See Jane Score — Rachel Gibson


See Jane Score (não lançado no Brasil)

2º livro da série Chinooks Hockey Team

Personagens: Jane Alcott & Luc Martineau

Esta é Jane

Um pouco subjugada. Um pouco insistente. Um pouco cansada de ir a encontros às cegas com homens que dirigem vans com sofás atrás, Jane Alcott está vivendo a existência de uma Garota Solteira na cidade grande. Ela também está vivendo uma vida dupla. De dia, ela é uma repórter cobrindo o barulhento time de hóquei Seattle Chinnoks — especialmente o notório goleiro Luc Martineau. De noite, ela é uma escritora, criando em segredo as escandalosas aventuras de Honey Pie... a série de revista que é comentário entre os homens.

Veja Jane brigar

Luc tornou seus sentimentos sobre repórteres parasitas — e Jane — perfeitamente claros. Mas se ele acha vai fazer da vida dela um inferno, é melhor pensar de novo.

Veja Jane atrair

Desde que se lembra, Luc se focou no trabalho. A última coisa de que precisa é de uma reporter irritante e desaforada escavando seu passado e ficando em seu caminho. Mas quando a pequena repórter abandona suas roupas negras e cinzas por um sexy vestido vermelho, Luc vê que há mais Jane do que parece.

Talvez seja hora de se arriscar. Talvez seja hora de realizar fantasias. Talvez seja hora de...

Ver Jane vencer!

Jane Alcott é uma jornalista baixinha, especialista em “como fazer”. Esportes não é sua especialidade. Hóquei no gelo ainda menos. Mesmo assim, quando obrigada a acompanhar o time da cidade em um campeonato, Jane pesquisa tudo o que pode, mas o desafio é fazer os jogadores do time a aceitarem entre eles.

Luc Martineau está se recuperando de um ferimento que quase destruiu sua carreira. Ele não gosta de jornalistas, a escória da humanidade, que não sabe fazer nada além de publicar bobagens a seu respeito. Para sorte de Jane, ele não faz ideia de sua identidade secreta como devoradora de homens. Mas se Luc sonhar que ela e Honey Pie são a mesma pessoa... Adeus anonimato, adeus emprego, adeus Luc.

Minha opinião:

Confesso que eu esperava mais desse livro. Não só porque 100% dos comentários que li diziam que ele é bom, mas quando eu peguei para ler, foi procurando outra coisa: um livro engraçado. E Jane Joga e Ganha (nome da tradução brasileira) tem uns momentos fofos, bonitinhos, que me fizeram dar um sorriso — só que eu queria mesmo um que me fizesse rir alto, tipo Inadequado, mas Irresistível.

Apesar disso, o livro tem certo charme. Jane é o clássico patinho feio, que toma o clássico banho de moda (cortesia da amiga antenada em moda), bem — como diria uma ex-professora minha — riponga mesmo, superbrega, material de Esquadrão da Moda. Ela também é imaginativa, por isso, complementa o orçamento escrevendo histórias eróticas para uma revista. Basicamente, ela finge ser uma pessoa que não é — sensual, determinada, uma deusa do sexo vingativa que impede o homem com quem dormiu noite passada se lembre do próprio nome —, para ter uma graninha extra. O que nos leva à outra característica: Jane é pão dura, uma verdadeira mão de vaca.

Gostei das interações dela com o Luc. Acho que de todos os jogadores, ele é o mais arredio, o que mais resiste à presença dela. É uma pena que o ferimento (e os problemas decorrentes dele) de Luc não tenha sido mais explorado — o foco foi todo dado à Marie, a meia-irmã adolescente, recentemente órfã, dele. É fácil entender porque ele era tão resistente à Jane: as fofocas sobre sua vida pessoal eram perturbadoras, e se alguém sonhasse a amplitude da fratura, seria o fim de sua carreira. Jornalista ético era, na opinião dele, um mito maior que político honesto.

Luc seria, em teoria, o maior oponente de Jane. Mas ele logo... Muda de ideia. E o problema vem do resto do time, que faz de tudo para encher a paciência dela, inclusive impedindo-a de dormir — como se ficar acordados até tarde em véspera de jogo fosse melhor para eles... — e tirando a roupa na frente dela, ou se recusando a responder as perguntas dela. Essa parte me tirou do sério; eu entendo o comportamento supersticioso deles (“mulheres dão azar”), mas eles se comportaram como crianças.

Jane e Luc tem química. Ainda mais depois de ele vencer os preconceitos sobre a aparência dela — sério, eu achei que ela fosse uma coisa meio A Feia Mais Bela — e depois de ela ver aquela tatuagem incrível que ele tem.

Chicklit não é meu gênero preferido, longe disso. Mas See Jane Score foi o melhor livro do estilo que eu já li. Eu não quis matar Jane, não a achei uma fracassada, e até me arriscaria em sair para fazer compras com ela. Por outro lado, não é um daqueles livros que eu já chegaria dizendo para as minhas amigas: “Corre e lê que é ótimo!” Não é. Também não é ruim, mas fiquei com aquela sensação de que faltou alguma coisa.

PS: tem outra resenha mais tarde. :)

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