Maiden and the Monster (não publicado no Brasil)
Personagens: Eden & Vladamir de Kessen
Vladamir de Kessen, Duque de Lakeshire Castle, é temido como um demônio em Wessex. Os reis lhe garantiram um título de nobreza em troca de seu papel como prisioneiro político. Descontente, ele aguarda pacientemente em sua nova casa até que a guerra comece novamente. Mas o tédio logo se transforma em demoníaco prazer quando a filha de seu mais odiado inimigo é deixada para morrer em seus portões. Agora o monstro aguarda pacientemente planejando vingança.
Lady Eden de Hawks’ Nest não sabe o que pensar do homem que salvou sua vida, mas não pode tirá-lo da cabeça. Suas palavras são as de um tirano, confirmando sua cruel reputação, mas seu toque é o de um homem, causando paixão quando deveria haver apenas medo. Parece que o infame monstro não é tão monstruoso quanto parece.
Vladamir de Kessen era um prisioneiro de luxo cuja vida dependia da manutenção de um acordo de paz entre seu povo e os homens da terra em que vivia. Depois de um acidente que praticamente o desfigurou, ele se sente feliz em manter-se isolado de todos, divertindo-se quando é acusado de monstro e coisa pior. O marasmo de sua vida muda quando uma jovem é encontrada quase morta em frente aos seus portões. Melhor que o fato de ela ser linda, é o fato de ela ser a única filha de seu inimigo...
Eden sobreviveu a um ataque brutal por sorte. Entre aceitar a oferta de Vladamir ou se manter sob o jugo do pai, um homem autoritário e frio, ela não tem dúvidas de que Vladamir era a escolha mais segura... Desde que ela ignorasse o modo como ele a olhava ou como fazia o sangue dela ferver...
Minha opinião:
Aff, esse livro tem todos os elementos que eu gosto! Além de seguir um estilo tipo A Bela e a Fera — que eu amo! Fala sério, existe algo mais fofo que aquele monstrinho se derretendo pela Bela e aprendendo a amar? *-* —, também tem:
a) Um mocinho com cicatrizes, resultado de um incêndio;
b) Um mocinho com uma péssima reputação... Ele é um fofo, mas como ninguém espera que um viking alto, moreno, forte e com cara de mau seja legal, Vladamir mais do que aceita a reputação;
c) Um mocinho traumatizado, devido ao incêndio e a uma traição... Vem cá, Vladamir, deixa eu te dar um abraço!
d) Um mocinho caladão e isolado, tipo o Piers de Montmorency;
e) Um mocinho que se acha perdido, mas é capaz de atos simples, porém significantes, de bondade.
Basicamente, Vladamir quer que o mundo exploda, desde que Gwendolyn, sua filha, fique segura. Mas conforme ele interage com Eden, fica claro que ele tem um ponto fraco pelo rei Alfred, seu carcereiro, e Raulf, um jovem cavaleiro que deseja casar. Ulric e Haldana também conhecem Vladamir de antes do incêndio, e às vezes ajudam Eden a desvendar o mistério que é o senhor do castelo.
Eden, por ser bem jovem e protegida, é meio ignorante. Isso me deixou um pouco irritada, já que ela se coloca em algumas situações incríveis demais — como a consumação do casamento. Eu entendo que é difícil não ficar entusiasmada com um homem como Vladamir, mas já ter virado uma expert no Kama Sutra com a experiência de uma atriz pornô foi demais. O lado bom é que não é exageros comuns aos Ellora’s: ménage, sexo grupal, uns fetiches bem loucos... Vladamir é muito possessivo.
Gostei do modo como o conflito do livro foi conduzido; em vez de se tornar um ogro quando descobre que Eden é a filha de seu inimigo jurado, Vladamir até que age racionalmente. Quer dizer, ele a pede — e não força — que ela se case com ele; é importante para ele que ela queira se casar com ele e, como eu disse, Vladamir é bastante sensível em relação à possibilidade de Eden ter sido estuprada... E a solução dele para evitar que as pessoas saibam que ela poderia não ser virgem — algo que, para ela, é vergonhoso —, dá origem a uma das cenas mais hilárias do livro. E as tentativas de Eden de se envolver na administração do castelo são ótimas. Pobrezinho do Raulf!
Minha única reclamação é que o final do livro me deixou um pouco desapontada: eu esperava mais sangue... Vamos combinar que como o idiota do Luther arrumou uma senhora confusão que quase custou a vida do Vladamir, ele teve um final nada satisfatório! Deveria ter sofrido mais! *modo sanguinária on*
No final das contas, eu recomendo a leitura. A autora comete algumas liberdades históricas, mas fala sobre elas em uma nota. Eu só queria que Raulf ou Gwendolyn — certo, os dois — tivessem tido um livro. Eu adoraria ver Vladamir zoando o Raulf ou simplesmente virando um touro furioso quando algum homem se atrevesse a olhar para a filhinha dele.
Damien (Damien) — Bianca 878
5º livro da série Nightwalkers
Personagens: Damien & Syreena
Desde o início dos tempos existem os Nightwalkers — seres noturnos que vivem nas sombras. Um dos mais poderosos deles é Damien, o príncipe dos vampiros. Mas uma mulher o tentará com um desejo mais forte de tudo que ele conhece e, juntos, eles enfrentarão um inimigo atemorizante e implacável...
Como príncipe dos vampiros, Damien já experimentou todos os prazeres possíveis. Cansado de aventuras, ele agora concentra suas energias em proteger seus semelhantes. A guerra entre humanos e Nightwalkers avança, e quando o inimigo rapta Syreena, a princesa licantropo, Damien audaciosamente vai atrás e consegue resgatá-la... Mas não está preparado para o desejo que aquela mulher lhe desperta!
Dotada de raras capacidades, Syreena cresceu confinada, proibida de fazer contato com outras pessoas, porém a atração que Damien sente por ela é imediata e impossível de resistir.
No entanto, o desejo por Syrenna pode ter repercussões desastrosas para um homem como Damien, e deixar seus inimigos ainda mais perigosos que antes...
O primeiro encontro de Damien e Syreena foi tenso. O segundo, poderia ter consequências desastrosas: de um lado, ele podia falhar em salvá-la das garras de Ruth; de outro, a salvação dela significava o rompimento de um antigo tabu.
Apesar de haver retornado para junto da irmã havia poucos anos, a afeição da rainha licantropo por Syreena era bem conhecida. Quando Ruth a sequestra e tortura para provocar Siena, Syreena encontra em Damien um aliado. Mas para um vampiro ser mais do que isso para uma licantropo poderia significar um meio de dar a vitória de bandeja a Ruth...
Minha opinião:
Quando Damien deu as caras em Gideon, eu quis... Conhecê-lo melhor. Quer dizer, o homem é alto, moreno, de olhos azuis, cabelos longos... *suspira* Tudo nele gritava “mocinho, mocinho, mocinho!”
O mesmo aconteceu com Syreena. A irmã torturada, que foi abandonada pelo pai em um mosteiro, a licantropo com duas formas — um golfinho e um falcão —, se tornou uma forte candidata a protagonista, e a breve cena entre ela e Damien em Elijah confirmou isso. Infelizmente para ela, pouco foi falado sobre sua doença; ela não foi provocada pelo sol — a única fraqueza comum a todos os Nightwalkers — ou por prata — a fraqueza especial dos licantropos —, mas por alguma outra coisa. Sua multiplicidade de formas também não tem nenhum impacto na história, a não ser pelo fato de ela não combinar: de um lado, cabelo negro e olho cinzento; do outro, cabelo cinzento e olho negro.
Não é para dizer que a doença dela não tenha deixado sequelas emocionais, já que ela é, até agora, a mocinha mais insegura da série. E apesar de ser uma guerreira formidável, ela ainda é insegura... E machuca o Damien: clássico caso de “eu gosto de você, mas tenho medo de sofrer porque você pode ter qualquer mulher, e eu morro de medo de você escolher uma mulher mais gostosa do que eu”. Não é nenhuma surpresa que Jasmine não goste dela. No lugar do Damien, eu teria mandado a criatura ir catar coquinho e parar de encher meu saco.
Ruth retorna mais pirada do que antes, e acha um novo comparsa. Em termos de desenvolvimento da história, que até o momento da publicação de Damien, contaria com cinco livros — Noah sendo o último —, não há muita coisa. Apesar de Nicodemus se mostrar importante... No sexto livro, o que era para ser fundamental não é, e só vai ser utilizado em Adam.
Claro que a edição brasileira também tem um pouquinho de culpa, já que os livros foram lançados picotados.
Por outro lado, mesmo com a série se preparando para chegar ao fim — como eu disse, Noah seria o último, e apenas após o lançamento dele que a autora decidiu escrever o sexto —, novos personagens são introduzidos: Malaya e Tristan, os embaixadores Shadowdweller. É claro que isso é para apresentar os leitores ao spin off deles, mas tendo isso em vista, acredito que esperar tanto para introduzir personagens importantes tenha sido um desserviço.
After the Night (não publicado no Brasil)
Personagens: Faith Devlin Hardy & Grayson “Gray” Rouillard
Faith Devlin: uma criança pobre e rejeitada de Prescott, Louisiana, ela sempre adorara o garoto de ouro da cidade de longe. Mas ele a chamou de lixo branco naquela abafada noite sulista quando seu rico e respeitado pai desapareceu, junto com a bela mãe dela. Agora Faith queria odiar Gray Rouillard... Não sentir uma poderosa onda de desejo. Mas ela não podia extinguir a paixão mais do que podia esconder a verdade sobre o passado que esperara tanto para decifrar.
Gray Rouillard: mesmo quando ele aprontava, ele o fazia com estilo. Rebelde, charmoso, e apoiado pelo dinheiro dos Rouillard, Gray controlava a cidade de Prescott — e Devlin era um nome que nunca queria ouvir de novo. Mas quando ele olhava para Faith Devlin, tudo o que via era um redemoinho de lençóis enrolados e a pele sedosa dela debaixo dele. Se importar com ela era impossível, impensável... Porque Gray Rouillard planejava usar todo o seu poder para arruiná-la.
Faith era a Cinderela residente de Prescott, uma cidade pequena próxima de Nova Orleans, controlada pelos Rouillard. O herdeiro, Gray, era seu amor platônico, apesar da diferença de idade entre eles. Mesmo sabendo do caso entre seus pais, Gray sempre tratou Faith bem... Até o pai dele deixar a cidade com a mãe dela, destruindo a família Rouillard.
Doze anos depois, Gray parou de procurar notícias sobre o pai. Havia uma regra implícita entre os moradores de que nenhum Devlin era bem-vindo, especialmente Faith, a filha que era idêntica à Renee. Mas Faith não deixaria que ninguém, nem Gray, nem o culpado pelo desaparecimento de Guy Rouillard, a impedisse de descobrir o que aconteceu e limpar o nome da mãe.
Minha opinião:
Aff, que livro bom! (só pra tirar isso do caminho)
Antes de ler, fiquei preocupada com alguns comentários que vi no Goodreads, acusando o Gray de ter sido deliberadamente cruel com Faith; ainda não sei se a revolta é por ele ter agido daquele jeito ou por ter agido daquele jeito com uma adolescente apaixonada por ele, porém o comportamento dele é atenuado pelo fato de o pai ter desaparecido com a mãe dela e... A irmã dele não ter lidado muito bem com a situação — para dizer o mínimo.
Apesar de não gostar dos Devlin — a autora deixa claro que eles são os problemáticos da cidade; o pai é um beberrão, os filhos são uns delinquentes, e a mãe e irmã de Faith são as bicicletas da cidade —, Gray tinha um pouco de admiração por Faith: ele sabia que ela era diferente, principalmente quando a via cuidando de Scottie, o irmãozinho com problemas mentais que podia ou não ser filho de Guy. Aliás, coitadinho do Scottie!
Isso não significa que Gray queira Faith por perto; demorou muito para a mãe, Noelle, e a irmã, Monica, chegarem perto de lidar com a dor de saber que Guy abandonaria a família por uma vagabunda como Renee. E o comportamento de Renee é muito mais revoltante não por sua promiscuidade, mas pelo desinteresse dela nos filhos — em todos os cinco.
Enquanto Gray é tudão — um clássico mocinho da Lindona, ele é durão com os outros, mas se derrete com Faith e não cansa de dizer o quanto ela o deixava orgulhoso —, Faith é ainda melhor. Não é comum falar isso de uma mocinha, mas ela é forte, determinada e vulnerável na medida certa. Ela foi expulsa da cidade — cortesia de Gray —, e construiu uma vida para si, que incluía até um marido. Por mais que ela gostasse de Gray, Faith se recusou a ficar chorando as pitangas, vendo a vida passar e perdendo as chances de ser feliz. Ela enviuvou, trabalhou, expandiu os negócios e, por uma coincidência, decidiu descobrir exatamente o que aconteceu com Guy, pois da mãe ela sabia. Depois, quando o caso se torna uma questão de descobrir quem foi o culpado pelo sumiço do detetive que contratou (o Sr. Pleasant é um fofo!), Faith consegue convencer Gray de que a situação era realmente séria. Mas sabe de uma coisa? Com ou sem Gray, ela descobriria a verdade, de um jeito ou de outro.
Terminar um livro sabendo que os protagonistas conseguem superar as dificuldades e lidar com a vulnerabilidade sem ficarem amargos é ótimo. Melhor ainda é saber que nem Faith nem Gray caíram na tentação comum de buscar vingança ou se render aos ímpetos de destruir um ao outro — ele até tenta fazer a vida dela mais difícil e ela duvida das boas intenções dele, mas... No final das contas, eles percebem que era mais satisfatório virarem a página Renee-Guy e construírem sua própria história.
Coração Desafiado (Christmas Cowboy) — Desejo 64
Personagens: Dorothy “Dorie” Wayne & Corrigan Hart
1º livro da série Irmãos Hart
Parte da série Homens do Texas
Aos 18 anos, a bela Dorie Wayne teve um breve namoro com o intempestivo Corrigan Hart, um dos cinco indomados irmãos Hart. Corrigan não era do tipo que se casa, mas seu desejo por Dorie se tornava cada vez mais incontrolável. Inocente, porém apaixonada pelo sexy cowboy, Dorie decidiu não se entregar a ele em um momento de paixão, e partiu para Nova York, onde começou sua carreira como modelo. Oito anos mais tarde, Dorie retoma para Jacobsville, mais madura e segura de si, e reencontra Corrigan. Agora, eles terão de reavaliar o passado para poderem planejar um futuro.
Dorie conheceu e se apaixonou por Corrigan, um dos arredios irmãos Hart, durante uma festa em Jacobsville. Quando ele reage mal ao descobrir que ela ainda era virgem, Dorie se sente forçada a fugir da cidade para nunca mais voltar. Oito anos depois, ela retorna após a morte do pai e é convencida por uma velha amiga a ficar.
Arrependido por ter julgado Dorie mal e se expressado de uma forma que podia ser considerada um surto psiquiátrico, Corrigan decide reconquistá-la, mimá-la, paparicá-la e cuidar da segurança dela. Talvez, se ele a tratasse como amigo e passasse mais tempo com ela, Dorie o perdoasse e quisesse de volta. Era um plano arriscado, mas que talvez desse certo...
Minha opinião:
Eu estava procurando um livro sobre o Natal e não achei. Bem, geralmente eu evito ler qualquer coisa relacionada a datas festivas, porque não gosto muito. Lembrei de três:
A Dark-Hunter Christmas,
Beat of Temptation e Coração Desafiado. Os dois primeiros já foram resenhados aqui, o que deixava uma releitura de Coração Desafiado... Que eu não consegui terminar antes do Natal.
Corrigan é o Hart mais legal, ou seja, o menos idiota; como é de praxe com mocinhos da Diana Palmer, ele tem uma opinião menos que lisonjeira sobre as mulheres após ter sido menosprezado e abandonado pela mãe traiçoeira e gananciosa. E lógico que ele assume que Dorie era só mais outra vigarista. E claro que ele passa os oito anos seguintes se arrependendo amargamente de tê-la julgado tão mal. Por isso é fácil gostar dele: o erro foi cometido há muitos, muitos anos, antes de o livro começar — e mais importante, ele não insiste em cometer o mesmo erro.
Já Dorie... Não a coloco na lista de mocinhas idiotas, mas ela também não tem uma inteligência acima da média. Ela é a clássica heroína de Diana Palmer — bondosa, trabalhadora, gentil, simpática... O tipo de mulher que muito homem acha que “é pra casar”, só que sem a burrice característica. Até ela se deixar enganar pela cara de fome (literalmente) dos irmãos de Corrigan, mesmo quando eles são rudes. Aí eu tenho certeza de que ela se arrependeu de ser uma boa pessoa... Especialmente quando eles decidem fazer alguma coisa para impedi-la de partir:
(...) — Não. Não foi Corrigan. Foram eles! Eles e seus malditos biscoitos! Essa acusação é uma armação! — exclamou. — Eles me acusaram falsamente para conseguirem me levar de volta à cozinha do rancho!O homem não pôde conter o riso ao ouvir a frase. A mania de biscoitos dos irmãos Hart era conhecida por todo lado.
Ao contrário dos outros 97252475369651 livros da série, Coração Desafiado não tem nenhum grande mistério: ninguém importante foi assassinado nem um traficante perigoso está à solta. Então a equação (mocinho – idiotice) + (mocinha – idiotice) – mistério = livro paradão. Sério, o plano dos irmãos de Corrigan para manter Dorie na vida deles é o acontecimento mais excitante do livro; o plano e o planejamento do casamento: é capaz de uma pessoa dar um cochilo de meia hora e já acordar com a igreja alugada, o coral treinado, o vestido de noiva importado de algum ateliê de alta-costura e exclusivo, o bufê decidido, os votos escritos, o noivo arrumado, a despedida de solteiro planejada e o chá de bebê organizado. Esse é o grau de precisão do planejamento dos Hart — nesse caso, dizer “sim” ou “não” não importa. Quando os Hart colocam uma coisa na cabeça, eles não precisam de aquiescência.
Como introdução aos irmãos, o livro é bom: Callaghan, Leo e Ray já mostram do que são capazes e como são rudes. Simon não aparece, mas é mencionado — e o relacionamento dele com Tira/Christina/Tina é fonte de um pequeno erro de continuidade: ele era amigo do marido dela e a culpava pela morte do homem, mas o livro diz que Simon o odiava. Tudo bem, né?
No final, o livro vale para quem não gosta de deixar uma série incompleta. Não há nada de especial nele, além de três irmãos lunáticos, capazes de tudo para manter a cozinha da fazenda funcionando a todo vapor.
O Duque e Eu (The Duke and I) — ISBN: 9788580411461
1º livro da série Bridgertons
Personagens: Daphne Bridgerton & Simon Arthur Henry
Fitzranulph Basset
Simon Basset, o irresistível duque de Hastings, acaba de retornar a Londres depois de seis anos viajando pelo mundo. Rico, bonito e solteiro, ele é um prato cheio para as mães da alta sociedade, que só pensam em arrumar um bom partido para suas filhas.
Simon, porém, tem o firme propósito de nunca se casar. Assim, para se livrar das garras dessas mulheres, precisa de um plano infalível.
É quando entra em cena Daphne Bridgerton, a irmã mais nova de seu melhor amigo. Apesar de espirituosa e dona de uma personalidade marcante, todos os homens que se interessam por ela são velhos demais, pouco inteligentes ou destituídos de qualquer tipo de charme. E os que têm potencial para ser bons maridos só a veem como uma boa amiga.
A ideia de Simon é fingir que a corteja. Dessa forma, de uma tacada só, ele conseguirá afastar as jovens obcecadas por um marido e atrairá vários pretendentes para Daphne. Afinal, se um duque está interessado nela, a jovem deve ter mais atrativos do que aparenta.
Mas, à medida que a farsa dos dois se desenrola, o sorriso malicioso e os olhos cheios de desejo de Simon tornam cada vez mais difícil para Daphne lembrar que tudo não passa de fingimento. Agora ela precisa fazer o impossível para não se apaixonar por esse conquistador inveterado que tem aversão a tudo o que ela mais quer na vida.
Simon Basset foi um bebê milagre rejeitado pelo pai. Após anos tentando conquistar o afeto do velho, ele eventualmente se cansa e decide atacar onde mais doeria: se tudo o que duque de Hastings levava a sério era o título e sua linhagem, Simon acharia um jeito de impedir que o título continuasse na família quando morresse. A morte do pai lança a maldição de mamães casamenteiras e jovens debutantes sobre ele... Mas Simon está decidido a não ceder.
Daphne Bridgerton está cansada de ser a melhor amiga, a garota da casa ao lado. A mais velha das meninas Bridgerton, ela quer mais da vida do que a vida está aparentemente disposta a oferecer. A amizade de Simon significa muito — pelo menos a chance de ser considerada interessante o suficiente para ser cortejada por um duque, por quem ela está lentamente se apaixonando. Mas quando eles são flagrados numa situação comprometedora e Simon deve decidir se casa com ela ou não, Daphne percebe que aquele casamento estava longe de ser a resposta para suas preces.
Minha opinião:
Quando eu ouvi falar desse livro, ele nem sonhava em ser publicado aqui. E só depois que vi em uma promoção que decidi comprar e ver do que se tratava. Já vou adiantando que ele não tão metade da carga emocional que espero de um histórico; a leitura é muito mais leve — Flora é, apesar da mocinha sofredora, um dos meus históricos preferidos, então eu posso afirmar que falta alguma coisa (não sofrimento, mas emoção de modo geral) em O Duque e Eu.
Daphne e Simon são legais. Formam um casalzinho fofo, bonitinho, que não se conhece da maneira mais comum: Simon estava para resgatá-la dos avanços de um pretendente recusado quando Daphne se livrou do problema... Esmurrando o moço.
Como eu disse, falta alguma coisa no livro — isso é óbvio quando as melhores cenas são da família da mocinha; e Colin, o terceiro Bridgerton, e Gregory, o Bridgerton capeta, são adoráveis... Mal posso esperar para saber mais sobre eles. Ainda bem que a série já foi toda lançada lá fora.
A questão é que eu passei o livro todo querendo me apaixonar pelo Simon e estar no lugar da Daphne. Mas, por mais fofinhos que eles fossem, não consegui. Não acho que seja o estilo da autora — afinal, estou agora mesmo terminando o segundo livro, e já no primeiro capítulo decidi que era melhor que O Duque e Eu —, mas não me conectei com os personagens. Entendo a insatisfação de Daphne e a revolta de Simon... Apesar de que se recusar uma chance de ser feliz para pirraçar outra pessoa, morta ainda por cima, me pareceu incrivelmente idiota, porém, como eu disse, não houve conexão entre nós.
Minhas partes preferidas foram aquelas com a família Bridgerton como um todo: Violet controlando sua prole com um punho de ferro:
Simon não estava preparado para o jantar com os Bridgertons. Tinha sido um evento barulhento e movimentado, com muita risada e, felizmente, apenas um incidente, envolvendo uma ervilha voadora.
(A ervilha em questão havia partido de onde Hyacinth estava, mas a caçula da família parecia tão inocente e angelical que Simon não conseguia acreditar que ela realmente mirara o irmão com a bolinha.)Ainda bem que Violet não notara o acontecido, apesar de a semente ter sobrevoado sua cabeça num arco perfeito.(...)— Sabem que acho que esta pode ser uma das noites mais agradáveis do ano? — anunciou Violet de repente. — Mesmo que minha filha mais nova não pare de atirar ervilhas para baixo da mesa — continuou, olhando para Hyacinth.Simon ergueu o olhar no momento exato em que a caçula gritou:— Como a senhora sabe?Violet balançou a cabeça enquanto revirava os olhos.— Meus queridos filhos — disse ela —, quando vão aprender que eu sei de tudo?
Devo dizer que Violet Bridgerton é uma deusa. Como ela está numa cruzada sagrada para casar todos os oito filhos, o placar sempre vai ser Violet 1 × 0 Qualquer pessoa na face da Terra, mesmo que ela perca. Porque Violet pode.
Outro ponto ótimo foi a coluna de Lady Whistledown. Quem for bom de dedução e/ou ler o último capítulo com a atenção vai adivinhar rapidinho quem está por trás da maior fofoqueira de Londres — que também pode ser um fofoqueiro, por que não? A mulher é sagaz e tem um senso de humor incrível. Ela ficou tão famosa que até “ganhou” duas antologias: The Further Observations of Lady Whistledown e Lady Whistledown Strikes Back. Outra deusa.
Nine Rules to Break when Romancing a Rake — (não publicado no Brasil)
1º livro da série Love by Numbers
Personagens: Calpurnia “Callie” Hartwell & Gabriel “Ralston” St. John
Uma dama não fuma charuto.
Ela não cavalga de pernas abertas.
Ela não pratica esgrima ou comparece a duelos.
Ela não atira com pistolas, e nunca aposta em um clube de cavalheiros.
Lady Calpurnia Hartwell sempre seguiu as regras, regras que a deixaram solteira — e mais que um pouco insatisfeita. E assim ela jura quebrar as regras e viver a vida de prazer que esteve perdendo.
Mas para dançar todas as músicas, para roubar um beijo de meia-noite — para fazer essas coisas, Callie vai precisar de um parceiro disposto. Alguém que sabe tudo sobre quebrar as regras. Alguém como Gabriel St. John, o marquês de Ralston — charmoso e devastadoramente bonito, sua reputação perversa combinava apenas com seu sorriso pecaminoso.
Se ela não for cuidadosa, vai quebrar a regra mais importante de todas — aquela que diz que caçadores de prazer nunca devem ficar irremediável e desesperadamente apaixonados...
Callie estava cansada de seguir regras; elas definiam o que fazer, com quem falar, como se vestir... A aprisionavam. Essas mesmas regras a impediram de arrumar um marido. Ela estava farta de seguir regras. Na avançada idade de vinte e oito anos, Callie decide fazer coisas que uma dama da alta sociedade, irmã de um conde, não poderia fazer. Para isso, ela firma um acordo com Lorde Ralston.
Gabriel foi abandonado pela mãe e deixado para viver sozinho com o pai e o irmão gêmeo. Nunca, em hipótese alguma, ele parou para pensar que talvez a infidelidade da mãe tivesse consequências: uma meia-irmã italiana, órfã de pai e abandonada pela mãe. Então em um momento de inspiração, ele decide que ajudaria Callie... Se ela o ajudasse. Mas talvez, quando ela soubesse de uma aposta envolvendo o nome dela, Callie terminasse tudo entre eles...
Minha opinião:
Sarah MacLean é uma das minhas autoras preferidas — do tipo “Tem um livro novo? Peraí que eu vou comprar e volto logo...”. O engraçado é que no início eu não dava muito por esse livro; quer dizer, mocinhas em romances históricos querendo quebrar regras e fazendo algo escandaloso? Isso é tão comum!
Mas eis que a autora pegou uma história de enredo comum e a recheou com dois protagonistas incomuns. À primeira vista, não parece tão incomum assim — uma espécie de A Bela e a Fera em que a Bela é feia e a Fera é só um leãozinho com um espinho na pata. Pelo fato de Callie ser madura, ela tem boas razões para romper com as tradições. Ela já passou da idade de querer causar: ela quer mesmo é se sentir livre, por isso não é necessário que ninguém saiba mais do que o necessário. Ela toma cuidado na hora de romper as regras e faz o que pode para não ser pega. A verdade é que, mesmo beirando os trinta, ela ainda quer encontrar seu lugar no mundo — e vencer algumas restrições sociais é fator decisivo para a verdadeira Callie aparecer.
Gabriel tem uma mistura de vulnerabilidade e cinismo que é muito charmosa. Ele sabe que a mãe não presta — na cabeça dele, nenhuma mulher que parte com o amante e deixa os filhos destruídos vale muita coisa —, mas nem por um minuto desconta a raiva em Juliana, o fruto do abandono. Ele até duvida que ela seja irmã dele, mas a aceita do mesmo jeito e faz o possível para dar uma boa vida a ela... Mesmo com toda a sociedade sabendo que ela é ilegítima; apesar de a mãe ter se casado com o pai dela na Itália, na Inglaterra ela ainda era casada com o pai de Gabriel e Nick e, portanto, cometeu bigamia. O juízo que ele faz da mãe não é direcionado a toda a raça feminina: ao contrário de, diremos, nosso amigo Lorde Belzebu, Gabriel reconhece valor em qualquer pessoa, independente do gênero. Ele julga pelas ações — e é por isso que a mãe não presta e Callie é fascinante.
Os dois dão escorregadas — Gabriel por não contar sobre a aposta e Callie por ser dura demais —, mas eu não quis entrar no livro e esganá-los (mereço um prêmio por isso); pelo contrário, eu tentei praticar um pouco de empatia (empatia plena não é comigo...) e analisar a situação do ponto de vista deles. Nem o fato de Gabriel ser chamado pelo título o livro todo me irritou muito: na minha cabeça, ele é Gabriel e pronto.
O resultado é que saí indicando esse livro para todo mundo. Ele ainda não foi publicado aqui, mas dizem que a Arqueiro adquiriu os direitos de publicação da série toda. Então, quem não quiser ler inglês, pode esperar o lançamento e comprar sem medo de ser feliz.
First Grave on the Right (não publicado no Brasil)
1º livro da série Charley Davidson
Personagens: Charlotte Jean “Charley” Davidson & Reyes Alexander Farrow
Esse negócio de ceifadora deveria ter vindo com um manual.
Ou algum tipo de diagrama.
Um fluxograma teria sido legal.
Charley Davidson é uma detetive particular em meio-período e ceifeira em tempo integral. Isso quer dizer que ela vê gente morta. De verdade. E é trabalho dela convencê-las a “ir para a luz”. Mas quando estas mesmas pessoas mortas morreram em circunstâncias menos que ideais (como assassinato), às vezes elas querem que Charley leve os caras maus à justiça. Para complicar há os sonhos intensamente quentes que ela está tendo com uma entidade que a perseguira a vida toda... E acontece que depois tudo ele pode não estar morto. Na verdade, ele pode ser alguma outra coisa. Mas o que ele quer com Charley? E por que ela parece incapaz de resistir a ele? E o que ela tem a perder por ceder?
Charley Davidson está acostumada a usar o seu dom de falar com gente morta em nome da justiça. Quando era criança, o pai e o tio, ambos policiais da divisão de homicídios, faziam uso das habilidades dela para resolver crimes (e serem promovidos), por isso, nada mais natural que se tornar detetive e usar uma ajudinha do além para solucionar seus casos.
Quando três advogados aparecem mortos e um deles se mostra incapaz de aceitar a própria morte, Charley começa uma investigação que pode significar a salvação ou condenação de um homem. Ao mesmo tempo, ela é revisitada por um “espectro” do passado que pode ou não estar morto — e ela precisa achá-lo. O problema é que, se Charley é feita de luz, todos os que podem ver Reyes sabem que ele é feito de nada mais que a mais perigosa escuridão...
Minha opinião:
Eu queria muito agradecer à J. R. Ward por recomendar esse livro, mas como não faço ideia de como entrar em contato com ela, fica aqui. Quando ele foi lançado, ela fez um chat com a autora e recomendou em tudo que é lugar, aí fiquei curiosa... E anos depois... Quando o livro já tinha nada menos que sete companheiros, fui apresentada a novos fãs e tomei coragem.
Não me arrependi. Apesar de o livro ser em primeira pessoa — não gosto —, não posso dizer que haja algo que me desagradou. Charley é ótima: engraçada, irônica, meio doida... Mas é o tipo de pessoa que se torna uma amiga leal e feroz, capaz de tudo para defender e proteger as pessoas — não é à toa que ele se envolve em uma briga de bar com o esposo abusivo de uma cliente. Ela tem tiradas ótimas, e via de regra, é incapaz de julgar as pessoas antes de ter contato com elas.
É justamente a bondade dela que traz problemas: por exemplo, quando ela tinha dezesseis anos, viu um garoto sendo espancado e se dispôs a socorrê-lo. O que aconteceu? Reyes Farrow tinha mais alguém para proteger, e Charley nunca o esqueceu.
Por outro lado, Reyes também não esqueceu Charley. De novo, o livro é em primeira pessoa, mas narrado apenas por Charley. Então, como eu sei disso? Diremos que Reyes tem estado presente na vida dela desde sempre. A segurança dela é mais importante que a dele, e mesmo um tanto... Comatoso, é visível que há algo de especial entre eles, mas Reyes, sendo um macho alfa de carteirinha, não aceita que Charley se coloque em perigo.
Apesar de ser adulta, Charley ainda está descobrindo seus poderes. Ela é o portal para o céu, mas há muito mais nisso do que parece. Aparentemente Lúcifer quer usá-la para entrar no céu e destruir tudo. Charley não quer ser usada assim; Reyes também não. Reyes acha que a culpa; Charley discorda.
Para resolver os casos, Charley conta com a ajuda de Angel, um ex-aviãozinho de treze anos que vive lhe passando cantadas; Cookie e Amber, suas vizinhas e amigas; Garrett Swopes, um caçador de recompensas que não leva seu dom a sério e Bob, o tio que se recusa a se aposentar. Não é para dizer que a vida de Charley é perfeita; ela tem uma péssima relação com Denise, a madrasta, o pai passivo e a irmã perfeita, Gemma. Em parte pelo sarcasmo letal dela. Por baixo dele, ela esconde um coração de ouro: ela lida muito bem com gente morta, mas encarar as famílias é sempre difícil... E ela sempre chora junto. E, como eu sou um monstro, ri demais.
Diante disso, não é nenhuma surpresa que eu esteja tendo faniquitos para que Reyes apareça em seu glorioso corpitcho musculoso. Ele e Charley são perfeitos um para o outro — ainda bem que Charley concorda.
Invincible (não publicado no Brasil)
2º livro da série Chronicles of Nick
Personagem: Nicholas Ambrosius “Nick” Gautier
Logo quando ele achava que as coisas não podiam ficar piores...
O dia de Nick Gautier continua melhorando. É, ele sobreviveu aos ataques zumbi, apenas para acordar e se encontrar escravizado em um mundo de metamorfos e demônios prontos para clamar sua alma.
O novo diretor da escola acha, como o anterior, que ele é um arruaceiro, seu treinador está tentando recrutá-lo para coisas que ele sequer pode mencionar e a garota que ele não está vendo, mas está, tem segredos aterrorizantes.
Mas mais que isso, ele está sendo preparado para o mais sombrio dos poderes e se não aprender a levantar os mortos até o fim da semana, ele se tornará um deles...
Um dia depois de descobrir que é um demônio destinado a destruir o mundo, Nick acorda e descobre que seu chefe era um vampiro que podia ou não surtar a qualquer momento e mordê-lo. Para completar, sua mãe é contratada para trabalhar como cozinheira em um bar de motoqueiros administrado por uma família de ursos. Nada poderia piorar até Nick descobrir que a Morte, Grim, era um dos cozinheiros do restaurante — ou possuía um deles, tanto faz.
O quarto cavaleiro do apocalipse tem um interesse especial no Malachai e se oferece para ensinar Nick a dominar os mortos. Estava tudo indo bem, até que o novo treinador do time de basquete chantagear Nick e obrigá-lo a roubar alguns itens. Mas é a possibilidade de ser outro adolescente prestes a morrer que realmente deixa Nick de cabelos em pé...
Minha opinião:
Tadinho do Nick! Eu já disse algumas vezes aqui que eu acho o Nick da série Dark-Hunter um merdinha, mas não consigo evitar gostar do Nick de Chronicles of Nick. De qualquer forma, não tenho do que reclamar: esse livro mantém os personagens que a gente conhece e ama — Acheron, Kyrian, Menyara, Simi (adoro ela!) — e introduz outros: Grim, Xenon, Laguerre... Que na verdade já deu as caras na série Dark-Hunter, mas pouca gente lembra: Wynter Laguerre; lá ela é um dos mocinhos, aqui isso tem que ser analisado.
O jeito como Nick precisa descobrir mais sobre o universo em que caiu de paraquedas é ótimo: como buscar informações sem dar na cara que ele também é um ser sobrenatural? Como interrogar Ash sobre coisas que ele não devia nem saber? Como levar Ambrose a sério quando o tio parece consumido pelo ódio e pelo preconceito? Como não se juntar ao Lago Negro da Força e não destruir o mundo? São perguntas que Nick deve responder, mas numa espécie de roleta russa. E, mesmo sendo fã de Ash, compreendo o que leva Ambrose a ser tão cético: ninguém sabe como Ash vai reagir ao saber que Nick é o Malachai, então é melhor manter segredo; por outro lado, Ambrose poderia explicar o real motivo do antagonismo com Ash e elaborar por que Nick deve manter distância de Simi.
Posso dizer que estou apaixonada por Caleb — até aí nenhuma novidade —, e que eu espero que ele tenha um futuro na série. Tudo bem que ele aparece em House of the Rising Son e Styxx, mas eu quero mesmo um final feliz para ele. E Kody também: quem é ela e o que representa para Nick? Além de uma possível morte, quero dizer.
Sherrilyn Kenyon consegue juntar a série com outros livros da série Dark-Hunter: The Guardian, Styxx, House of the Rising Son, Bad Moon Rising... Não apenas porque as ações de Nick aqui tem consequências lá, mas também por detalhes pequenos, como o desespero de Ash em Seize the Night sobre o destino dele, Tia e Cherise.
Chronicles of Nick é minha série young adult preferida: primeiro, por ser narrada em terceira pessoa (eu não sei ainda se eu não enlouqueceria tendo acesso direto à cabeça de Nick); segundo, por ser fator influenciador e influenciável para o andamento de outra série (muitos dos mistérios em Dark-Hunter serão resolvidos aqui); terceiro, por lidar com tentativas de evitar o fim do mundo — a maioria das séries atuais se passam após algum desastre apocalíptico, como a série White Rabbit Chronicles da Gena Showalter, e a Arcana Chronicles da Kresley Cole. Por último, Chronicles of Nick é toda focada na qualidade das relações que estabelecemos com outras pessoas, e como nossas escolhas podem nos salvar ou amaldiçoar.
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Um Príncipe Irresistível (Tempting the Prince) — CH 425
Personagens: Mikhail Kazanov & Belle Flambeau
5º livro da série Kazanov
Escandalosa sedução
Quando um sórdido ataque deixa Belle Flambeau com uma cicatriz horrível no rosto, ela se afasta da sociedade, e sua esperança de encontrar um grande amor desaparece. Mas o desconhecido atraente e ferido que procura abrigo em sua casa parece determinado a provar o contrário, iniciando uma sedução lenta, deliciosa e absolutamente escandalosa...
O príncipe Mikhail Kazanov deseja, e precisa de uma esposa amorosa e carinhosa, não uma das jovens e fúteis caçadoras de fortunas que não se cansam de tentar cativar sua atenção. Encantado com Belle, ele usa de subterfúgios para conquistá-la.
Mas embora a poderosa atração entre ambos acabe explodindo numa verdadeira magia sensual, a verdade afasta Belle em direção a um caminho perigoso. Agora, com um inimigo revelando suas intenções violentas, Mikhail precisa encontrar um meio de reconquistar a confiança de Belle. Pois, com o amor de ambos, e a vida dela, em perigo, ele não pode correr o risco de falhar...
Após ser atacada e abandonada pelo noivo, Belle e as irmãs vão morar na casa do pai, um duque com quem nunca tiveram contato. Quando a madrasta sugere ela passe um tempo sozinha no campo, Belle aceita, sem ter ideia de que aquela seria a oportunidade que um príncipe russo teria de cortejá-la.
Fingir uma cegueira era a melhor maneira de Mikhail ter contato com Belle. Se a cicatriz a impedia de perceber-se a mulher ideal para qualquer homem, Mikhail a seduziria até que ela aceitasse se casar com ele, tornando-se uma princesa e a mãe de sua filha. Mas mesmo que ela se apaixonasse por ele, ainda havia gente querendo impedi-los de ficar juntos...
Minha opinião:
Eu nunca vi um título de livro da NC que fosse tão real. O príncipe é irresistível mesmo! É delicioso, generoso, bem-humorado, um ótimo pai. Tudo bem que ele é meio doidinho — o tal plano fala de certa loucura, mas... Ele fez isso tudo sem nem conhecer Belle direito, imagino o que faria se já fosse apaixonado.
Mikhail é uma delícia, mas eu tive um pequeno probleminha com ele: aquela tal história de “eu Tarzan, você Jane” e “senta, Cláudia”. Caramba, ele estava indo tão bem! Mas como foi uma derrapada só, eu perdoo — sem muita vontade, mas fazer o quê, eu tenho um coração de manteiga. *mentiramentiramentira* A tentativa dele de tentar proibir Belle de continuar a trabalhar logo depois de prometer que deixaria me deixou furiosa, porém Blaze — a irmã doida que é a única sana — discorda de Mikhail e induz Belle a se rebelar.
Já Belle é meio boba. Imagina, com tanto motivo para rejeitar o bofe, uma cicatrizinha de nada está no topo da lista? Ah, eu entendo o trauma, e aparentemente ela era a mais bonita das irmãs, mas se sentir desvalorizada por uma cicatriz demonstra que ela depositava todas as esperanças na beleza — e isso um dia acaba. Parece bem fútil. Ela não se dava valor do jeito certo, por isso Lavinia, Cynthia e Anya pintaram e bordaram. Baita vontade de entrar no livro e dar uns tapas nela para ver se acordava para a vida.
Apesar de a mocinha não ser a mais esperta — Belle é a clássica “heroína abnegada que oferece a outra face... e a boca, o nariz, os cabelos... nenhuma humilhação é demais para ela” e facilmente influenciável —, eu gostei muito do livro. Só acho que a autora passou muito tempo construindo a relação de Raven e Alexander em vez de colocar Mikhail pessoalmente caçando a pessoa que atacou Belle. Isso me deixou desapontada. Não é nada que atrapalhe a leitura, mas bem que eu gostaria de ver Mikhail fazendo isso — apesar de que os detetives desastrados me deram boas risadas.
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Elijah (Elijah) — Bianca 873
4º livro da série Nightwalkers
Personagens: Elijah & Siena
Desde o início dos tempos existem os Nightwalkers — seres noturnos que vivem nas sombras da lua. Um deles é Elijah, guerreiro poderoso e implacável, que venceu todas as batalhas em que lutou... Até agora!
Dado como morto, Elijah é descoberto pela mulher que poderia muito bem aplicar-lhe o golpe final: Siena, a rainha Licantropo.
Depois de séculos de lutas, uma frágil trégua instalou-se entre os Licantropos e os Nightwalkers.
Agora, o guerreiro Elijah se defronta com outro tipo de batalha: conquistar o coração de Siena. E enquanto dois inimigos seculares se tornam amantes inseparáveis, uma nova ameaça se aproxima, um perigo que tem o poder de destruir a todos.
No território licantropo, Elijah é torturado e deixado para morrer; mas ele é salvo por Siena, a própria Rainha licantropo, que reconhece a ameaça iminente de guerra: Ruth e Mary armaram uma cilada para destruir de uma só vez os demônios e os licantropos, mas Siena decide cuidar pessoalmente de Elijah.
Com Samhain se aproximando, Elijah e Siena não conseguem resistir um ao outro. Porém, os demônios não aceitariam a quebra de um tabu tão grande, não mais do que os licantropos aceitaram seu maior inimigo como rei.
Minha opinião:
Quem leu Gideon soube imediatamente quem era o casal do livro seguinte, afinal, onde há fumaça, há fogo.
Elijah é um dos personagens que, desde que apareceu, chamou a atenção. E a espera valeu a pena. Nos outros livros, ele era um pouco calmo demais, brincalhão demais, mas aqui, Siena apronta todas, levando o coitadinho à beira do desespero.
Siena sabe que tem muito a perder se aceitar Elijah — ela viu o que o relacionamento dos pais fez aos pais e, em longo prazo, com os licantropos. Afinal, o pai dela era um alpinista social que não sossegou até conseguir a sonhada guerra com os demônios, e o povo de Siena não guarda boas lembranças. Por outro lado, ela tem muito a perder — o único parceiro que poderia ter alguma vez — se não aceitar Elijah. Mas há o problema com a lealdade dele: e se os licantropos e os demônios guerreassem, como ele poderia escolher um lado e não o outro?
A apreensão de Siena beira a irracionalidade, mas não posso culpá-la: de modo geral, ela é uma das personagens mais lógicas da série. Se o problema dela fosse apenas com a perda automática de soberania — felizmente para ela, a sociedade licantropo tinha uma tradição matriarcal —, seria fácil ficar mais do que aborrecida com ela, mas no fundo, ela teme ser dominada e ter a personalidade apagada, como aconteceu com a mãe.
Achei a falta de notícias de Elijah um tanto preocupante — não custava nada achar um bicho qualquer na floresta e enviar uma notícia. O fato de apenas Ruth e Mary serem traidoras também é um pouco incoerente: se Ruth estava nisso para se vingar de Jacob pela morte do parceiro druida de Mary, é de se considerar que haveria outros demônios igualmente furiosos e desejosos de vingança. Eu não acho que eles fossem particularmente apegados a Noah, considerando que o rei demônio, seja ele quem for, era o responsável por dar apoio ao Executor. De qualquer forma, isso não diminui a qualidade, mas é algo que claramente não foi considerado.
Um Perfeito Estranho (A Perfect Stranger) — Tentação 33
Personagens: Sabrina Marsh & Robert Stevens “Rob” Davis
Ela jamais imaginou que tivesse de rejeitar um homem tão fascinante...
Sabrina Marsh ficou a sós com um estranho no elevador. E, para sua grande surpresa, o sujeito sabia qual era o prato preferido dela, sua cor predileta, seu apelido... Ainda por cima, era o homem mais sensual que Sabrina jamais vira! Mas por mais que ela perguntasse, ele se recusava a revelar sua identidade.
Rob Davis sabia que, assim que lhe contasse quem era, Sabrina nunca mais iria querer vê-lo. Ele tinha três semanas para convencê-la de que ambos haviam sido feitos um para o outro... três semanas para fazê-la esquecer que eram perfeitos estranhos.
Aquela cantada de elevador era a desculpa mais triste que Sabrina já havia ouvido de um homem que queria se aproximar. O fato de o homem ser um bonitão moreno de olhos azuis e com um sorriso lindo tornava a situação patética. Ele insistia que a conhecia — e sabia de alguns fatos sobre ela que pouca gente sabia. Mas era melhor manter distância, ela decidiu.
Rob não via Sabrina havia dezessete anos, mas ele nunca a esquecera. Na época em que se conheceram, ele era mais conhecido como Scooter. Para sua sorte, Sabrina não conseguia se lembrar, o que faria a tarefa de fazê-la se apaixonar por Rob mais fácil, assim, ela não associaria o piloto da Força Aérea ao pestinha de treze anos que a perseguira. Ou não?
Minha opinião:
Ahhhhhhhh, a minha infância! Ou melhor, a adolescência. Eu devia ter uns 11 ou 12 anos quando li esse livro a primeira vez, e fiquei encantada com o Rob. Agora, uns dez anos depois... Para mais ou para menos ;-) ... Achei o bonito e reli. E adivinha: continuo tão encantada quanto antes. Resumindo: preciso de um Rob na minha vida.
Rob é determinado e cabeça-dura. Sabrina é sua paixão de adolescência e ele passou os anos tentando conquistá-la: chocolates anônimos, timidez, mutismo seletivo; ele sofreu isso tudo enquanto crescia, sem esperança de que a vizinha e babá de dezoito anos algum dia olhasse para ele. Mas aí Sabrina se mudou, eles cresceram, Rob entrou na força aérea e deu de cara com Sabrina por acaso. E para um homem reconhecer uma mulher que não via há 30 anos e se lembrar de tudo sobre ela — chocolate, cor, comida, tudo o mais de que ela gostava —, é porque ele gostava (ou odiava) demais. Sabrina não tem chance alguma, Rob é imbatível.
— Por que não gosta de mim, Brie?— Porque o senhor é o homem mais aborrecido que já encontrei na vida!Ele piscou os olhos.— Não é o que dizem a meu respeito. As pessoas costumam me achar muito agradável e simpático. Além disso, trato bem as crianças, os velhinhos e os animais e ainda por cima telefono para a minha mãe uma vez por semana. Segundos depois, Sabrina alcançava a calçada e abria a bolsa para apanhar a chave do carro.— Você quer saber de uma coisa? — soou a voz de Rob, logo atrás dela.— Não!Ele ignorou sua resposta.— Você tem medo de mim. E sabe por quê? Porque mexo com as suas emoções. Porque sou um mistério que não consegue resolver. Porque sou alguém que ameaça o mundo monótono e sem graça que resolveu criar para si!
É, a vida de Sabrina é exatamente assim: monótona e sem graça. Ela não confia em homens e em algum ponto entre os dezoito anos e o divórcio decidiu se tornar um espírito de porco que quase levou a secretária a enfartar devido a duas horas de folga. É uma velha ranzinza no corpo de uma mulher de trinta e cinco anos. Uma pena que Rob queira tanto aquele corpo... Apesar da amargura de Sabrina. Parece que ela faz questão de ser infeliz; nenhuma opção é aceitável: ir para a Alemanha com Rob ou ficar nos EUA esperando ele voltar; casar com ele ou ficar solteira; ser feliz com ele ou ser infeliz sem ele.
As tentativas do Rob de conquistar Sabrina são tão românticas e fofas... Não encontramos pessoas como ele — aquele homem que dá flores, bombons, abre portas, escuta com prazer, conversa... *suspira* Ah, eu disse que ele é piloto da Força Aérea Americana? Suas três semanas de férias estão acabando e sua tentativa de sedução já tem prazo de validade.
Então, se esse livro for achado por aí, pode pegar e ler tranquilamente, pois ele é muito bom.
Coração Mercenário (The Heiress Bride) — CH 81
Personagens: Rosaleen de Sarant & Hugh (Baldwin) Caldwell
2º livro da série Brides
Ela tornou-se prisioneira do invencível fascínio daquele guerreiro!
Inglaterra, 1416
Fugir. Rosaleen tinha de fugir daquele homem sem escrúpulos que queriam lhe impor como marido!
E sua única salvação contra o vingativo noivo era Hugh Caldwell, guerreiro mercenário de muitas glórias. Mas esse valoroso e fascinante cavaleiro cobrava um preço muito alto para a sua proteção...
Rosaleen estaria disposta a pagar?
Após anos fugindo, Hugh havia acabado de voltar à Inglaterra. Em uma hospedaria perdida no meio do nada, ele se envolve numa briga por uma moça seriamente machucada. Quando ela acorda, não apenas o insulta — absurdo, ele cuidou dos ferimentos dela! —, mas também exige que ele a leve para Londres. Hugh recusa, tentando pensar em como se livrar dela.
Para evitar um casamento forçado pelo tio interesseiro, Rosaleen aceita refúgio com Hugh; ou melhor, é coagida a aceitar. Com a promessa de que o irmão criador de porcos dele a ajudaria a chegar em Londres, Rosaleen se vê obrigada a passar três meses com Hugh na propriedade que ele ganhou na mesa de jogo. O problema é que Hugh queria que Rosaleen ficasse para sempre. Mas isso significava abandonar o legado da família dela...
Minha opinião:
Um dos melhores livros que já li! Hugh e Rosaleen são extremamente divertidos.
Depois de aprontar todas quando ainda era adolescente em
Castelo de Ilusões e descobrir os motivos por trás do ódio entre as famílias Ryon e Baldwin, Hugh surta e vai embora, deixando Hugo (sim, Hugh e Hugo) para trás, sem saber o que havia acontecido, e se promete que nunca mais voltaria para casa. A aparição de Rosaleen é o empurrãozinho que ele precisava para enfrentar o passado — e considerando tudo, não é de surpreender que ele tenha pirado na batatinha. Mas o primeiro encontro (de Rosaleen) após tantos anos (de Hugh com o resto da família, especialmente o irmão gêmeo), não foi bem o que eles esperavam...
— Seu comportamento esta tarde foi perfeitamente compreensível — Rosaleen assegurou-lhe. — Hugh merecia uma boa surra, por tê-lo deixado como deixou. Na verdade, deveria surrá-lo mais uma vez, antes de nossa partida amanhã, a fim de garantir que ele tenha sido devidamente punido.— Muito obrigado, doçura — Hugh murmurou entre dentes.
Os dois passam o livro inteiro assim: brigando e se alfinetando. Rosaleen acha um absurdo Hugh ter roubado uns beijos e ele acha a reação dela o cúmulo.
Rosaleen, apesar de ser uma dama, tem glândulas produtoras de veneno na boca. Nada que Hugh diz fica sem resposta — e isso é o máximo. Acho que o motivo de eu ter gostado tanto d’O Príncipe dos Canalhas foi a lembrança de Hugh e Rosaleen que
Sebastian e Jessica inspiraram em mim. É muito interessante ver uma mocinha que usa as poucas que tem a seu dispor para ir à luta; e como esse é um histórico, medieval ainda por cima, a determinação de Rosaleen é ainda mais admirável.
Mine to Possess (não publicado no Brasil)
5º livro da série Psy/Changeling
Personagens: Clay Bennett & Talin “Tally” McKade
Clay Bennett é um poderoso sentinela de DarkRiver, mas cresceu nas favelas com sua mãe humana, sem conhecer seu pai changeling. Enquanto jovem sem os vínculos do Bando, ele tentou reprimir sua natureza animal. Falhou... E cometeu o mais extremo ato de violência, matando um homem e perdendo sua melhor amiga, Talin, no sangrento resultado. Tudo bom nele morreu no dia em que lhe disseram que ela, também, estava morta.
Talin McKade meramente sobreviveu uma infância encharcada em sangue derramado e terror. Agora um novo pesadelo a persegue — as crianças de rua que ela trabalha para proteger estão desaparecendo e sendo encontradas mortas. Determinada a mantê-las a salvo, ela libera o mais sombrio segredo de seu coração e volta para pedir a ajuda do homem mais forte que conhece...
Clay perdeu Talin uma vez. Ele nunca vai deixá-la ir de novo, sua fome para possuí-la uma rasgante necessidade nascida do leopardo nele. Enquanto eles correm para salvar os inocentes, Clay e Talin devem encarar as violentas verdades de seu passado... Ou perder tudo com que se importavam.
Clay Bennett foi preso quando tinha 14 anos por matar um homem que abusava sexualmente da filha adotiva, Tally, melhor amiga de Clay. Quando saiu do centro sócio-educativo e foi atrás dela, descobre que Tally estava morta. Sem vontade de viver, Clay se junta aos leopardos de DarkRiver, sabendo que não demoraria muito até se tornar renegado.
Mentir por anos para Clay foi difícil, mas Tally sentia que não tinha escolha. Até agora. Várias crianças tuteladas pela fundação onde trabalhava estavam sendo encontradas mortas, e ela precisaria de ajuda para resgatar a última que sabia estar viva. E só havia um homem capaz de fazer isso: Clay. Mesmo que fosse a última coisa que fizesse — literalmente, pois estava morrendo —, ela convenceria Clay a ajudá-la a resgatar as crianças e fazer o assassino parar. Isto é, se conseguisse fazê-lo voltar a confiar nela.
Minha opinião:
Clay não é muito diferentes dos outros mocinhos da série — pelo menos dos que apareceram até agora. Ele é igualmente ameaçador, superprotetor, alto, moreno e sensual; a diferença é que sua infância, com uma mãe que queria que ele reprimisse o lado Changeling, e com a melhor amiga que ele foi preso por proteger, elevaram essas características à máxima potência. Como resultado, Clay está a um passo de se tornar renegado — e a única solução então seria caçá-lo e matá-lo antes que ele atacasse os leopardos DarkRiver.
Tally é meu grande problema. Ela foi vítima de abuso sexual e, como a maioria das crianças nessa situação, nunca pensou em contar o que os pais adotivos faziam com ela. A reação de Clay, quando ele descobre, não chega a fazê-la se assustar, mas por algum motivo, ela se recusa a vê-lo enquanto ele esteve preso por causa dela e até pede ao assistente social que acompanhava o caso que diga a Clay que ela morreu. Sim, havia uma relação simbiótica entre ela e os pais adotivos/abusadores, mas anos depois, ela agir como se Clay, entre todas as pessoas do mundo, fosse machucá-la foi demais para mim. É como se ela fizesse questão de tomar as piores decisões possíveis por nenhum motivo.
Paradoxalmente, ela não confia em Clay com ela, mas confia em Clay com um bando de garotos de rua que foram acolhidos pela fundação em que ela trabalhava (?). Por isso ela pede ajuda dele, mas sem jamais pensar que a doença que ela tinha e a fazia ter episódios de amnésia e era degenerativa poderia ser um perigo ainda maior. Então, o que ela faz? Esconde. Esconde porque Clay morreria se acontecesse algo com ela; mas não seria melhor ele se acostumar com isso?
Outro problema que eu tive foi com a “explicação” para a promiscuidade de Tally. Não me incomodo com a promiscuidade em si, mas com as causas e as desculpas arrumadas para explicá-las. Sem contar que, se Clay fica possessivo, ela surta, mas acha que tudo bem sentir ciúmes de Faith. Enfim, Tally é burra demais pro meu gosto. rs
O ponto alto do livro envolve os Psy: tanto em relação à pequena resistência que ocorreu em 1979, quando alguns decidiram lutar contra o Silêncio e fizeram o que Sasha e Faith fizeram quanto com o novo protoloco que Ming está experimentando e Judd e o Fantasma estão fazendo o possível para destruir... Com toda honestidade, acho que o Fantasma é o Coringa: ele faz uma coisa nesse livro que deixa toda a PsyNet instável.
Há muita coisa acontecendo em Mine to Possess, sem dúvida para dar espaço a Ashaya Aleine e Ekaterina Haas, as cientistas Psy ligadas aos experimentos de Ming, Dorian, Max Shannon, o policial TDB que investiga o desaparecimento e morte de crianças ligadas à Fundação Shine, e Dev Santos, o presidente da Shine e chefe de Tally. Também é bom prestar atenção em Anthony Kyriakus, o papai bonitão de Faith, e em Nikita, pois logo eles serão de total importância para o andamento da série. Por fim, apesar de minhas reclamações, eu não diria que ele é ruim, já que gostei da leitura — foi ótimo, tirando a mocinha idiota.
Seize the Night (não publicado no Brasil) — Sherrilyn Kenyon
10º livro da série Dark-Hunter
Personagens: Valerius “Val” Magnus & Tabitha “Tabby” Lane Devereaux
Salve, Glorioso Leitor:
Nasci o nobre filho de um lendário senador romano. Caminhei pelo mundo antigo como um general, admirado e supremo até uma brutal traição me obrigou a vender a minha alma. Agora sou um Dark-Hunter imortal, forçado a proteger a humanidade da escória cruel que a caça. Através dos séculos, vi muitas coisas medonhas: pragas, pestes, músicas de discoteca...
E agora Tabitha Devereaux. Uma humana, ela treinou para lutar contra vampiros com a mesma capacidade de qualquer Dark-Hunter. Idiossincrática e não convencional, ela é minha maldição pessoal — e ainda assim ela me seduz. Há apenas dois pequenos problemas. Ela é a irmã gêmea da esposa do meu inimigo mortal. Mais que isso, Tabitha e a irmã estão sendo perseguidas por um poder que não descansará enquanto todos que ela ama estiverem mortos.
Ao contrário dos meus irmãos Dark-Hunter, dependo de ninguém além de eu mesmo. Eles me escorraçaram e eu virei minhas costas para eles. Mas a única maneira de salvar Tabitha e sua família é encontrar um modo de nivelar uma vendeta de dois mil anos.
Dizem que os opostos se atraem, mas eles podem ficar juntos quando mesmo as Moiras conspiram para mantê-los separados? Mas então, as Moiras nunca lidaram com gente como Tabitha antes. Vai ser uma luta e tanto...
— Valerius Magnus
Uma noite, querendo ajudar uma mulher a lutar contra os Daimons que a atacavam, Valerius é atacado por ela e fica inconsciente. Quando acorda, percebe que não apenas a mulher era meio doida, mas também que, fosse o que fosse que os Daimons e a Destruidora estivessem planejando, seria muito sério... E ainda mais perigoso do que qualquer outra coisa.
Foi apenas um acidente... De novo. Tabitha não tivera a intenção de apunhalar Valerius, não mais do que tivera quando apunhalara outro Dark-Hunter. Mesmo sabendo que Valerius era o inimigo jurado do cunhado dela, e que, se todos os Dark-Hunters do planeta fossem uma fonte confiável — e alguns não eram —, Valerius não valia nada, ela realmente não tinha a intenção de machucá-lo. Ou de passar mais tempo com ele do que fosse necessário.
Quando todos voltam as costas para Valerius, é Tabitha que busca se aproximar e oferecer a amizade que lhe foi negada por dois mil anos. Mesmo com todos os perseguindo, e o Destino conspirando contra eles, havia uma coisa muito mais grave prestes a acontecer, que poderia custar a Tabitha todos que ela amava... Inclusive Valerius.
Minha opinião:
Finalmente cheguei ao livro que eu queria! Não vou nem dizer quanto tempo fiquei insistindo para que minha cunhada preferida desse uma chance ao Val, pois meu general romano preferido merece! Mas agora, com essa resenha, eu espero que ela decida pelo menos pegar o livro e dar uma folheada... *cara de santa*
Bem, o que eu posso dizer sobre o Val? À primeira vista, ele parece arrogante, esnobe e mauricinho. E é, de certa forma; mas esse é o disfarce que ele usa para esconder o verdadeiro Valerius — ou seja, um homem solitário, que precisa de amigos, mas só leva patadas, sensível e com um coração de ouro. De início, o pobrezinho fica meio assustado com a lunática do relógio cuco que tenta obrigá-lo a comer massa com formato fálico, mas logo ele se acostuma.
Tabitha é... Tabitha. Quem conhece, sabe que ela é doida varrida e super divertida. Ela é desbocada e desaforada e não aceita opiniões prontas: é justamente isso que a faz bater de frente com virtualmente todo mundo que fala mal de Valerius (e isso bem antes de se apaixonar por ele): Kyrian, Julian, Otto, Nick, Amanda, Zarek. Aliás, o “dane-se” dela para Zarek é bem épico:
— E o que você é? — Tabitha perguntou. — Me parece que é você quem carrega um ódio tão ácido que não o deixa viver em paz. Valerius não ataca as outras pessoas. Jamais. Para mim, isso faz dele duas vezes mais homem do que você é.
Tragam um troféu para ela! Não é porque ela entende que Valerius e Zarek foram vítimas que Tabitha justifica os comportamentos deles. Eles sofreram, mas isso não justifica Zarek descontar o ódio que sente pelo pai de Valerius em Val.
Kyrian e Julian continuam reagindo como duas crianças; não sei como eles não deram as mãos ao Zarek e foram atrás do Val. E todo o rancor é patético, porque tanto Kyrian quanto Julian esqueceu que quando a rixa entre os Magnus e eles começou, Val era um menino de cinco anos. Se culpar um filho pelos erros dos pais é absurdo, culpar uma criança é ainda pior.
Eu gosto muito do Nick de Chronicles of Nick — aquela série Young adult dedicada à vida do Nick quando ele foi achado pelo Kyrian —, mas nem um pouco do Nick da série Dark-Hunter. Ele tem momentos engraçados, mas de modo geral, é rápido demais em julgar gente que não conhece. Amanda continua a mesma mala boba e chata de sempre. É uma pena que tivemos tão pouco contato com Tia e que Selena, a Devereaux legal, não tenha aparecido em melhores termos. Isso dito, é como se eu estivesse vendo Valerius e Tabitha no relacionamento de Bill com Selena.
Apesar de ser ótimo, Seize the Night não é um livro que possa ser lido fora da ordem. Acontece muita coisa que vai mudar o universo Dark-Hunter — olá, Nick — e cimentar a base para vários outros livros. Sem contar que ele pega acontecimentos “emprestados” de outros, como Talon e Wulf para acontecer. A partir daqui, a história fica complica e se expande, mas acho que nem a própria Sherrilyn Kenyon imaginava que a série fosse crescer tanto.
Archangel’s Enigma (não publicado no Brasil)
11º livro da série Guild Hunter
Personagens: Andromeda & Naasir
Naasir é o mais feroz do poderoso grupo de vampiros e anjos conhecido como os Sete, sua lealdade prometida ao arcanjo Raphael. Quando rumores surgem de um plano para assassinar o antigo arcanjo da Pérsia, agora perdido no Sono dos Anciões, Naasir é despachado para encontrá-lo. Pois apenas ele possui as habilidades de caça necessárias — aquelas mais comuns em animais predadores do que em homens.
Escolhida para acompanhar Naasir, Andromeda, uma anja jovem e estudiosa com segredos perigosos, fica fascinada pela natureza dele — às vezes brincalhão e brilhante, sensual e brutal. Enquanto se apressam a achar o arcanjo Adormecido antes que seja tarde mais, Naasir a forçará a questionar tudo o que ela sabe... e a tentará a entrar na escuridão magnífica e feroz de seu mundo. Mas antes eles devem sobreviver a uma inimiga cruel o bastante para quebrar o maior tabu da raça angélica e jogar o mundo em um pesadelo horrível...
Após um período de calma que se seguiu à batalha de Nova York, Raphael descobre que os generais de Lijuan estavam procurando por Alexander, um arcanjo Ancião que decidiu Adormecer a quatrocentos anos. Para isso, ele pede a Naasir, seu melhor caçador, que se junte à Andromeda, uma estudiosa da corte de Charisemnon que tinha como objeto de estudo os Anciões Adormecidos.
Horrorizada com a ideia de ser indiretamente responsável pela morte de um Ancião Adormecido, Andromeda se candidata ao serviço de um arcanjo rival do avô, mas é o vampiro misterioso que viaja com ela pelo mundo. Ceder à tentação representada por Naasier é quase incontrolável, mas ao fim desta busca, ela não opção a não ser voltar para a casa do avô — e seu futuro é bastante sombrio.
Minha opinião:
UiqueNaasirmarademaisafff!!!
Archangel’s Enigma começa mais ou menos onde Archangel’s Shadows parou: na busca desesperada de Naasir por uma parceira. Bem, já se passaram sete meses, e nosso pobre vampirinho planeja dar umas mordidinhas de amor na parceira, seja ela quem for, por fazê-lo esperar tanto tempo. Uai, como assim ela some logo quando ele decide que estava pronto para ficar com alguém pelo resto da vida?
A mente de Naasir funciona assim: ele é capaz de fazer coisas bem complexas, mas em outras, age por puro instinto. De início, parece que é só impulsividade, mas depois, quando vemos flashes da infância dele, é que temos a chance de entender que Naasir é muito mais do que aparenta; ele não é menos complexo por ter reações impulsivas e, de certo modo, até infantis. Ele age de acordo com a natureza dele:
— Vim por um livro — ele disse, capaz de senti-los ao redor, curiosos e animados que ele tivesse vindo.
(...)
— Eu trouxe uma coisa para vocês. — De dentro do bolso, ele tirou um brinquedo que fazia música e o manteve na mãe enquanto descia para o nível de baixo pelas escapas cobertas de gelo.
Lá, no laboratório, ele colocou o presente na grande mesa [...]
— Eu tenho uma parceira — ele contou aos outros, pensando não nas coisas ruins que aconteceram ali, mas em como o lugar fora reclamado. — O livro é para ela. Ela é uma estudiosa.
(...)
— Obrigado — ele disse aos amigos. — Um dia, trarei minha parceira aqui. Ela tem asas, mas é corajosa e vai descer. [...]
Outra estalactite caiu em uma sinfonia titilante.
Sorrindo, ele se virou e saiu. Enquanto subia as escadas, ele ouviu a música começar a tocar atrás dele e soube que seu brinquedo era bem-vindo. [...]
O interessante é que nenhuma parte do Naasir se ressente muito de como ele se tornou o que é; ele sabe o que houve, e hoje reconhece que alguns anjos o tratavam de maneira diferente por não compreendê-los, mas Dmitri — a quem ele considera um pai —, Raphael e Keir o criaram muito bem
(morro de rir só imaginando Três Solteirões e um Bebê versão Guild
Hunter). Então, nada mais natural para Naasir do que aceitar qualquer mulher que possa vir a fazer parte de sua família — e isso inclui os Sete, Raphael, Keir, Jessamy, Ashwini, Mahiya, Elena, Janvier... Todos mesmo — de braços abertos. É muito fofo ver as interações dele com Dmitri e Jessamy quando ele ainda era criança, e de certa forma, até com Michaela.
Naasir tem absoluta certeza de que Andromeda é sua parceira, mas... ele não seria tão azarado de ter uma parceira que fez um voto de celibato,
seria? Mas Andromeda fez, com medo do que poderia fazer; afinal, sob a tutela de seu avô, um dos arcanjos mais depravados do Cadre, sua mãe e pai se tornaram dois devassos, incapazes de respeitar qualquer coisa ou pessoa. Na cabeça dela, não há dúvida de que esse é o destino que a espera. E se viajar o mundo com Naasir fazendo um serviço para Raphael era o caminho, então ela o faria.
Ai gente, eu adorei a Andromeda! Ela é uma mistura perfeita de Mahiya com Elena. Apesar de ser uma estudiosa, ela também pode lutar — e o mais surpreendente é que tomou lições não com o avô ou alguém da corte dele, mas com Dahariel, o braço-direito de Astaad.
Ela é perfeita para Naasir, e espero ansiosa uma cena com uma noite de garotas com Elena, Honor, Mahiya, Jessamy, Andromeda e Sara. E se Mele, a concubina de Astaad, quiser se juntar, melhor ainda.
O livro também é recheado de coadjuvantes de luxo: Dahariel, mal afamado e considerado sádico, sabe que não é flor que se cheire, mas redenção está aí para isso. Suyin, a sobrinha torturada (literalmente) de Lijuan também precisa de muito amor, assim como Caliane e Alexander, por quem eu sempre soube que ficaria apaixonada assim que ele desse as caras: para ser honesta, não havia outra pessoa para Caliane... E até Andromeda percebe isso. Aliás, não é só Alexandre e Caliane que aparecem; Favashi também parece fazer parte da colisão Fora Lijuan Já, e já era hora. Gostei dela desde que ela apareceu pela primeira vez em Angels’ Blood, e é bom saber que ela é um dos poucos arcanjos capazes de lutar contra Lijuan — mas ainda há um mistério: quem é o anjo com olhos de fogo? Aliás, esse ser é um anjo? Ou um vampiro? Um humano? Aff! E Ilium, o preferido de 99,9% das leitoras... Como eu posso esperar um ano? Isso não é justo! Eu quero saber o que acontece com o Ilium agora! *berra histericamente*
Apesar de estar aliviada com a informação de que há algo que possa acabar com a raça de Lijuan, eu ainda estou em dúvida: além do arcanjo da pestilência, quem mais vai se aliar a ela? Michaela, por exemplo, parece uma bomba prestes a explodir, mas não consigo vê-la se aliando a ninguém.
Bem, agora só me resta esperar até ano que vem. 2016, quase 2017. Eu já disso que não há nenhuma justiça nisso. Mas não custa nada repetir: isso não é justo.
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