374

Personagens: Nicholas Andracas & Danielle Smith

Olhos cinzentos, frios e cruéis olhos cinzentos... E lençóis de seda. Eram essas as lembranças que Danielle guardava de seu grande amor. O homem que a havia retirado de uma festa, sete anos antes, para levá-la a viver seus únicos momentos de paixão e prazer sensual. Agora o destino o trazia de novo à sua vida, para seu mal ou para seu bem. E, pelo jeito, ele não mudara nada. Ainda era o homem arrogante que um dia ousara lhe oferecer dinheiro por uns instantes de amor.

Danielle não era mais que uma adolescente quando conheceu o tio de uma colega de escola numa festa e foi para a cama com ele. Revoltada por ter sido colocada porta a fora como se fosse uma prostituta, ela não quer saber de Nicholas Andracas... Até que o destino lhe bate a porta na forma de Audra McDonald, a amante que queria um retrato... E Danielle decide se vingar, fazendo com Nicholas o mesmo que ele fez com ela.

Nicholas Andracas precisava que o melhor pintor disponível fizesse um retrato da amante, para divulgar a peça em que ela atuava como atriz e ele produzia. Alguma coisa, porém, o atraía em Danielle, e quanto mais ela o rejeitava, mais ele a desejava, sem saber que ela planejava seduzi-lo e abandoná-lo, como ele fez com ela sete anos antes.

Minha opinião:

Quando eu li esse livro, uns seis anos atrás, eu não estava bem acostumada com uma mocinha vingativa. Na verdade, os únicos membros da classe “vingadores” eram os gregos e os italianos, com um ou outro espanhol marcando presença. Por isso, Lembranças de uma Paixão foi um choque, e eu não soube exatamente o que fazer dele — gostar ou não.

Então, como eu tinha decidido resenhá-lo aqui no blog, logicamente precisaria reler — o que foi muito bom, porque agora tenho uma maturidade que não tinha quando era uma adolescente de dezesseis, dezessete anos. ;) Por isso, posso dizer: é uma pena que não existam mais mocinhas como Danielle. Ao contrário da maioria, ela não saiu da cama de Nicholas querendo se vingar, mas se ocupou em viver a própria vida e planejou uma vingança assim que o Nicholas grudou nela, apesar de ser visível que ela era muito amarga. Mesmo assim, ainda acho que Danielle também foi um tanto irracional — tudo bem que ela culpou Nicholas pelo trauma que ele causou, mas houveram coisas depois que ele não podia ter feito, que era mais culpa dela do que dele.

O Nicholas de sete anos antes e o Nicholas de “hoje” — lembrando que esse livro é de 1985 — são duas criaturas muito diferentes. Ele não se lembra de Danielle — ou talvez não a associe à garota com quem teve relações sexuais e colocou para correr logo depois — por isso, não consegue entender porque ela o rejeitava — afinal, ele era um charme e as mulheres faltavam lamber o chão em que pisava; apesar disso, em nenhum momento ele tenta forçá-la; não há uma falta de caráter propriamente dita, tanto que no final, há a possibilidade de redenção.

O que eu mais gostei no livro é que, aos trancos e barrancos, as razões de Danielle para querer se vingar são válidas, não apenas derivadas de um orgulho ferido. Sem contar que essa é uma das melhores histórias que a Carole Mortimer já escreveu — os personagens e o enredo, e até a vilã detestável, que enfia os pés pelas mãos e proporciona a situação perfeita para Nicholas e Danielle se resolverem.

2 Comentários
  • Oi Cunhada!

    Eu gosto de mocinhos no estilo Danielle, mas não digo que elas seriam vingadoras não... na minha humilde opinião... elas são justiceiras...rsrs

    bjos
    Mara

  • Ah, cunhada!

    Pois justiceiro, vingador, pra mim é tudo igual! kkkkkkkkkkkkkkkk

    Bjos

    PS: mas também adoro as mocinhas justiceiras, vingadoras, sanguinárias e tal! kkkkkkkkkkkk

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