After the Night — Linda Howard


After the Night (não publicado no Brasil)

Personagens: Faith Devlin Hardy & Grayson “Gray” Rouillard


Faith Devlin: uma criança pobre e rejeitada de Prescott, Louisiana, ela sempre adorara o garoto de ouro da cidade de longe. Mas ele a chamou de lixo branco naquela abafada noite sulista quando seu rico e respeitado pai desapareceu, junto com a bela mãe dela. Agora Faith queria odiar Gray Rouillard... Não sentir uma poderosa onda de desejo. Mas ela não podia extinguir a paixão mais do que podia esconder a verdade sobre o passado que esperara tanto para decifrar.

Gray Rouillard: mesmo quando ele aprontava, ele o fazia com estilo. Rebelde, charmoso, e apoiado pelo dinheiro dos Rouillard, Gray controlava a cidade de Prescott — e Devlin era um nome que nunca queria ouvir de novo. Mas quando ele olhava para Faith Devlin, tudo o que via era um redemoinho de lençóis enrolados e a pele sedosa dela debaixo dele. Se importar com ela era impossível, impensável... Porque Gray Rouillard planejava usar todo o seu poder para arruiná-la.


Faith era a Cinderela residente de Prescott, uma cidade pequena próxima de Nova Orleans, controlada pelos Rouillard. O herdeiro, Gray, era seu amor platônico, apesar da diferença de idade entre eles. Mesmo sabendo do caso entre seus pais, Gray sempre tratou Faith bem... Até o pai dele deixar a cidade com a mãe dela, destruindo a família Rouillard.

Doze anos depois, Gray parou de procurar notícias sobre o pai. Havia uma regra implícita entre os moradores de que nenhum Devlin era bem-vindo, especialmente Faith, a filha que era idêntica à Renee. Mas Faith não deixaria que ninguém, nem Gray, nem o culpado pelo desaparecimento de Guy Rouillard, a impedisse de descobrir o que aconteceu e limpar o nome da mãe.


Minha opinião:


Aff, que livro bom! (só pra tirar isso do caminho)

Antes de ler, fiquei preocupada com alguns comentários que vi no Goodreads, acusando o Gray de ter sido deliberadamente cruel com Faith; ainda não sei se a revolta é por ele ter agido daquele jeito ou por ter agido daquele jeito com uma adolescente apaixonada por ele, porém o comportamento dele é atenuado pelo fato de o pai ter desaparecido com a mãe dela e... A irmã dele não ter lidado muito bem com a situação — para dizer o mínimo.

Apesar de não gostar dos Devlin — a autora deixa claro que eles são os problemáticos da cidade; o pai é um beberrão, os filhos são uns delinquentes, e a mãe e irmã de Faith são as bicicletas da cidade —, Gray tinha um pouco de admiração por Faith: ele sabia que ela era diferente, principalmente quando a via cuidando de Scottie, o irmãozinho com problemas mentais que podia ou não ser filho de Guy. Aliás, coitadinho do Scottie!

Isso não significa que Gray queira Faith por perto; demorou muito para a mãe, Noelle, e a irmã, Monica, chegarem perto de lidar com a dor de saber que Guy abandonaria a família por uma vagabunda como Renee. E o comportamento de Renee é muito mais revoltante não por sua promiscuidade, mas pelo desinteresse dela nos filhos — em todos os cinco.

Enquanto Gray é tudão — um clássico mocinho da Lindona, ele é durão com os outros, mas se derrete com Faith e não cansa de dizer o quanto ela o deixava orgulhoso —, Faith é ainda melhor. Não é comum falar isso de uma mocinha, mas ela é forte, determinada e vulnerável na medida certa. Ela foi expulsa da cidade — cortesia de Gray —, e construiu uma vida para si, que incluía até um marido. Por mais que ela gostasse de Gray, Faith se recusou a ficar chorando as pitangas, vendo a vida passar e perdendo as chances de ser feliz. Ela enviuvou, trabalhou, expandiu os negócios e, por uma coincidência, decidiu descobrir exatamente o que aconteceu com Guy, pois da mãe ela sabia. Depois, quando o caso se torna uma questão de descobrir quem foi o culpado pelo sumiço do detetive que contratou (o Sr. Pleasant é um fofo!), Faith consegue convencer Gray de que a situação era realmente séria. Mas sabe de uma coisa? Com ou sem Gray, ela descobriria a verdade, de um jeito ou de outro.

Terminar um livro sabendo que os protagonistas conseguem superar as dificuldades e lidar com a vulnerabilidade sem ficarem amargos é ótimo. Melhor ainda é saber que nem Faith nem Gray caíram na tentação comum de buscar vingança ou se render aos ímpetos de destruir um ao outro — ele até tenta fazer a vida dela mais difícil e ela duvida das boas intenções dele, mas... No final das contas, eles percebem que era mais satisfatório virarem a página Renee-Guy e construírem sua própria história.

1 Comentário
  • Eu conheço esse livro há tipo, uns 7 anos e nunca tinha encontrado uma resenha recente (com relação a data da minha busca) escrita tão bem e em português sobre esse livro maravilhoso, sua percepção sobre a trama é bem parecida com a minha, enxergo certa ''justificativa'' na ''truculência'' de Gray (o que não me impediu de sentir raivinha dele nesses momentos) afinal, ele passa por um verdadeiro inferno quando se dá conta que seu pai ''abandonou'' a família e de repente podem perder tudo, como vc mesma disse a escritora deixa claro o quão desprezível é a família de Faith e isso meio que justifica a atitude tempestuosa que ele toma de despejá-los daquela forma, sinceramente sempre os considerei como um bando de libertinos mau caráter que apenas dividiam o mesmo teto por conveniência, pobre Faith, que descendeu justamente daquela corja que tão facilmente se desfez dela e deu seu penoso Scottie. Admiro a personalidade de ambos, Gray vai do mocinho óbvio ao inesperado se tornando (para mim) extremamente satisfatório, ele consegue ser o príncipe encantado que te faz querer se jogar em seus braços e beijá-lo com carinho e também o ogro irritante que te faz querer estapeá-lo vezes seguidas, o que gera uma deliciosa tensão sexual que te faz querer r asgar as roupas dele e então vc descobre que com ele é ganhar ou ganhar, ou seja, só alegria kkk, falar sobre Faith pra mim é repetir as palavras de Gray, ORGULHO, essa menina é FODA, aquela cidade repleta de moradores fofoqueiros e mesquinhos no final deveria ter erguido uma estátua em homenagem a essa mulher em meio a praça pública, ela tem uma força, um carisma, uma independência que sinceramente nunca encontrei em nenhuma protagonista dos livros de romance que li (que não são poucos)acho delicioso o mistério que se desenrola ligado a personagens secundários extremamente carismáticos, a escritora demonstra dedicação, dando a cada personagem, mesmo aquele que aparece uma única vez, uma profundidade incrível que te faz se afeiçoar, ou odiar, o indivíduo, sinceramente, a história desse livro merecia virar um filme/série/novela pois é simplesmente MARAVILHOSA!!

  • Comente!